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Seca se intensifica no Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste, mas perde força no Norte e Sul segundo a última atualização do Monitor de Secas
Conforme a última atualização do Monitor de Secas, entre agosto e setembro, em termos de severidade da seca, houve um abrandamento do fenômeno em quatro estados: Acre, Amazonas, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. No sentido oposto, a seca se intensificou em setembro em outros dez estados: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Piauí, São Paulo e Tocantins. Já em outras 11 unidades da Federação o fenômeno ficou estável em termos de severidade nesse período: Alagoas, Ceará, Distrito Federal, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia e Sergipe. O Amapá e Roraima voltaram a registrar seca em setembro.

- Mapas do Monitor de agosto e setembro de 2025

- Seca por grau de severidade por unidade da Federação em agosto e setembro de 2025
Considerando as cinco regiões geopolíticas acompanhadas pelo Monitor de Secas, o Nordeste manteve, em setembro de 2025, o quadro mais severo do fenômeno no País. A região teve aumento das áreas com seca extrema, que passou de 15% para 17%. Esse é o pior cenário desde fevereiro de 2019 e a maior severidade entre as regiões brasileiras. Entre agosto e setembro, o fenômeno também se intensificou no Centro-Oeste e Sudeste. Na contramão, o Norte apresentou a condição mais branda do fenômeno; já o Sul teve melhora, com queda da seca moderada de 10% para 8%. Considerando a extensão da área com seca, houve redução do fenômeno nas regiões Norte e Sul, estabilidade no Sudeste e no Nordeste, além de aumento no Centro-Oeste entre agosto e setembro.

- Seca por grau de severidade por região geopolítica e no Brasil em agosto e setembro de 2025
Na comparação entre agosto e setembro de 2025, quatro estados registraram aumento da área com seca: Ceará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná; sendo que o Amapá e Roraima registraram o retorno do fenômeno. No sentido oposto, o Monitor identificou diminuição da área com seca em sete estados: Alagoas, Pernambuco, Goiás, Amazonas, Rondônia, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Em 14 unidades da Federação, a área com seca se manteve estável: Acre, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, São Paulo, Sergipe e Tocantins.

- Percentual de seca por unidade da Federação entre agosto e setembro de 2025
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Seis unidades da Federação registraram seca em 100% do território em setembro deste ano: Acre, Distrito Federal, Minas Gerais, Piauí, São Paulo e Tocantins. Nos demais estados com registro do fenômeno, os percentuais variaram de 3% a 97%.

- Percentual da área com seca por unidade da Federação em setembro de 2025
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Amazonas lidera a área total com seca de setembro, seguido por Minas Gerais, Bahia, Maranhão e Tocantins. No total, entre agosto e setembro, a área com o fenômeno se manteve estável no patamar de 4,8 milhões de km², o equivalente a 57% do território brasileiro.

- Área com seca por UF em setembro de 2025 por km²
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Situação por UF
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UF |
ÁREA |
SEVERIDADE DA SECA |
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Acre |
Entre julho e setembro de 2025, a área com seca se manteve estável em 100% do Acre. |
O fenômeno se abrandou no Acre entre agosto e setembro com a redução da área com seca moderada de 53% para 44% do estado. Ainda assim, o AC teve a maior severidade da seca na região Norte em setembro. |
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Alagoas |
Entre agosto e setembro, a área com seca diminuiu de 24% para 12% em Alagoas. É o menor percentual de seca desde junho de 2024, quando o estado ficou livre de seca. |
No período entre agosto e setembro, a severidade do fenômeno se manteve estável em Alagoas, já que somente foi registrada seca fraca, que é a mais branda na escala do Monitor. O território alagoano teve a melhor condição de seca dentre os estados nordestinos em setembro. |
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Amapá |
Em setembro de 2025, o Amapá voltou a registrar seca em 33% de seu território, sendo que o fenômeno não era verificado no estado desde abril deste ano. |
Em setembro de 2025, o Amapá voltou a registrar apenas seca fraca, que é a categoria mais branda na escala do Monitor. |
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Amazonas |
Entre agosto e setembro de 2025, a área com seca diminuiu de 77% para 63% no Amazonas. |
O fenômeno se abrandou no Amazonas entre agosto e setembro com a redução da área com seca moderada de 9% para 4%. |
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Bahia |
Entre agosto e setembro, a área com seca se manteve estável no patamar de 96% da Bahia. É o maior percentual de área com o registro do fenômeno no território baiano desde abril deste ano, quando também foram foi registrado o fenômeno em 96% do estado. |
O fenômeno se intensificou na Bahia entre agosto e setembro, já que a área com seca extrema aumentou de 24% para 25% do estado, assim como a área com seca grave se expandiu de 32% para 42% do estado. É a pior condição do fenômeno no território baiano desde março de 2019, quando houve seca excepcional, a mais severa na escala do Monitor, em 2% da Bahia. |
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Ceará |
A área com seca no Ceará aumentou de 91% para 97% do estado entre agosto e setembro. Esse é o maior percentual do fenômeno no CE desde janeiro de 2024, quando foi registrada seca em 100% do território cearense. |
A severidade da seca se manteve estável no Ceará entre agosto e setembro com o registro de 55% de seca moderada. Essa é a condição mais severa do fenômeno desde janeiro de 2024, quando foram verificados 2% de seca grave no estado. |
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Distrito Federal |
Entre maio de 2024 e setembro de 2025, a área com seca se manteve estável em 100% do Distrito Federal. O território já acumula 17 meses consecutivos nessa condição — o maior período já registrado no DF desde julho de 2020, quando passou a integrar o Monitor de Secas. |
A severidade se manteve estável no Distrito Federal entre março e setembro, com 100% do território apresentando seca moderada nesse período. |
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Espírito Santo |
Entre agosto e setembro de 2025, a área com seca se manteve estável em 69% do Espírito Santo. É a maior porção com o registro do fenômeno no ES desde abril deste ano, quando houve seca em 90% do estado. |
O fenômeno apresentou leve intensificação no Espírito Santo entre agosto e setembro, pois a área com seca moderada aumentou de 20% para 23%. É a condição mais severa desde novembro de 2024, quando o Espírito Santo registrou 32% de seca moderada. |
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Goiás |
Entre agosto e setembro de 2025, a área com seca diminuiu de 86% para 81% em Goiás, que foi a única unidade da Federação do Centro-Oeste a registrar redução da área com o fenômeno em setembro. |
Goiás teve a intensificação da seca entre agosto e setembro com o aumento das áreas com seca grave de 2% para 3% e o avanço da seca moderada de 41% para 53% do estado nesse período. É a pior condição no território goiano desde os 27% de seca grave registrados em novembro de 2024. Assim, o território goiano teve a condição mais severa do fenômeno no Centro-Oeste em setembro. |
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Maranhão |
Entre agosto e setembro de 2025, a área com seca se manteve estável em 92% do Maranhão. |
A severidade se manteve estável no Maranhão entre julho e setembro com o registro de seca grave em 57% do território. É a condição mais severa da seca no MA desde janeiro de 2018, quando houve seca extrema em 11% do estado. |
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Mato Grosso |
Entre agosto e setembro de 2025, a área com seca aumentou de 13% para 24% no Mato Grosso. O estado chegou a ficar livre da seca em junho e julho de 2025, mas voltou a registrar o fenômeno em agosto. No Centro-Oeste, MT teve o menor percentual de área com seca em setembro. |
Em setembro de 2025, o Mato Grosso registrou apenas seca fraca, mantendo a categoria mais branda na escala do Monitor. O estado teve a condição mais branda do fenômeno no Centro-Oeste em setembro. |
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Mato Grosso do Sul |
Entre agosto e setembro de 2025, a área com seca aumentou significativamente de 27% para 47% no Mato Grosso do Sul. |
O fenômeno se intensificou no Mato Grosso do Sul entre agosto e setembro, com o retorno da seca moderada em 20% do território. |
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Minas Gerais |
Entre agosto e setembro de 2025, a área com seca se manteve em 100% de Minas Gerais. Desde o período entre fevereiro e março deste ano, é a primeira vez que o estado registra seca na totalidade do seu território por dois meses consecutivos. |
A seca se intensificou em Minas Gerais entre agosto e setembro, já que a área com seca grave aumentou de 6% para 8% do estado. É a pior condição do fenômeno em MG desde outubro de 2024, quando foram registrados 24% de seca grave no território mineiro. |
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Pará |
Entre agosto e setembro de 2025, a área com seca se manteve estável em 4% do Pará. É o menor percentual de área com seca no Brasil em setembro. |
A severidade da seca se manteve estável no Pará entre agosto e setembro, com 4% do território apresentando apenas seca fraca, a mais branda na escala do Monitor. O estado registrou a melhor condição de seca no Brasil em setembro. |
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Paraíba |
Entre agosto e setembro de 2025, a área com seca se manteve estável em 87% da Paraíba. O estado mantém esse patamar desde maio de 2025. |
A severidade da seca se manteve inalterada na Paraíba entre agosto e setembro, com a seca grave e moderada seguindo respectivamente em 55% e 21% do estado nesse período em ambos os meses. |
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Paraná |
Entre agosto e setembro de 2025, a área com seca aumentou de 56% para 65% no Paraná. Com isso, o estado teve o maior percentual de área com seca em setembro na região Sul. |
O fenômeno se intensificou no Paraná entre agosto e setembro com o aumento da área com seca moderada de 14% para 22%. É a pior condição do fenômeno desde novembro de 2024, quando foram registrados 21% de seca grave no PR. Também foi a maior severidade da seca entre os estados sulistas em setembro. |
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Pernambuco |
Entre agosto e setembro de 2025, a área com seca diminuiu de 89% para 84% de Pernambuco. Essa é a menor área com registro do fenômeno no estado desde os 60% observados em agosto de 2024. |
O fenômeno se intensificou em Pernambuco entre agosto e setembro com o aumento da área com seca extrema de 4% para 5% do estado. É a condição mais severa do fenômeno no território pernambucano desde dezembro de 2019, quando foram registrados 6% de seca extrema. |
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Piauí |
Entre abril e setembro de 2025, a área com seca permaneceu presente em 100% do território do Piauí. |
O fenômeno se intensificou no Piauí entre agosto e setembro, já que a área com seca extrema aumentou de 39% para 44%. É a maior severidade do fenômeno no território piauiense desde fevereiro de 2019, quando houve seca excepcional, a mais severa na escala do Monitor, em 1% do estado. Além disso, o Piauí teve a condição mais severa de seca entre todas as 27 unidades da Federação em setembro. |
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Rio de Janeiro |
Entre agosto e setembro de 2025, a área com seca se manteve estável em 44% do Estado do Rio de Janeiro. É o maior percentual de área com seca no RJ, desde março deste ano, quando o fenômeno foi verificado em 100% do território fluminense. Apesar disso, é a menor área com seca entre os estados do Sudeste em setembro. |
A severidade se manteve inalterada no Rio de Janeiro entre agosto e setembro, com a mesma distribuição: 43% com seca fraca e 2% com seca moderada. Além disso, o estado teve a melhor condição do fenômeno no Sudeste em setembro. |
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Rio Grande do Norte |
Entre agosto e setembro de 2025, a área com seca se manteve estável em 91% do Rio Grande do Norte. |
A severidade da seca se manteve inalterada no Rio Grande do Norte entre agosto e setembro com a estabilidade da seca grave e moderada respectivamente nos patamares de 33% e 37% em ambos os meses. |
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Rio Grande do Sul |
Entre agosto e setembro de 2025, a área com seca diminuiu de 8% para 3% no Rio Grande do Sul. É o menor percentual de área com seca no estado desde outubro de 2024, quando o território gaúcho esteve livre do fenômeno. Além disso, o RS teve o menor percentual de área com seca no Sul em setembro. |
O fenômeno se abrandou no Rio Grande do Sul entre agosto e setembro, já que a seca moderada deixou de ser registrada no estado em setembro, restando somente seca fraca. Esse é o cenário mais brando de seca entre os estados do Sul em setembro |
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Rondônia |
Entre agosto e setembro de 2025, a área com seca diminuiu de 64% para 51% em Rondônia. |
A severidade do fenômeno se manteve estável em Rondônia entre agosto e setembro, com registro apenas de seca fraca, que é a mais branda na escala do Monitor. |
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Roraima |
Em setembro Roraima voltou a registrar seca em 15% de seu território, sendo que o fenômeno não era verificado no estado desde junho. O percentual observado em setembro foi o maior em RR desde os 36% registrados em janeiro deste ano. |
Em setembro de 2025, Roraima registrou apenas seca fraca, que é a categoria mais branda na escala do Monitor. |
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Santa Catarina |
Entre agosto e setembro de 2025, a área com seca diminuiu significativamente de 100% para 45% de Santa Catarina. É a menor área com seca no estado desde os 44% verificados em janeiro deste ano. |
O fenômeno se abrandou em Santa Catarina entre agosto e setembro, pois a seca moderada deixou de ser observada em setembro, restando somente seca fraca, que é a mais branda na escala do Monitor. |
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São Paulo |
Entre agosto e setembro de 2025, a área com seca se manteve em 100% do Estado de São Paulo. Desde o período entre fevereiro e março, é a primeira vez que SP registra seca na totalidade de seu território por dois meses consecutivos. |
O fenômeno se intensificou significativamente em São Paulo entre agosto e setembro. A área com seca grave quase dobrou, passando de 17% para 33%. É a pior condição do fenômeno em SP desde outubro de 2024, quando foram registrados 47% de seca grave no território paulista. Com isso, São Paulo teve a maior severidade da seca entre os estados do Sudeste em setembro. |
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Sergipe |
Entre agosto e setembro de 2025, a área com seca se manteve estável em 13% de Sergipe. A área com seca no território sergipano nesses dois meses foi a menor no estado desde junho de 2024, quando ficou livre do fenômeno. |
A severidade se manteve estável em Sergipe entre agosto e setembro somente com o registro de seca fraca, que é a mais branda na escala do Monitor. |
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Tocantins |
Entre agosto e setembro de 2025, a área com seca se manteve estável em 100% de Tocantins, o que não ocorria desde janeiro deste ano, quando também houve registro de seca na totalidade do território tocantinense. |
O fenômeno se intensificou em Tocantins entre agosto e setembro com o aumento da área com seca moderada de 29% para 32%. É a maior severidade do fenômeno em TO desde março deste ano, quando houve seca moderada em 37% do estado. |
O Monitor de Secas
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar o planejamento e a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração. Por meio da ferramenta, é possível comparar a evolução das secas nos 26 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido. O Monitor de Secas teve início em julho de 2014, começando pela Região Nordeste, sendo que o processo de expansão dessa iniciativa, a partir de 2018, foi concluído com a entrada do Amapá no Mapa do Monitor de dezembro de 2023, completando a cobertura em todo o território nacional.
A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.
Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
(61) 2109-5129/5495/5103
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