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Seca se intensifica nas 5 regiões em outubro; Nordeste lidera com a maior severidade e Centro-Oeste têm cenário mais favorável, diz Monitor de Secas
Conforme a atualização mais recente do Monitor de Secas, entre setembro e outubro, em termos de severidade, houve intensificação do fenômeno em quinze estados: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo, Tocantins. No sentido oposto, a seca abrandou somente no estado do Acre. No Rio Grande do Sul, houve o desaparecimento da seca.
Já em outras dez unidades da Federação, o fenômeno permaneceu estável em termos de severidade entre setembro e outubro: Amapá, Distrito Federal, Espírito Santo, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina, Sergipe.

- Atualização do Monitor revela intensificação da seca no País.

- Severidade por UF
Considerando as cinco regiões acompanhadas pelo Monitor de Secas, o Nordeste manteve, em outubro de 2025, o quadro mais severo do fenômeno no País. A região registrou aumento da seca extrema, que passou de 17% em setembro para 20%. Trata-se do cenário mais severo entre todas as regiões brasileiras no período e a pior condição do fenômeno no Nordeste desde março de 2019.
Entre setembro e outubro, o fenômeno também se intensificou no Centro-Oeste, onde houve aumento da seca moderada, que passou de 17% para 24%. No Sudeste, a intensificação foi registrada com crescimento da seca grave de 14% para 26%.
O fenômeno também se intensificou no Norte entre setembro e outubro, com o registro de seca grave em 3% do território, e no Sul, onde a seca grave aumentou levemente de 1,41% para 1,70%. Apesar disso, a região teve a condição mais branda do fenômeno entre todas as regiões do Brasil em outubro.

- Seca por região
Na comparação entre setembro e outubro de 2025, treze estados registraram aumento da área com seca: Alagoas, Amapá, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe.
No sentido oposto, o Monitor identificou diminuição da área com seca em cinco estados: Bahia, Espírito Santo, Amazonas, Roraima e Rio Grande do Sul — este último tornando-se a única unidade da Federação totalmente livre do fenômeno no período.
Em nove estados, a área com seca se manteve estável entre setembro e outubro: Maranhão, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo, Acre, Tocantins.

- Seca por UF
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Oito unidades da Federação registraram seca em 100% do território em outubro deste ano: Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Acre, Piauí, Distrito Federal, Tocantins e Ceará. Nos demais estados com registro do fenômeno, os percentuais variaram de 12% a 92%.

- Área com seca
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Amazonas lidera a área total com seca de outubro, seguido por Minas Gerais, Bahia, Goiás e Maranhão. No total, entre setembro e outubro, a área com seca aumentou de 57% para 59% do território nacional. É a maior área com o fenômeno desde março deste ano, quando foram registrados 66% de seca no País.

- Seca por UF
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Situação por UF
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UF |
ÁREA |
SEVERIDADE DA SECA |
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Acre |
Entre julho e outubro, a área com seca se manteve estável em 100% do Acre |
O estado teve um abrandamento do fenômeno em outubro, pois deixou de registrar seca grave |
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Alagoas |
Entre setembro e outubro, a área com seca aumentou de 12% para 39% em Alagoas. É a maior área com seca no estado desde julho de 2025, quando foram registrados 60% de área afetada |
O fenômeno se intensificou em Alagoas entre setembro e outubro, com o aumento de seca moderada de 1% para 6% do território |
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Amapá |
Entre setembro e outubro, a área com seca aumentou de 33% para 39% no Amapá. É a maior área com seca no estado desde abril deste ano, quando houve seca em 43% do AP |
A severidade da seca se manteve estável no Amapá entre setembro e outubro, com registro somente de seca fraca, a mais branda na escala do Monitor |
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Amazonas |
Entre setembro e outubro, a área com seca diminuiu de 63% para 55% no Amazonas |
O fenômeno se intensificou no Amazonas entre setembro e outubro, com o aumento da área com seca moderada de 4% para 11% do estado |
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Bahia |
Entre setembro e outubro, a área com seca apresentou leve redução de 96% para 91% na Bahia |
O fenômeno se intensificou na Bahia entre setembro e outubro, com o aumento da seca extrema de 25% para 33% de seu território. É a pior condição do fenômeno no estado desde março de 2019, quando houve seca excepcional, a mais severa na escala do Monitor, em 2% da Bahia |
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Ceará |
A área com seca no Ceará aumentou de 97% para 100% do estado entre setembro e outubro. O fenômeno voltou a atingir a totalidade do território cearense, situação que não ocorria desde janeiro de 2024 |
A seca se intensificou no Ceará entre setembro e outubro, com o aumento da seca moderada de 55% para 63% do estado. É a condição mais severa do fenômeno no território cearense desde janeiro de 2024, quando o estado registrou 2% de seca grave |
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Distrito Federal |
Entre setembro e outubro, a área com seca se manteve estável em 100% do Distrito Federal. O território do DF registra o fenômeno desde maio de 2024, maior sequência entre todas as unidades da Federação atualmente |
A severidade da seca permaneceu estável no DF entre março e outubro, com 100% do território apresentando seca moderada |
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Espírito Santo |
Entre setembro e outubro, a área com seca apresentou leve redução de 69% para 68% no Espírito Santo |
A severidade da seca se manteve estável no ES entre setembro e outubro, com seca moderada em 23% do território. É a condição mais severa do fenômeno desde novembro de 2024, quando o estado registrou 32% de seca moderada |
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Goiás |
Entre setembro e outubro, a área com seca aumentou de 81% para 100% em Goiás. O fenômeno voltou a atingir a totalidade do território goiano, situação que não ocorria desde fevereiro de 2025 |
O fenômeno se intensificou significativamente em Goiás entre setembro e outubro, com o aumento da seca moderada de 53% para 76%. Além disso, houve seca grave em 5% do estado, contra 3% em setembro. É a pior condição no território goiano desde os 27% de seca grave registrados em novembro de 2024. Também é o quadro mais severo de seca do Centro-Oeste |
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Maranhão |
Entre setembro e outubro, a área com seca se manteve estável em 92% do Maranhão |
O fenômeno se intensificou no Maranhão entre setembro e outubro, com o aumento da área com seca grave de 58% para 69%. É a condição mais severa da seca no MA desde janeiro de 2018, quando houve seca extrema em 11% do estado |
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Mato Grosso |
Entre setembro e outubro, a área com seca aumentou de 24% para 31% em Mato Grosso. Apesar disso, o estado teve o menor percentual de registro do fenômeno no Centro-Oeste em outubro |
A severidade da seca seguiu estável em MT entre setembro e outubro, com registro somente de seca fraca, a mais branda na escala do Monitor. O estado teve a condição mais branda do fenômeno no Centro-Oeste em outubro |
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Mato Grosso do Sul |
Entre setembro e outubro, a área com seca aumentou de 47% para 57% de Mato Grosso do Sul |
A severidade da seca se intensificou em MS entre setembro e outubro, com o aumento da seca moderada de 20% para 27%. É a condição mais severa do fenômeno no estado desde abril deste ano, quando houve seca moderada em 40% de Mato Grosso do Sul |
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Minas Gerais |
Entre agosto e outubro, a área com seca se manteve estável em 100% de Minas Gerais |
O fenômeno se intensificou em Minas Gerais entre setembro e outubro, com o aumento da área com seca grave de 8% para 26%. É a pior condição do fenômeno em MG desde setembro de 2024, quando foram registrados 35% de seca grave e 4% de seca extrema no território mineiro |
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Pará |
Entre setembro e outubro, a área com seca aumentou de 4% para 12% no Pará. Entre os estados do Norte, esse é o menor percentual de área com seca entre os estados da região em outubro |
Desde junho de 2025 o estado apresenta apenas seca fraca, a mais branda na escala do Monitor. Com isso, a intensidade do fenômeno se manteve estável no Pará entre junho e outubro |
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Paraíba |
Entre maio e outubro, a área com seca se manteve estável em 87% da Paraíba |
A severidade da seca se manteve estável na PB entre agosto e outubro, com predominância de seca grave (54%) e moderada (21%) |
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Paraná |
Entre setembro e outubro, a área com seca aumentou levemente de 65% para 66% no Paraná. O estado teve o maior percentual de registro do fenômeno entre os estados do Sul em outubro |
O fenômeno se intensificou no Paraná entre setembro e outubro, com o aumento da área com seca grave de 4% para 5%. É a pior condição do fenômeno desde novembro de 2024, quando foram registrados 21% de seca grave no PR. Também é a condição mais severa entre os estados do Sul em outubro |
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Pernambuco |
Entre setembro e outubro, a área com seca aumentou de 84% para 88% em Pernambuco |
O fenômeno se intensificou significativamente em Pernambuco entre setembro e outubro, com o aumento da área com seca extrema de 5% para 16%. É a condição mais severa do fenômeno no território pernambucano desde março de 2019, quando foi registrado 1% de seca excepcional, a mais severa na escala do Monitor |
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Piauí |
Entre abril e outubro, a área com seca se manteve estável em 100% do Piauí |
A severidade da seca se intensificou no Piauí entre setembro e outubro, com o aumento da área com seca grave de 41% para 48%. A seca extrema se manteve estável em 44% do estado. É a maior severidade do fenômeno no território piauiense desde novembro de 2018, quando houve 1% de seca excepcional no PI. O estado também teve a condição de seca mais severa do Nordeste em outubro |
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Rio de Janeiro |
Entre setembro e outubro, a área com seca aumentou de 44% para 66% no Rio de Janeiro. É o maior percentual de área com seca no RJ, desde março deste ano, quando o fenômeno foi verificado em 100% do território fluminense. Ainda assim, o RJ teve o menor percentual de seca no Sudeste em outubro |
O fenômeno se intensificou no RJ entre setembro e outubro, com o aumento da área com seca moderada de 2% para 19%. É a pior condição do estado desde março de 2025, quando o estado apresentou 84% de seca moderada. Apesar disso, o Rio de Janeiro teve a condição mais branda do fenômeno no Sudeste em outubro |
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Rio Grande do Norte |
Entre agosto e outubro, a área com seca se manteve estável em 91% do Rio Grande do Norte |
A severidade da seca permaneceu estável no RN entre agosto e outubro, com predominância de seca grave (33%) e moderada (37%) |
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Rio Grande do Sul |
Entre setembro e outubro, o estado passou de 3% de área com seca para 0%. É a primeira vez desde outubro de 2024 que o RS fica livre de seca. O estado foi a única unidade da Federação a ficar livre de seca em outubro |
Com o desaparecimento da seca no Rio Grande do Sul no mês de outubro, o estado tem a melhor condição no País |
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Rondônia |
Entre setembro e outubro, a área com seca aumentou de 51% para 66% em Rondônia |
O fenômeno se intensificou em Rondônia entre setembro e outubro, pois a seca moderada voltou a ser registrada em 2% do estado, o que não acontecia desde março deste ano (8%) |
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Roraima |
Entre setembro e outubro, a área com seca apresentou leve redução de 15% para 13% em Roraima |
A severidade da seca se manteve estável em Roraima entre setembro e outubro, com registro apenas de seca fraca, a mais branda na escala do Monitor |
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Santa Catarina |
Entre setembro e outubro, a área com seca aumentou de 45% para 55% em Santa Catarina |
Entre setembro e outubro, Santa Catarina apenas registrou seca fraca, a mais branda na escala do Monitor. Com isso, a severidade do fenômeno se manteve estável em SC |
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São Paulo |
Entre agosto e outubro, a área com seca seguiu estável em 100% de São Paulo |
O fenômeno se intensificou levemente em São Paulo entre setembro e outubro, com o aumento da área com seca grave de 33% para 36%. É a pior condição do fenômeno em SP desde outubro de 2024, quando foram registrados 47% de seca grave no território paulista. Além disso, o estado teve a maior severidade do fenômeno no Sudeste em outubro |
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Sergipe |
Entre setembro e outubro, a área com seca aumentou de 13% para 35% em Sergipe. Ainda assim, o estado registrou o menor percentual de área com seca entre os estados nordestinos em outubro |
O estado apresentou somente seca fraca, a mais branda da escala do Monitor, em 35% do território. Com isso, a intensidade do fenômeno permaneceu estável no estado, que teve a melhor condição de seca no Nordeste em outubro |
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Tocantins |
Entre agosto e outubro, a área com seca seguiu estável em 100% do Tocantins |
O fenômeno se intensificou significativamente em Tocantins entre setembro e outubro, com o aumento da área com seca grave de 1% para 35%. É a pior condição da seca no estado desde outubro de 2024, quando foram registrados 52% de seca grave. Além disso, Tocantins teve a maior severidade da seca entre os estados do Norte em outubro |
O Monitor de Secas
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar o planejamento e a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração. Por meio da ferramenta, é possível comparar a evolução das secas nos 26 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido. O Monitor de Secas teve início em julho de 2014, começando pela Região Nordeste, sendo que o processo de expansão dessa iniciativa, a partir de 2018, foi concluído com a entrada do Amapá no Mapa do Monitor de dezembro de 2023, completando a cobertura em todo o território nacional.
A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.
Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
(61) 2109-5129/5495/5103
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