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RECONHECIMENTO
CPNU ganha prêmio Espírito Público na categoria Gestão de Pessoas
Equipe do MGI durante a cerimônia da 7ª Edição do Prêmio Espírito Público, que consagrou o CPNU como vencedor na categoria Gestão de Pessoas. Foto: Jhonathan Braga
O Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) ganhou, na noite desta quinta-feira (27/11), o prêmio Espírito Público na categoria Gestão de Pessoas, durante a 7ª Edição do Prêmio Espírito Público, promovido pela República.org. Em uma noite dedicada a celebrar quem transforma e movimenta o Estado brasileiro, a ministra Esther Dweck e parte expressiva da equipe que coordenou o CPNU representaram o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) na cerimônia de premiação. O evento reuniu servidoras e servidores finalistas, avaliadores, organizações parceiras e autoridades comprometidas com a construção de um serviço público mais justo, inovador e próximo da sociedade.
A edição de 2025 consolidou o prêmio como um dos mais relevantes reconhecimentos nacionais em gestão pública. Ao todo, 857 iniciativas de todas as esferas federativas e poderes foram inscritas, demonstrando o papel decisivo das servidoras e servidores na implementação de políticas públicas que impactam diretamente a população. O CPNU foi um dos 14 finalistas selecionados em sete categorias. Ele concorreu na categoria Gestão de Pessoas, além de disputar o Prêmio Especial do Público, definido por votação popular.
Ao abrir sua fala, a ministra Esther Dweck ressaltou que o Espírito Público evidencia que o Estado brasileiro é feito de pessoas, de trajetórias profissionais, vocações públicas e compromisso cotidiano com as políticas que chegam à população. “A tecnologia é um fator central de inovação, mas a grande inovação vem de boas ideias, e as ideias vêm justamente de quem trabalha dia a dia no serviço público e que pensa como dá para fazer as coisas de forma diferente”, destacou.
Para a ministra, o prêmio recebido pelo CPNU reconhece o próprio espírito do serviço público porque ele premia o trabalho de pessoas que tem como opção de vida servir a população. “Ter um prêmio como esse, que mostra a qualidade do serviço público e como ele é um trabalho coletivo, é muito importante. Estamos muito felizes com esse reconhecimento”, disse Esther Dweck.
Para ela, reconhecer o CPNU é também reconhecer a essência da transformação em curso pelo governo federal. “No MGI, costumamos dizer que a nossa agenda é de transformar o Estado. E essa transformação não nasce apenas em novas leis, em novas estruturas. Ela depende sobretudo de boas servidoras e servidores públicos, bem selecionados, bem apoiados, com oportunidades reais de se desenvolver ao longo da vida e da trajetória do serviço público.” afirmou a ministra.
Dweck destacou que iniciativas desse tipo ajudam a tornar visível o trabalho cotidiano de quem sustenta as políticas públicas, muitas vezes longe dos holofotes, mas essencial para o funcionamento do país. “A gente está construindo um programa de trabalho que reconhece justamente algo essencial: servidoras e servidores são pessoas que dedicaram a vida ao serviço público, que têm compromisso real com a população. Ter um prêmio que evidencia essa qualidade, que mostra o valor do trabalho coletivo - porque nada no serviço público é feito sozinho - é muito especial.”
CPNU para um serviço público com a cara do Brasil
A ministra da Gestão destacou o caráter simbólico de ver o CPNU, conduzido pelo MGI, entre as iniciativas finalistas. Ela enfatizou que o concurso inaugura uma nova lógica para o ingresso no serviço público, marcada por integração, representatividade e oportunidades mais amplas. “Nosso objetivo é sempre melhorar a vida da população. Então, a mensagem é: continuem. O prêmio é um incentivo, claro, mas a verdade é que as pessoas já se dedicavam muito antes dele. É muito bom poder reconhecer esse esforço. E estamos muito felizes. É uma política que queremos que siga sendo uma marca do MGI por muito tempo”, celebrou.
Em 2024, a primeira edição do CPNU se tornou o maior concurso da história do país ao ofertar 6.640 vagas distribuídas entre 21 órgãos, aplicando provas em 228 cidades e garantindo a participação de pessoas candidatas em todos os estados, no DF, e em praticamente quase todos os municípios brasileiros.
A seleção unificada ampliou a diversidade no serviço público, através das 33,6% de pessoas negras, indígenas e com deficiência aprovadas no certame. “Temos trabalhado muito para fortalecer a liderança feminina, a liderança de pessoas negras e, especialmente, de mulheres negras, que ainda ocupam proporcionalmente um espaço muito pequeno nos cargos de liderança”, lembrou a ministra.
O reconhecimento ao CPNU sintetiza uma mudança de percepção sobre o papel das políticas de ingresso no serviço público. “Para quem vive o serviço público, é muito simbólico ver um concurso público, muitas vezes visto como algo burocrático, ser reconhecido de fato como uma inovação e instrumento de desenvolvimento e inclusão social”, comemorou. A ministra destacou ainda o impacto dessa renovação. “Pela primeira vez, um concurso tem vagas reservadas para indígenas e quilombolas. E da primeira etapa para a segunda, conseguimos que todos os cargos tenham pessoas negras, além de indígenas e quilombolas nas vagas reservadas”, lembrou.
A segunda edição, em curso, ampliou os avanços. Em 2025, o CPNU ofereceu 3.652 vagas e implementou uma política inédita de equidade de gênero. A ação resultou em 57,12% de mulheres classificadas para a segunda fase, demonstrando que políticas afirmativas e meritocracia podem caminhar juntas. “Esse ambiente inspira, e espero que inspire cada vez mais mulheres, em todos os espaços do serviço público, a ocuparem, liderarem e transformarem”, incentivou a ministra.
Gestão de pessoas como política de Estado
Ao longo do discurso, Dweck apresentou o conjunto de medidas estruturantes conduzidas pelo MGI para modernizar e fortalecer a gestão de pessoas na administração pública federal. Entre elas:
Recomposição da força de trabalho com 22.263 vagas autorizadas desde 2023, sendo 3.731 apenas em 2025.
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Modernizações normativas como por exemplo a Nova Lei dos Concursos (Lei nº 14.965/2024) e a Nova Lei de Cotas (Lei nº 15.142/2025)
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Mais de 4.700 unidades contempladas pelo Dimensionamento da Força de Trabalho, em 114 órgãos
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Painéis públicos que facilitam a consulta pelas pessoas cidadãs.
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Política Nacional de Desenvolvimento de Pessoas (PNDP) fortalecida
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Mais de 900 cursos gratuitos ofertados pela Enap, com 1,5 milhão de certificados emitidos apenas em 2024.
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AvaliaGOV modernizando avaliações de desempenho
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LideraGOV chegando à quinta edição, com 60% das vagas reservadas a grupos historicamente sub-representados e apoiando a meta de 30% de pessoas negras em cargos de direção até 2025.
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Retomada da Mesa Nacional de Negociação Permanente após seis anos de suspensão
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Reajustes lineares, aumento do auxílio-alimentação e reestruturações de carreiras entre 2023 e 2025
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Jornada reduzida de 44 para 40 horas para pessoas terceirizadas com dedicação exclusiva
Rumo a 2026: mais integração da gestão de pessoas
Durante a cerimônia, a ministra destacou ainda que o governo prepara mais ações direcionadas à gestão de pessoas em 2026 direcionadas a superar a fragmentação de normativas, de tecnologia e institucional, além de consolidar políticas orientadas por evidências. A ideia é continuar valorizando a força de trabalho como um ativo estratégico do Estado.
A ministra também destacou que a transformação do Estado seguirá avançando em 2026. “A tecnologia é um fator central de inovação, mas a grande inovação vem de boas ideias, e as ideias vêm justamente de quem trabalha dia a dia no serviço público e que pensa como dá para fazer as coisas de forma diferente” afirmou Dweck.
Segundo a ministra, os avanços planejados para os próximos anos só serão sustentáveis se estiverem ancorados em uma força de trabalho qualificada, protegida e preparada para responder a desafios em constante mudança. “Defendemos fortemente a estabilidade dos servidores públicos como uma proteção ao Estado brasileiro, algo pensado desde a Constituição. Sabemos que as demandas do serviço público mudam constantemente, por isso, precisamos de pessoas com capacidade contínua de aprendizagem, aptas a atuar em diferentes áreas ao longo de suas trajetórias no serviço público”, pontuou.
Sobre o Prêmio Espírito Público
Organizado pela República.org, o prêmio reconhece iniciativas inovadoras e transformadoras conduzidas por servidoras, servidores e equipes que elevam a qualidade das políticas públicas brasileiras. Em sua 7ª edição, evidencia o compromisso coletivo com a inovação, o impacto social e a construção de um Estado mais justo, democrático e eficiente.
A ministra agradeceu à República.org pelo trabalho contínuo de valorização do serviço público e parabenizou as equipes finalistas pelo seu papel central para um Estado mais diverso e inovador. “Quero agradecer à República.org pela parceria e pelo trabalho consistente de fortalecimento da gestão de pessoas no Brasil. Quando vocês dizem que “servem a quem serve o Brasil”, nós nos reconhecemos nessa missão: fortalecer as pessoas que sustentam o Estado e que, com seu trabalho cotidiano, constroem um país mais justo, mais democrático e mais sustentável.”, finalizou.
O evento tem caráter de reconhecimento e celebração de boas práticas em gestão pública, com destaque para iniciativas que articulam capacidade técnica, inovação, impacto social e fortalecimento do espírito público no Estado brasileiro.