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Sistema Cantareira continuará a operar na Faixa de Restrição em novembro
Reservatório Jacareí no Sistema Cantareira (SP) - Foto: Raylton Alves / Banco de Imagens ANA
A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e a Agência de Águas do Estado de São Paulo (SP-Águas) informam que o Sistema Cantareira, principal manancial de abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo, continuará operando na Faixa 4 - Restrição a partir de 1º de novembro.
A medida é resultado da redução do nível dos reservatórios do Sistema Cantareira, que atingiu volumes inferiores a 30% em setembro, associada às chuvas abaixo da média nos últimos meses. Em 31 de outubro de 2025, o Sistema registra 23,33 % de seu volume útil, não tendo sido registrada reversão do quadro de esvaziamento dos reservatórios do Sistema em outubro.
Com o Cantareira em Faixa de Restrição, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP) continuará podendo retirar do sistema até 23 metros cúbicos por segundo (m³/s).
Como medida de mitigação, a Sabesp poderá continuar a utilizar em novembro, além dos 23,0 m³/s autorizados do Sistema Cantareira, a vazão transposta no reservatório da Usina Hidrelétrica - UHE Jaguari, na bacia do rio Paraíba do Sul, para o reservatório de Atibainha, que é atualmente da ordem de 7,4 m³/s.
As agências reforçam a importância da adoção de medidas operacionais pela SABESP no âmbito dos serviços de abastecimento de água, conforme modelo regulatório de faixas de atuação submetido à consulta pública em 24 de outubro p.p. pela Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp). Recomendam, ainda, a adoção de medidas pelos demais usuários para preservar o volume de água nos reservatórios do sistema.
Gestão compartilhada
A gestão do Cantareira é realizada de forma conjunta pela ANA e pela SP Águas, que acompanham diariamente os dados de níveis, vazões e armazenamento para subsidiar decisões de operação.
A entrada na Faixa de Restrição segue critérios definidos pela Resolução Conjunta nº 925/2017, elaborada após a crise hídrica de 2014/2015. A norma estabelece limites de retirada de água de acordo com o volume acumulado no Sistema Cantareira, conferindo previsibilidade às condições operativas e maior segurança hídrica para a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) e para as bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ).
Cantareira
O Sistema Cantareira abastece cerca de metade da população da Região Metropolitana de São Paulo e contribui para o atendimento dos usos múltiplos da água, com destaque para o abastecimento de Campinas, nas bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí.
É composto por cinco reservatórios interligados Jaguari, Jacareí, Cachoeira, Atibainha e Paiva Castro com volume útil total de 981,56 bilhões de litros. Desde 2018, conta também com a interligação entre a represa Jaguari (no rio Paraíba do Sul) e a represa Atibainha, ampliando a segurança hídrica para a Região Metropolitana de São Paulo.
Apesar de os reservatórios do Sistema Cantareira estarem localizados integralmente em território paulista, o Sistema recebe águas de uma bacia hidrográfica de gestão da União: a bacia dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí. A ANA e a SP Águas avaliam que as regras de operação vigentes são adequadas para a gestão dos recursos hídricos do Sistema e fazem o acompanhamento diário dos dados de níveis da água, vazão e volume armazenado, visando subsidiar a tomada de decisões.
Mais informações e dados atualizados do Sistema estão disponíveis na Sala de Situação da ANA e no Sistema de Acompanhamento de Reservatórios.
Anexos
Confira o Boletim 02 do Cantareira de 31/10/2025.
Saiba mais sobre o Sistema Cantareira.
Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
(61) 2109-5129/5495/5103
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