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Seca se abranda em todas as regiões do Brasil segundo a última atualização do Monitor de Secas
Conforme a última atualização do Monitor de Secas, entre maio e junho, em termos de severidade da seca, houve um abrandamento do fenômeno em 14 estados: Alagoas, Amazonas, Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe. No sentido oposto, a seca se intensificou em junho em outros cinco estados: Ceará, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte e Tocantins. Já em outras cinco unidades da Federação o fenômeno ficou estável em termos de severidade nesse período: Acre, Distrito Federal, Espírito Santo, Rondônia e Roraima. O Amapá seguiu livre de seca, enquanto no Mato Grosso o fenômeno deixou de ser observado, devido o volume de chuvas acima da média. Já no Pará o fenômeno voltou a ser verificado em junho.

- Mapas do Monitor de maio e junho de 2025

- Seca por grau de severidade por unidade da Federação em maio e junho de 2025
Considerando as cinco regiões geopolíticas acompanhadas pelo Monitor de Secas, o Norte teve a condição mais branda do fenômeno em junho, enquanto o Nordeste teve a situação mais severa, com 33% da sua área com registro de seca grave. Entre maio e junho, o fenômeno se abrandou em todas as cinco regiões. Considerando a extensão da área com seca, houve redução da área com registro do fenômeno no Centro-Oeste, Norte, Sudeste e Sul. Já no Nordeste a área com seca teve um leve aumento nesse período. Em junho o Brasil teve seca em 44% de seu território, que representa a menor área desde dezembro de 2023, quando todo o País passou a ser acompanhado pelo Monitor. No último mês também houve a condição mais branda do fenômeno desde dezembro de 2023.

- Seca por grau de severidade por região geopolítica e no Brasil em maio e junho de 2025
Na comparação entre maio e junho, somente um estado registrou o aumento da área com seca: o Maranhão. No sentido oposto, o Monitor identificou a diminuição da área com o fenômeno em outros 12 estados: Alagoas, Amazonas, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Em outras 11 unidades da Federação, a área com seca se manteve estável: Acre, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e Roraima. No período entre maio e junho, o Amapá seguiu sem registro de seca no seu território, o Mato Grosso ficou livre do fenômeno em junho e já no Pará o fenômeno voltou a ser verificado no último mês.

- Percentual de seca por unidade da Federação entre maio e junho de 2025
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Duas unidades da Federação registraram seca em 100% do território em junho deste ano: Distrito Federal e Piauí. Nos demais estados com registro do fenômeno, os percentuais variaram de 3% a 93%.

- Percentual da área com seca por unidade da Federação em junho de 2025
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Amazonas lidera a área total com seca de maio, seguido por Minas Gerais, Bahia, Maranhão e Goiás. No total, entre maio e junho, a área com o fenômeno seguiu em cerca de 3,7 milhões de km², o equivalente a 44% do território brasileiro.

- Área com seca por UF em junho de 2025 por km²
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Situação por UF
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UF |
ÁREA |
SEVERIDADE DA SECA |
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Acre |
Entre maio e junho, a área com seca se manteve no patamar de 64% do Acre. Além disso, o estado teve o maior percentual de área com seca da região Norte em junho |
Entre maio e junho, a severidade do fenômeno se manteve estável com 20% de seca moderada no Acre |
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Alagoas |
Entre maio e junho, a área com seca diminuiu em Alagoas, passando de 77% para 61% do estado. É a menor área com o fenômeno desde agosto de 2024, quando foi registrado 46% de seca em AL |
No período entre maio e junho, o fenômeno se abrandou em Alagoas, já que a seca grave deixou de ser verificada. É a melhor condição desde setembro de 2024, quando foi registrada seca moderada em 16% do território alagoano |
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Amapá |
Entre maio e junho, o Amapá seguiu livre de seca em seu território. Com isso, o AP e o Mato Grosso foram as únicas unidades da Federação livres de seca em junho |
A seca não foi registrada no Amapá em maio e junho. O AP e o Mato Grosso foram as únicas unidades da Federação livres de seca em junho |
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Amazonas |
Entre maio e junho, a área com seca no território do Amazonas diminuiu de 59% para 40% do estado. É a menor área com o fenômeno no AM desde maio de 2023, quando houve seca em 24% do AM |
Entre maio e junho, o Amazonas teve o abrandamento do fenômeno, já que a seca moderada caiu de 18% para 10% do estado. É a melhor condição do fenômeno no AM desde dezembro de 2022, quando o estado entrou no Mapa do Monitor |
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Bahia |
Entre maio e junho, a área com seca se manteve no patamar de 85% da Bahia. Essa é a menor área com registro do fenômeno no estado desde os 70% verificados em julho de 2024 |
O fenômeno se abrandou no território baiano entre maio e junho, já que a área com seca grave caiu de 53% para 41% do estado |
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Ceará |
A área com seca no Ceará se manteve no patamar de 76% entre maio e junho |
A seca se intensificou no Ceará com o aumento da área com seca moderada de 2% para 34% entre maio e junho. É a condição mais severa no território cearense desde dezembro de 2024, quando foram registrados 43% de seca grave no estado |
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Distrito Federal |
Entre maio de 2024 e junho de 2025, a seca seguiu presente em 100% do Distrito Federal. É a primeira vez que a unidade da Federação registra seca na totalidade de seu território por 14 meses consecutivos, desde julho de 2020, quando o DF entrou no Mapa do Monitor de Secas |
O fenômeno se manteve estável no Distrito Federal entre março e junho com o registro de seca moderada em 100% do seu território. Assim, o DF teve a condição mais severa do fenômeno no Centro-Oeste em junho |
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Espírito Santo |
A área com seca no território capixaba se manteve no patamar de 47% entre maio e junho. É a menor porção com o registro do fenômeno no ES desde janeiro deste ano, quando houve seca em 31% do estado |
Entre maio e junho, a intensidade da seca se manteve estável no Espírito Santo, que seguiu somente com registro de seca fraca, que é a mais branda na escala do Monitor |
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Goiás |
A área com seca diminuiu no território goiano entre maio e junho, passando de 96% para 76% do estado. É a menor área com seca em GO desde outubro de 2023, quando foram registrados 63% de seca no território goiano |
A seca se abrandou em Goiás, entre maio e junho, com a diminuição da seca moderada de 61% para 43% do estado. É a melhor condição desde os 33% de seca moderada registrados em fevereiro deste ano |
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Maranhão |
Entre maio e junho, a área com seca aumentou no Maranhão, passando de 76% para 85% do território do estado. Esse é o maior percentual do fenômeno no MA desde fevereiro de 2025, quando houve seca em 90% do território maranhense |
O fenômeno se intensificou no Maranhão com o aumento da área com seca moderada, que passou de 30% para 42% do estado entre maio e junho. É a condição mais severa da seca no MA desde dezembro de 2024, quando houve seca grave em 29% do Maranhão |
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Mato Grosso |
Em junho, o Mato Grosso ficou livre de seca juntamente com o Amapá. É a primeira vez que o estado fica livre de seca desde junho de 2021, quando o MT entrou no Mapa do Monitor de Secas |
A seca não foi registrada em MT em junho deste ano. Mato Grosso e Amapá foram as únicas unidades da federação que ficaram livres de seca |
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Mato Grosso do Sul |
Em Mato Grosso do Sul, a área com seca diminuiu de 72% para 50% do estado entre maio e junho. É a menor área com o fenômeno em MS desde outubro de 2023, quando foi registrada seca em 42% de seu território |
O fenômeno se abrandou em Mato Grosso do Sul entre maio e junho, já que a seca moderada deixou de ser registrada no estado no último mês. É a melhor condição do fenômeno em MS desde julho de 2020, quando o estado passou a ser acompanhado pelo Monitor de Secas |
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Minas Gerais |
A área com seca em Minas Gerais se manteve no patamar de 83% entre maio e junho |
Em Minas Gerais o fenômeno se abrandou entre maio e junho, já que a seca moderada diminuiu levemente de 36% para 33% do estado. Ainda assim, Minas teve a maior severidade da seca entre os estados do Sudeste em junho, devido a 2% de seca grave em seu território |
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Pará |
Em junho a seca voltou a ser registrada em 3% do Pará, depois de o estado ter ficado livre do fenômeno entre março e maio deste ano |
A seca fraca, a mais branda na escala do Monitor, voltou a ser registada em 3% do Pará em junho |
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Paraíba |
Entre maio e junho, a área com seca na Paraíba se manteve no patamar de 87% |
Entre maio e junho, o fenômeno se abrandou levemente na Paraíba, já que a seca grave passou de 53% para 52% do seu território. Ainda assim, a Paraíba teve a condição mais severa de seca entre todas as 27 unidades da Federação em junho |
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Paraná |
Entre maio e junho, a área com seca diminuiu de 75% para 52% do Paraná. É a menor área com o registro do fenômeno desde fevereiro deste ano, quando foi registrada seca em 51% do estado |
Entre maio e junho, o fenômeno se abrandou no Paraná, já que a área com seca moderada caiu de 40% para 19% do estado. É a melhor condição desde maio de 2024, quando foram registrados 10% de seca moderada no PR |
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Pernambuco |
Entre maio e junho a área com seca se manteve estável em Pernambuco, com 93% do fenômeno em seu território |
O fenômeno se abrandou em Pernambuco entre maio e junho, já que a seca grave passou de 61% para 40% do estado |
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Piauí |
Entre abril e junho deste ano, a área com seca no Piauí se manteve na totalidade do território do estado, que foi o único do Nordeste com 100% de registro do fenômeno |
O fenômeno se intensificou no Piauí entre maio e junho, já que a seca moderada passou de 28% para 54% do estado. É a pior condição desde março de 2019, quando ocorreu seca extrema em 6% do PI |
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Rio de Janeiro |
No Estado do Rio de Janeiro, a área com seca se manteve no patamar de 27% do território entre abril e junho. É o menor percentual de área com seca entre os estados do Sudeste em junho |
O fenômeno se abrandou no Rio de Janeiro entre maio e junho, já que a seca moderada deixou de ser registrada no território fluminense. Com isso, o estado teve a melhor condição do fenômeno no Sudeste em junho |
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Rio Grande do Norte |
Entre maio e junho, a área com seca no Rio Grande do Norte diminuiu de 93% para 87% do estado. É a menor área com o fenômeno desde março, quando foi registrada seca em 34% do RN |
A seca se intensificou no Rio Grande do Norte entre maio e junho, visto que a seca grave passou de 21% para 25% do território potiguar. Essa é a condição mais severa do fenômeno no RN desde janeiro de 2022, quando houve seca grave em 62% do estado |
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Rio Grande do Sul |
Entre maio e junho, a área com seca no Rio Grande do Sul diminuiu de forma significativa de 100% para 7% do território gaúcho. É a menor área com o fenômeno desde novembro de 2024, quando houve seca em 5% do estado. Com isso, o RS teve o menor percentual de área com seca no Sul em junho |
Entre maio e junho, a seca se abrandou no Rio Grande do Sul, já que a seca grave deixou de ser verificada e a seca moderada caiu fortemente de 86% para 3% do estado. Essa é a melhor condição do fenômeno no RS desde dezembro de 2024 e o cenário mais brando de seca entre os estados do Sul em junho |
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Rondônia |
Entre maio e junho, a área com seca diminuiu em Rondônia de 44% para 39% do território do estado |
A intensidade da seca se manteve estável em Rondônia entre maio e junho, já que houve somente o registro de seca fraca, que é a mais branda do Monitor de Secas, nesse período |
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Roraima |
A área com seca se manteve no patamar de 14% do estado entre maio e junho. É a maior área com seca em RR desde janeiro deste ano, quando foi identificado o fenômeno em 36% do território roraimense |
Entre maio e junho, a severidade do fenômeno se manteve estável em Roraima, com o registro somente de seca fraca, que é a mais branda na escala do Monitor |
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Santa Catarina |
Em Santa Catarina a área com seca diminuiu de 98% para 81% do estado entre maio e junho. Esse é o menor percentual de área com o fenômeno em SC desde fevereiro, quando houve seca em 66% do território catarinense. Por outro lado, Santa Catarina foi o estado da região Sul com maior percentual de área com seca em junho |
Entre maio e junho, o fenômeno se abrandou em Santa Catarina, visto que a seca grave deixou de ser registrada no estado no último mês. É a melhor condição de seca desde fevereiro deste ano em SC. Ainda assim, Santa Catarina teve a pior condição do fenômeno no Sul em junho |
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São Paulo |
No Estado de São Paulo, entre maio e junho, a área com seca diminuiu levemente de 91% para 89% do território paulista. Apesar disso, SP teve o maior percentual de área com seca no Sudeste em junho |
O fenômeno se abrandou em SP com a seca moderada caindo consideravelmente de 67% para 37% entre maio e junho. É a melhor condição desde maio de 2024, quando foram registrados 30% de seca moderada no território paulista |
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Sergipe |
Entre maio e junho, a área com seca diminuiu de 69% para 35% de Sergipe. Com isso, o estado teve o menor percentual de área com seca dentre os estados do Nordeste em junho |
Entre maio e junho, a severidade da seca se abrandou em Sergipe, já que a seca grave deixou de ser verificada no último mês. Com isso, o território sergipano teve a melhor condição de seca dentre os estados nordestinos em junho |
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Tocantins |
Entre maio e junho, a área com seca diminuiu de 60% para 56% de Tocantins. É a menor área com o fenômeno em TO desde maio de 2023, quando houve registro de seca em 47% do território tocantinense |
Em Tocantins o fenômeno se intensificou entre maio e junho, com o aumento da seca moderada de 16% para 31% do estado. Com isso, Tocantins teve a maior severidade da seca na região Norte em junho |
O Monitor de Secas
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar o planejamento e a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração. Por meio da ferramenta, é possível comparar a evolução das secas nos 26 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido. O Monitor de Secas teve início em julho de 2014, começando pela Região Nordeste, sendo que o processo de expansão dessa iniciativa, a partir de 2018, foi concluído com a entrada do Amapá no Mapa do Monitor de dezembro de 2023, completando a cobertura em todo o território nacional.
A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.
Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
(61) 2109-5129/5495/5103
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