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ANM participa do Brazilian Mining Day durante o PDAC 2025
Participação da ANM no painel 1 do Brazilian Mining Day, com o tema: "o que os investidores e desenvolvedores estrangeiros precisam saber sobre a indústria de mineração brasileira?", com a participação do Diretor-Geral da ANM Mauro Sousa
Representantes da Agência Nacional de Mineração (ANM) se reuniram no início de março com representantes de governos de outros países e investidores do setor mineral durante o Prospectors & Developers Association of Canada 2025 (PDAC 2025), realizado em Toronto, Canadá. Trata-se da maior convenção internacional de exploração mineral, que atrai aproximadamente 30 mil participantes de 130 países.
Um dos destaques da conferência é o Brazilian Mining Day (BMD), evento importante para posicionar o Brasil como um destino líder para investimento estrangeiro no setor de mineração, além de ajudar a fortalecer colaborações internacionais e apoiar o desenvolvimento sustentável dos recursos minerais do Brasil.
Durante o evento, a ANM participou de painel com o tema "o que os investidores e desenvolvedores estrangeiros precisam saber sobre a indústria de mineração brasileira?", representada por seu Diretor-Geral Mauro Sousa.
Para Sousa, apesar do Brasil possuir um dos maiores potenciais minerais do mundo, uma matriz energética predominantemente renovável, e condições favoráveis para projetos sustentáveis, o que um investidor busca não é apenas um país rico em recursos, mas um mercado onde possa operar com segurança, previsibilidade e agilidade. Segundo ele, “Desde a criação da ANM em 2018, implementamos mudanças estruturais para tornar a regulação do setor mineral brasileiro mais eficiente, transparente e moderna. Aprimoramos a governança regulatória, fortalecemos a transparência e estabelecemos um ambiente mais aberto ao diálogo”.
Ele ainda complementou que boas regras, isoladamente, não bastam. “Para converter oportunidades em investimentos concretos, a eficiência é fundamental. E hoje, eficiência significa digitalização, automação e integração de processos. Esta é exatamente a transformação que estamos promovendo na ANM”.
Para alcançar os avanços necessários, a ANM decidiu investir em parcerias estratégicas para acelerar sua transformação digital e para financiar sua estruturação. “Partimos para a ação com parceiros que acreditam na ANM e na sua missão. Nesse esforço, estabelecemos parcerias que já resultaram em três grandes iniciativas concretas, com outras cinco em fase avançada. Estes projetos representam investimentos da ordem de R$ 75 milhões em um horizonte de até cinco anos, resultado de colaborações com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o Serviço Federal de Processamento de Dados (SERPRO) e o Consórcio Intermunicipal Multimodal (CIM)”, destacou o Diretor-Geral da ANM.
Os recursos estão sendo aplicados em projetos que compõem três frentes principais: modernização da infraestrutura tecnológica da ANM; desenvolvimento de soluções para aprimorar a governança de dados; e simplificação normativa e automação de processos, incluindo o uso de inteligência artificial.

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“Uma mudança estrutural significativa é a contratação da B3, empresa vinculada à Bolsa de Valores de São Paulo, a maior do Brasil, para conduzir os leilões de disponibilidade de áreas. Esta iniciativa trará maior segurança, transparência e eficiência, permitindo ofertar um volume muito superior de áreas para o mercado. Estimamos que aproximadamente 105 mil áreas serão disponibilizadas nos próximos cinco anos”, destaca Mauro.
O dirigente da ANM também reforçou o compromisso da agência com a sustentabilidade socioambiental da mineração brasileira, firmando acordos de cooperação com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
“Então, o que investidores estrangeiros realmente precisam saber sobre a mineração no Brasil? Precisam saber que não estamos apenas criando oportunidades, mas redefinindo completamente o padrão para quem investe. Estamos construindo um setor mineral mais ágil, transparente e digital, combinando nossa riqueza natural com um ambiente regulatório moderno, eficiente e em constante evolução. O momento para investir no Brasil nunca foi tão promissor”, finalizou Mauro em sua apresentação.