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Projeto Raia conclui instalação no trecho de águas rasas
A instalação do gasoduto na etapa de águas rasas durou cerca de dois meses - Foto: Rodrigo Kunstmann/Equinor
O trecho de 15 km de tubos do Gasoduto Raia foi instalado nas águas rasas da Bacia de Campos, finalizando a primeira etapa de um dos mais importantes projetos de gás natural em desenvolvimento no país. O empreendimento da carteira do Novo PAC tem investimento total de R$ 43,8 bilhões e deve responder por 15% da demanda nacional quando começar suas operações, previstas para 2028.
O Raia é operado pela empresa Equinor (35%) em parceria com a Repsol Sinopec (35%) e a Petrobras (30%). O projeto tem capacidade de escoar 16 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, volume considerado significativo na cadeia produtiva do país. A instalação do gasoduto na etapa de águas rasas durou cerca de dois meses.
“O Raia é um projeto estratégico, um dos maiores investimentos do Novo PAC em infraestrutura de energia e gás nos próximos anos. Ele fortalece pontos prioritários do programa, como a garantia de segurança e autossuficiência no setor, gerando emprego e fortalecendo a indústria no Brasil”, afirma o secretário Especial do Programa de Aceleração do Crescimento, Maurício Muniz.
“Demos mais um passo importante na direção do início das operações. A conclusão da construção do trecho de águas rasas reforça a capacidade técnica do nosso time que, tendo segurança como prioridade, seguirá agora para as fases restantes: as instalações do trecho terrestre e de águas profundas”, reitera o gerente do Gasoduto Raia, Pedro Veronesi.
A próxima etapa do projeto prevê a construção 4 km do trecho terrestre, que se conectará à malha de transporte de gás próxima à Cabiúnas, em Macaé.
Fortalecimento da indústria nacional
As entregas para o Raia estão sendo feitas por empresas sediadas em diferentes estados brasileiros. Três módulos da parte superior do FPSO, um tipo de navio-plataforma de produção e armazenamento de petróleo e gás natural em alto mar, está sendo construído em um estaleiro em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.
Cerca de 20 mil toneladas de aço foram utilizadas na fabricação dos tubos do gasoduto, em uma fábrica em Pindamonhangaba, em São Paulo. Outras entregas importantes ocorrem nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
O projeto Raia está localizado na área do pré-sal da Bacia de Campos, cerca de 200 km da costa, em lâminas d'água de até 2.900 metros. A licença prévia de operação do empreendimento foi concedida pelo Ibama em junho, a 15ª para atividades de exploração e produção de petróleo e gás Offshore (LP, LI, LO e LPS) emitida no primeiro semestre de 2025.
Segundo o órgão de proteção e fiscalização ambiental, esse é um compromisso “com o desenvolvimento energético e econômico do Brasil, sem, em momento algum, prescindir dos aspectos socioambientais fundamentais para que esse desenvolvimento ocorra de maneira sustentável”.