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Seca fica mais branda no Centro-Oeste, Norte, Sudeste e Sul. No Nordeste o fenômeno se intensifica segundo a última atualização do Monitor de Secas
Conforme a última atualização do Monitor de Secas, entre abril e maio, em termos de severidade da seca, houve um abrandamento do fenômeno em oito estados: Amazonas, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Tocantins. No sentido oposto, a seca se intensificou em maio em outros oito estados: Acre, Maranhão, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Santa Catarina. Já em outras sete unidades da Federação o fenômeno ficou estável em termos de severidade nesse período: Alagoas, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Sergipe. O Pará seguiu livre de seca, enquanto no Amapá o fenômeno deixou de ser observado, devido ao com o volume de chuvas acima da média. Já em Rondônia e Roraima o fenômeno voltou a ser verificado em maio.

- Mapas do Monitor de abril e maio de 2025

- Seca por grau de severidade por unidade da Federação em abril e maio de 2025
Considerando as cinco regiões geopolíticas acompanhadas pelo Monitor de Secas, o Norte teve a condição mais branda do fenômeno em maio, enquanto o Nordeste teve a situação mais severa, com 39% da sua área com registro de seca grave. Entre abril e maio no Centro-Oeste, Norte, Sudeste e Sul o fenômeno se abrandou; enquanto no Nordeste a seca se intensificou nesse período. Considerando a extensão da área com seca, houve redução da área com registro do fenômeno no Centro-Oeste e Nordeste. Já no Norte, Sudeste e Sul a área com seca teve um aumento nesse período.

- Seca por grau de severidade por região e no Brasil em abril e maio de 2025
Apesar das cheias registradas na Região Hidrográfica Amazônica, o Mapa do Monitor de Secas do mês de maio apresenta 31,5% de seca na região. Esse contraste é devido a elevação do nível dos rios amazônicos causados pelas chuvas nas regiões de cabeceira da bacia, principalmente nas áreas do Peru e da Colômbia. Por esse motivo, municípios que ficam em áreas mais baixas dos cursos dos rios podem enfrentar uma falta de chuva e, mesmo assim, enfrentar inundações causadas pelo volume de chuvas ocorridos em outras regiões.
Na comparação entre abril e maio, seis estados registraram o aumento da área com seca: Acre, Amazonas, Ceará, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina. Já em Rondônia e Roraima o fenômeno voltou a ser verificado em maio. No sentido oposto, o Monitor identificou a diminuição da área com o fenômeno em outros nove estados: Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. Em outras oito unidades da Federação, a área com seca se manteve estável: Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins. No período entre abril e maio, o Pará seguiu sem registro de seca no seu território e o Amapá ficou livre do fenômeno em maio.

- Percentual de seca por unidade da Federação entre abril e maio de 2025
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Três unidades da Federação registraram seca em 100% do território em maio deste ano: Distrito Federal, Piauí e Rio Grande do Sul. Nos demais estados com registro do fenômeno, os percentuais variaram de 14% a 98%.

- Percentual da área com seca por unidade da Federação em maio de 2025
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Amazonas lidera a área total com seca de maio, seguido por Minas Gerais, Bahia, Goiás e Rio Grande do Sul. No total, entre abril e maio, a área com o fenômeno seguiu em cerca de 4,7 milhões de km², o equivalente a 55% do território brasileiro.

- Área com seca por UF em maio de 2025 por km²
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Situação por UF
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UF |
ÁREA |
SEVERIDADE DA SECA |
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Acre |
Entre abril e maio, a área com seca aumentou, passando de 40% para 64% do Acre. Além disso, o estado teve o maior percentual de área com seca da região Norte em maio |
Entre abril e maio, a severidade da seca se intensificou no Acre, já que a seca moderada passou de 18% para 20% do estado. Com isso, o Acre teve a maior severidade da seca na região Norte em maio |
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Alagoas |
Entre abril e maio, a área com seca em Alagoas diminuiu de 100% para 77% do território do estado |
A severidade da seca permaneceu estável em Alagoas entre abril e maio |
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Amapá |
Em maio o Amapá voltou a ficar livre de seca em seu território. Com isso, o AP e o Pará foram os únicos estados a não registrar seca em seu território em maio |
A seca deixou de ser registrada no AP no mês de maio. O Pará e o Amapá foram as únicas unidades da Federação livres de seca em maio |
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Amazonas |
Entre abril e maio, a área com seca no território do Amazonas aumentou de 52% para 59% |
Entre abril e maio, o Amazonas teve o abrandamento do fenômeno, já que a seca grave deixou de ser registrada no estado. É a melhor condição do fenômeno no AM desde dezembro de 2022, quando o estado entrou no Mapa do Monitor |
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Bahia |
Entre abril e maio, a área com seca diminuiu, passando de 96% para 85% do território da Bahia. É a menor área com o fenômeno no estado desde julho de 2024, quando houve seca em 71% do território baiano |
O fenômeno se abrandou no território baiano entre abril e maio, com a leve diminuição da área com seca moderada de 22% para 20% do estado |
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Ceará |
A área com seca no Ceará aumentou de 55% para 75% do estado entre abril e maio. É a maior área com seca desde dezembro de 2024, quando foram registrados 80% de seca no CE |
A severidade da seca se manteve estável no Ceará entre abril e maio. Mesmo diante desse cenário, o CE teve a melhor condição de seca dentre os estados nordestinos em maio |
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Distrito Federal |
Entre maio de 2024 e maio de 2025, a seca seguiu presente em 100% do Distrito Federal. É a primeira vez que a unidade da Federação registra seca na totalidade de seu território por 13 meses consecutivos, desde julho de 2020, quando o DF entrou no Mapa do Monitor de Secas |
O fenômeno se manteve estável no Distrito Federal entre março e maio. com o registro de seca moderada em 100% do seu território. O DF teve a condição mais severa do fenômeno no Centro-Oeste em maio |
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Espírito Santo |
A área com seca no território capixaba diminuiu de 90% para 47% entre abril e maio. É a menor porção com o registro do fenômeno no ES desde janeiro deste ano, quando houve seca em 31% do estado |
Entre abril e maio, a intensidade da seca se manteve estável no Espírito Santo, que seguiu somente com registro de seca fraca. Com isso, o estado teve a condição mais branda do fenômeno no Sudeste em maio |
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Goiás |
A área com seca se manteve no patamar de 96% de Goiás entre março e maio |
A seca se abrandou em Goiás, entre abril e maio, com a diminuição da seca moderada de 69% para 61% do estado |
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Maranhão |
Entre março e maio, a área com seca se manteve no patamar de 76% do Maranhão. Esse é o menor percentual do fenômeno no estado desde julho de 2024, quando houve seca em 73% do território maranhense |
O fenômeno se intensificou no Maranhão com o aumento da área com seca grave, que passou de 20% para 28% do estado entre abril e maio. É a pior condição no MA desde dezembro de 2024, quando o território maranhense registrou 29% de seca grave |
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Mato Grosso |
Entre abril e maio, a área com seca diminuiu de 29% para 20% de Mato Grosso. É a menor área com seca em MT desde junho de 2021, quando o estado entrou no Mapa do Monitor de Secas. Dentre as unidades da Federação do Centro-Oeste, Mato Grosso teve o menor percentual de área com a presença do fenômeno em maio |
Houve um abrandamento da seca em Mato Grosso entre abril e maio, visto que a seca moderada deixou de ser registrada. Além disso, MT teve a condição mais branda do fenômeno no Centro-Oeste em maio |
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Mato Grosso do Sul |
Em Mato Grosso do Sul, a área com seca diminuiu de 100% para 72% do estado entre abril e maio. É a menor área com o fenômeno desde fevereiro de 2024, quando foi registrada seca em 68% de MS |
O fenômeno se abrandou em Mato Grosso do Sul entre abril e maio, já que a seca moderada passou de 40% para 9% do estado. É a melhor condição do fenômeno em MS desde dezembro de 2023 |
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Minas Gerais |
A área com seca em Minas Gerais aumentou de 74% para 83% do estado entre abril e maio |
Em Minas Gerais a seca se abrandou entre abril e maio, já que a seca moderada passou de 37% para 36% do estado Ainda assim, Minas teve a maior severidade da seca entre os estados do Sudeste em maio |
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Pará |
Entre março e maio, o Pará se manteve livre de seca. Juntamente com Amapá, o Pará não registrou o fenômeno em maio |
A seca não foi registrada no PA entre março e maio. Com isso, o Pará e o Amapá foram as únicas unidades da Federação livres de seca em maio |
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Paraíba |
Entre abril e maio, a área com seca diminuiu na Paraíba, passando de 100% para 87% do estado. Essa é a menor área com seca desde agosto de 2024, quando o fenômeno foi registrado em 45% do território |
Entre abril e maio, a seca se intensificou na Paraíba, já que a seca grave voltou a ser registrada em 53% do seu território. Essa é a condição mais severa do fenômeno na PB desde janeiro de 2020, quando houve seca grave em 65% do estado |
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Paraná |
Entre abril e maio, a área com seca aumentou levemente de 74% para 75% do Paraná. Ainda assim, o estado teve o menor percentual de área com seca no Sul em maio |
Entre abril e maio, a severidade do fenômeno se intensificou no Paraná, já que a área com seca moderada aumentou de 27% para 40% do estado. Mesmo assim, essa é a condição mais branda do fenômeno entre os estados do Sul em maio |
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Pernambuco |
Entre abril e maio a área com seca em Pernambuco diminuiu de 100% para 93% do seu território. É a menor área com o fenômeno no estado desde agosto de 2024, quando foi registrada seca em 60% de PE |
A seca se intensificou em Pernambuco entre abril e maio, já que a seca grave saltou de 33% para 61% do estado. É a maior severidade do fenômeno no estado desde janeiro de 2020, quando houve seca grave em 65% de PE. Com esse cenário, Pernambuco teve a condição mais severa de seca entre todas as 27 unidades da Federação em maio |
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Piauí |
Entre abril e maio deste ano, a área com seca no Piauí se manteve na totalidade do território do estado |
O fenômeno se intensificou no Piauí entre abril e maio, já que a seca grave passou de 18% para 45% do estado. É a pior condição desde março de 2019, quando ocorreu seca extrema em 6% do PI |
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Rio de Janeiro |
No Estado do Rio de Janeiro, a área com seca se manteve no patamar de 27% do território entre abril e maio. É o menor percentual de área com seca entre os estados do Sudeste em maio |
O fenômeno se manteve estável no Rio de Janeiro, com a seca moderada em 11% do estado |
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Rio Grande do Norte |
Entre abril e maio, a área com seca no Rio Grande do Norte diminuiu de 100% para 93% do estado |
A severidade da seca se intensificou no Rio Grande do Norte entre abril e maio, visto que a seca grave voltou a ser verificada em 21% do território potiguar. Essa é a condição mais severa do fenômeno no RN desde janeiro de 2022, quando houve seca grave em 62% do estado |
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Rio Grande do Sul |
Entre fevereiro e maio, a área com seca no RS se manteve na totalidade do território gaúcho. É a primeira vez que o estado registra o fenômeno em 100% de sua área por quatro meses consecutivos desde o período entre março e junho de 2023. Com isso, em maio, o Rio Grande do Sul foi o estado da região Sul com maior percentual de área com seca |
Entre abril e maio, a seca se abrandou significativamente no Rio Grande do Sul, já que a seca grave caiu de 51% para 3% de seu território. Essa é a melhor condição do fenômeno no estado desde dezembro de 2024 |
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Rondônia |
Em maio a seca voltou a ser registrada em 44% do território de Rondônia, depois de um mês sem registro do fenômeno |
A seca fraca voltou a ser registrada em 44% de Rondônia no mês de maio |
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Roraima |
A seca voltou a ser registrada em 14% do estado em maio. É a maior área com seca em RR desde janeiro deste ano, quando foi identificado o fenômeno em 36% do território roraimense |
Em maio a seca fraca voltou a ser registrada em 14% de Roraima, após um mês sem o registro do fenômeno no estado |
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Santa Catarina |
Em Santa Catarina a área com seca aumentou, passando de 95% para 98% do estado entre abril e maio. Esse é o maior percentual de área com o fenômeno no estado desde setembro de 2021, quando houve seca em 100% de SC |
Entre abril e maio, a severidade do fenômeno se intensificou em Santa Catarina com o aumento da área com seca grave de 11% para 14% do estado. Com esse quadro, SC teve a pior condição do fenômeno no Sul em maio |
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São Paulo |
No Estado de São Paulo, entre abril e maio, a área com seca se manteve estável com 91% do território. O território paulista teve o maior percentual de área com seca no Sudeste |
O fenômeno se manteve estável em SP entre abril e maio, com a seca moderada em 67% do território paulista |
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Sergipe |
Entre abril e maio, a área com seca diminuiu de 83% para 69% de Sergipe. Com isso, o estado teve o menor percentual de área com seca dentre os estados do Nordeste em maio |
Entre abril e maio, a severidade da seca se manteve estável em Sergipe |
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Tocantins |
Entre abril e maio, a área com seca se manteve estável em 60% de Tocantins. É a menor área com o fenômeno em TO desde maio de 2023, quando houve registro de seca em 47% do território tocantinense |
Em Tocantins o fenômeno se abrandou entre abril e maio, com a redução da seca moderada de 21% para 16% do estado. É a condição mais branda do fenômeno em TO desde outubro de 2023, quando houve seca moderada em 4% do território tocantinense |
O Monitor de Secas
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar o planejamento e a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração. Por meio da ferramenta, é possível comparar a evolução das secas nos 26 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido, sendo que o processo de expansão dessa iniciativa foi concluído com a entrada do Amapá no Mapa do Monitor de dezembro de 2023.
A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.
Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
(61) 2109-5129/5495/5103
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