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COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
Seminário reforça parceria Brasil, América do Sul e França

- Imagem: Seminário Científico Inteligência Artificial e Mudança Climática: pesquisa e inovação nos programas AmSud (Divulgação)
Na sexta-feira, 14 de novembro, a CAPES/MEC realizou o seminário científico Inteligência Artificial e Mudança Climática: pesquisa e inovação no AmSud, um conjunto de três programas executado por Brasil, outros oito países da América do Sul e França. Ao longo do dia, representantes das agências debateram os desafios da ciência para contribuir com as políticas de desenvolvimento sustentável.
Ao participar da abertura do evento, o diretor de Relações Internacionais da CAPES, Rui Oppermann, destacou que o programa AmSud é um exemplo de política de internacionalização conduzida no terceiro mandato do presidente Lula. “Passamos a reativar as nossas cooperações importantes e estratégicas e uma delas é exatamente o AmSud, pois tem alguns aspectos, como o multilateralismo, a capacidade de receber pesquisadores estrangeiros e a cooperação como o Sul Global, que priorizamos dentro dessa retomada do protagonismo do Brasil na área internacional”, enfatizou.
Na avaliação do diretor, o Brasil tem hoje um sistema de pós-graduação e pesquisa robusto e de qualidade. “Encontramos parcerias dessa mesma natureza em todos os países da América Latina e especificamente na França, por isso é importante promovermos essa cooperação ainda mais em temas estratégicos como clima, matemática e ciência e tecnologia para que possamos buscar respostas que venham realmente atender aos grandes anseios da sociedade”, reforçou.
Além da CAPES/MEC, o seminário contou com a promoção do Ministério da Europa e dos Assuntos Estrangeiros da França, do Instituto Francês de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD) e da Agência Nacional do Chile de Pesquisa e Desenvolvimento (ANID). Também participaram da mesa de abertura a responsável do IRD pela cooperação internacional com a América Latina e Caribe, Zoé Partouche, o decano de pós-graduação Universidade de Brasília (UnB), Roberto Menezes, delegada regional de cooperação do AmSud, Sylvia Fernandes, e o ministro-conselheiro da Embaixada da França no Brasil, Brice Fodda.
O professor Jorge Vitório Pereira representou e apresentou o Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA). Também do IMPA, o professor Paulo Orenstein participou da primeira mesa redonda e palestrou sobre Inteligência Artificial e Modelagem Climática: Avanços e Desafios. Além deles, estiveram presentes representantes das outras 10 agências financiadoras do programa, que puderam explicar a missão de cada uma.

- Imagem: Seminário Científico Inteligência Artificial e Mudança Climática: pesquisa e inovação nos programas AmSud (Divulgação)
Na Palestra magna, a diretora da Fundação Instituto Nacional de Pesquisa em Ciência e Tecnologia da Informação e Automação do Chile, Nayat Sanchez, falou do papel da inteligência artificial na mitigação das mudanças climáticas. Os debates do dia ainda abordaram os impactos das pesquisas do AmSud, as mulheres na ciência da informação e a cooperação internacional para o desenvolvimento sustentável.
No último edital do AmSud (Edital Unificado nº 5/2024), a CAPES selecionou 12 propostas. Estão sendo investidos R$ 5,2 milhões ao longo dos dois anos de duração dos projetos. Os recursos são destinados à realização de missões de trabalho e ao pagamento das bolsas.
Sobre os Programas
O objetivo dos programas MATH-AmSud , STIC-AmSud e CLIMAT-AmSud é investir no intercâmbio científico e ampliar a cooperação acadêmica entre pesquisadores e educadores. Tem ainda como meta incentivar a mobilidade de professores e pós-graduandos entre universidades francesas, sul-americanas e brasileiras, e promover o equilíbrio de gênero nas equipes.
Cada proposta selecionada envolve uma instituição do Brasil, outra da França e, pelo menos, uma terceira de um dos países participantes da América do Sul. Os projetos brasileiros poderão ter até duas instituições associadas, além da principal.
O MATH-AmSud é uma parceria entre a França, Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela para promover projetos conjuntos de pesquisa no campo da Matemática.
O STIC-AmSud envolve os mesmos países, projetos e quantidades de equipes do MATH-AmSud. A distinção está apenas na área: sua cooperação é regional para a criação de redes de investigação e domínio das Tecnologias de Informação e Comunicação.
Já o CLIMAT-AmSud é uma parceria entre a França, Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Paraguai, Peru e Uruguai para promover projetos conjuntos de pesquisa no campo das mudanças climáticas. A execução ocorre nos mesmos moldes das dos outros dois Programas.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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