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Seca fica mais branda no Centro-Oeste e Norte. No Sul, Sudeste e Nordeste o fenômeno se intensifica segundo atualização do Monitor de Secas
Conforme a última atualização do Monitor de Secas, entre março e abril, em termos de severidade da seca, houve um abrandamento do fenômeno em sete estados: Amazonas, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo e Tocantins. No sentido oposto, a seca se intensificou em abril em 12 estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Sergipe. Já em outros quatro unidades da Federação o fenômeno ficou estável em termos de severidade nesse período: Acre, Distrito Federal, Espírito Santo e Santa Catarina. O Pará seguiu livre de seca, enquanto em Rondônia e Roraima, com o volume de chuvas acima da média, a seca deixou de ser observada. Já no Amapá o fenômeno voltou a ser registrado no mês passado.
Considerando as cinco regiões geopolíticas acompanhadas pelo Monitor de Secas, o Centro-Oeste teve a condição mais branda do fenômeno em abril, enquanto o Nordeste teve a situação mais severa, com 29% da sua área com registro de seca grave. Entre março e abril, no Centro-Oeste e no Norte o fenômeno se abrandou, enquanto no Nordeste, Sudeste e Sul a seca se intensificou nesse período. Considerando a extensão da área com seca, houve redução da área com registro do fenômeno no Centro-Oeste, Sudeste e Norte. No Nordeste a área com seca teve um aumento e na região Sul o fenômeno permaneceu presente em 90% de seu território.
Na comparação entre março e abril, seis estados nordestinos registraram o aumento da área com seca: Alagoas, Ceará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Já no Amapá o fenômeno voltou a ser verificado. No sentido oposto, o Monitor verificou a diminuição da área com o fenômeno em outros sete estados: Amazonas, Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Tocantins. Em outras dez unidades da Federação, a área com seca se manteve estável: Acre, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. No período entre março e abril, o Pará seguiu sem registro de seca no seu território e Rondônia e Roraima ficaram livres do fenômeno em abril.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Oito unidades da Federação registraram seca em 100% do território em abril deste ano: Alagoas, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. Nos demais estados com registro do fenômeno, os percentuais variaram de 27% a 96%.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Amazonas lidera a área total com seca de abril, seguido pela Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás. No total, entre março e abril, a área com o fenômeno caiu de 6,36 milhões para 4,67 milhões de km², o equivalente a 55% do território brasileiro.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Situação por UF
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UF |
ÁREA |
SEVERIDADE DA SECA |
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Acre |
Entre março e abril, a área com seca se manteve no patamar de 40% do Acre. Essa é a menor porção com o registro do fenômeno no AC desde março de 2024, quando houve seca em 27% do estado |
Entre março e abril, a severidade da seca se manteve estável no Acre com registro de seca moderada e seca fraca no estado |
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Alagoas |
Entre março e abril, a área com seca em Alagoas aumentou de 77% para 100% do território do estado. É a primeira vez que o fenômeno é registrado na totalidade de AL desde dezembro de 2024 |
Alagoas registrou a intensificação do fenômeno entre março e abril, já que a área com seca moderada passou de 6% para 38% do estado. É a maior severidade da seca em AL desde dezembro de 2024, quando houve seca grave em 35% do estado |
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Amapá |
A seca voltou a ser registada em 43% do Amapá em abril, depois de dois meses sem registro do fenômeno no estado. É a maior área com seca desde dezembro de 2024, quando o AP registrou o fenômeno em 82% de seu território |
A seca fraca voltou a ser registrada no Amapá em abril em 43% do estado |
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Amazonas |
Entre março e abril, a área com seca no território do Amazonas caiu de 74% para 52%. É a menor área com a presença do fenômeno no estado desde maio de 2023, quando o AM registrou seca em 24% de seu território |
Entre março e abril, o Amazonas teve o abrandamento do fenômeno, já que a seca grave caiu de 18% para 4% do estado. É a melhor condição do fenômeno no AM desde agosto de 2023. Ainda assim, o Amazonas teve a maior severidade da seca na região Norte em abril |
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Bahia |
Entre março e abril, a área com seca se manteve no patamar de 96% do território da Bahia. É a maior área com o fenômeno no estado desde dezembro de 2024, quando houve seca em 97% do território baiano |
O fenômeno se intensificou no território baiano entre março e abril, com a expansão da área com seca grave de 18% para 53% do estado. É a condição mais severa do fenômeno na BA desde dezembro de 2023, quando houve seca extrema em 3% do estado. Com esse cenário, a Bahia teve a condição mais severa de seca entre todas as 27 unidades da Federação em abril |
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Ceará |
A área com seca no Ceará aumentou de 20% para 55% do estado entre março e abril. Ainda assim, o estado teve o menor percentual de área com seca dentre os estados do Nordeste em abril |
A severidade da seca se intensificou no Ceará entre março e abril, já que o estado voltou a registrar 2% de seca moderada. Mesmo diante desse cenário, o CE teve a melhor condição de seca dentre os estados nordestinos em abril |
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Distrito Federal |
Entre maio de 2024 e abril de 2025, a seca seguiu presente em 100% do Distrito Federal. É a primeira vez que a unidade da Federação registra seca na totalidade de seu território por 12 meses consecutivos, desde julho de 2020, quando o DF entrou no Mapa do Monitor de Secas |
O fenômeno se manteve estável no Distrito Federal entre março e abril com o registro de seca moderada em 100% do território. O DF teve a condição mais severa do fenômeno no Centro-Oeste em abril |
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Espírito Santo |
A área com seca no território capixaba diminuiu de 100% para 90% entre março e abril. É a menor porção com o registro do fenômeno no ES desde janeiro deste ano, quando houve seca em 31% do estado |
Entre março e abril, a intensidade da seca se manteve no Espírito Santo, já que houve somente seca fraca, a mais branda na escala do Monitor. Com isso, o estado teve a condição mais branda do fenômeno no Sudeste em abril |
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Goiás |
A área com seca se manteve no patamar de 96% de Goiás entre março e abril |
A seca se abrandou em Goiás, entre março e abril, com a diminuição da seca moderada de 75% para 69% do estado |
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Maranhão |
Entre março e abril, a área com seca se manteve no patamar de 76% do Maranhão. Esse é o menor percentual do fenômeno no estado desde julho de 2024, quando houve seca em 73% do estado |
O fenômeno se intensificou no Maranhão com o aumento da área com seca grave, que passou de 4% para 20% do estado entre março e abril. É a pior condição no MA desde dezembro de 2024, quando o território maranhense registrou 29% de seca grave |
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Mato Grosso |
Entre março e abril, a área com seca diminuiu significativamente de 74% para 29% de Mato Grosso. É a menor área com seca em MT desde junho de 2021, quando o estado entrou no Mapa do Monitor de Secas. Dentre as unidades da Federação do Centro-Oeste, Mato Grosso teve o menor percentual de área com a presença do fenômeno em abril |
Houve um abrandamento da seca em Mato Grosso entre março e abril, com a diminuição da área com seca moderada de 25% para 15% do estado. Além disso, MT teve a condição mais branda do fenômeno no Centro-Oeste em abril |
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Mato Grosso do Sul |
Em Mato Grosso do Sul, a área com seca se manteve na totalidade do estado entre julho de 2024 e abril de 2025. Desde o período entre outubro de 2021 e julho de 2022, é a primeira vez que o estado registra dez meses consecutivos do fenômeno na totalidade do território sul-mato-grossense |
O fenômeno se abrandou em Mato Grosso do Sul entre março e abril, já que a seca grave deixou de ser verificada no estado. É a melhor condição do fenômeno em MS desde maio de 2024 |
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Minas Gerais |
A área com seca em Minas Gerais diminuiu de 100% para 74% do estado entre março e abril. É a menor porção com o registro do fenômeno em MG desde os 38% observados em janeiro deste ano |
Em Minas Gerais a seca se intensificou entre março e abril, já que voltou a ser verificada seca grave em 2% do estado. Essa é a condição mais severa do fenômeno em MG desde novembro de 2024, quando houve seca grave em 4% do território mineiro. Com esse quadro, Minas teve a maior severidade da seca entre os estados do Sudeste em abril |
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Pará |
Em março e abril o Pará se manteve livre de seca. Juntamente com Rondônia e Roraima, o Pará não registrou o fenômeno em abril |
A seca não foi registrada no PA em março e abril. Com isso o Pará, Rondônia e Roraima foram as únicas unidades da Federação livres de seca em abril |
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Paraíba |
Entre março e abril, a área com seca aumentou, passando de 92% para 100% da Paraíba. Desde janeiro é a primeira vez que o estado registra o fenômeno na totalidade do seu território |
Entre março e abril, a seca se intensificou na Paraíba, já que a seca moderada passou de 25% para 63% do território. Essa é a condição mais severa do fenômeno na PB desde dezembro de 2024, quando houve seca moderada na totalidade do estado |
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Paraná |
Entre março e abril, a área com seca se manteve no patamar de 74% do Paraná. Ainda assim, o estado teve o menor percentual de área com seca no Sul em abril |
Entre março e abril, a severidade do fenômeno se intensificou levemente no Paraná, já que a área com seca moderada aumentou de 24% para 27% do estado. Mesmo assim, essa é a condição mais branda do fenômeno entre os estados do Sul em abril |
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Pernambuco |
Pernambuco seguiu com seca em 100% de seu território entre setembro de 2024 e abril deste ano. É a primeira vez que o estado registra o fenômeno na totalidade de sua área por oito meses consecutivos desde o período entre outubro de 2016 e maio de 2017 |
A seca se intensificou em Pernambuco entre março e abril, já que a seca grave passou de 6% para 33% do estado. É a maior severidade do fenômeno no estado desde os 36% de seca grave verificados em fevereiro de 2020 |
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Piauí |
Entre março e abril deste ano, a área com seca no Piauí aumentou de 99% para 100% do estado |
O fenômeno se intensificou no Piauí entre março e abril, já que a seca grave passou de 11% para 18% do estado. É a pior condição desde outubro de 2021, quando o PI apresentou seca grave em 21% do seu território |
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Rio de Janeiro |
No Estado do Rio de Janeiro, a área com seca diminuiu de forma significativa de 100% para 27% do território entre março e abril. Desde janeiro deste ano, quando ficou livre do fenômeno, o RJ teve a melhor condição de seca em abril |
Houve um abrandamento da seca no Rio de Janeiro entre março e abril, com a diminuição da seca moderada de 84% para 11% do estado. É a melhor condição de seca no RJ desde janeiro deste ano, quando o estado ficou livre do fenômeno |
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Rio Grande do Norte |
Entre março e abril, a área com seca no Rio Grande do Norte aumentou de 34% para 100% do estado. Desde dezembro de 2024, é a primeira vez que o RN registrou seca na totalidade de seu território |
A severidade da seca se intensificou no Rio Grande do Norte entre março e abril, visto que a seca moderada voltou a ser verificada em 36% do território. Essa é a condição mais severa do fenômeno no RN desde janeiro de 2024, quando houve seca moderada em 44% do estado |
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Rio Grande do Sul |
Entre fevereiro e abril, a área com seca no RS se manteve na totalidade do território gaúcho. É a primeira vez que o estado registra o fenômeno na totalidade de sua área por três meses consecutivos desde o período entre abril de 2023 e junho de 2023. Com isso, em abril, o Rio Grande do Sul foi o estado da região Sul com maior percentual de área com seca |
Entre março e abril, a seca se intensificou no Rio Grande do Sul, já que a seca grave passou de 41% para 51% de seu território. Essa é a pior condição do fenômeno no estado desde junho de 2023, quando foi registrada seca extrema em 21% do RS. Com esse quadro, o território gaúcho teve a pior condição do fenômeno no Sul em abril |
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Rondônia |
Em abril deste ano, a seca deixou de ser registrada em Rondônia pela primeira vez desde agosto de 2022, quando o estado entrou no Mapa do Monitor de Secas. RO, Pará e Roraima foram as únicas unidades da Federação livres de seca em abril |
A seca deixou de ser registrada em Rondônia no mês de abril. Com isso, junto com o Pará e Roraima, o estado ficou livre de seca em abril |
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Roraima |
Em abril deste ano, a seca deixou de ser registrada em Roraima pela primeira vez desde novembro de 2023, quando o estado entrou no Mapa do Monitor de Secas. RR, Pará e Rondônia foram as unidades da Federação que ficaram livres de seca em abril |
Em abril não foi registrada seca em Roraima. Junto com o Pará e Rondônia, o estado ficou livre de seca no último mês |
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Santa Catarina |
Santa Catarina se manteve no patamar de 95% da área com seca entre março e abril. Esse é o maior percentual de área com seca no estado desde setembro de 2021, quando houve seca em 99,6% de SC |
Entre março e abril, a severidade do fenômeno se manteve estável em Santa Catarina |
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São Paulo |
No Estado de São Paulo, entre março e abril, a área com seca diminuiu de 100% para 91%. É a menor área com seca em SP desde maio de 2024, quando foram registrados 85% de seca no território paulista |
O fenômeno se abrandou em SP entre março e abril, pois a área com seca moderada caiu de 96% para 67% do território paulista |
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Sergipe |
Entre março e abril, a área com seca aumentou de 77% para 83% de Sergipe. É a maior área com registro do fenômeno no território sergipano desde os 100% de seca observados em janeiro deste ano |
Entre março e abril, o fenômeno se intensificou em Sergipe, já que a seca moderada passou de 19% para 25% do estado. É a condição mais severa de seca em SE desde dezembro de 2024, quando houve seca grave em 53% do território sergipano |
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Tocantins |
Entre março e abril, a área com seca diminuiu em Tocantins de 70% para 60% do estado. É a menor área com o fenômeno em TO desde maio de 2023, quando houve registro de seca em 47% do território tocantinense |
Em Tocantins o fenômeno se abrandou entre março e abril, com a redução da seca moderada de 37% para 21% do estado. É a condição mais branda do fenômeno em TO desde outubro de 2023, quando houve seca moderada em 4% do território tocantinense |
O Monitor de Secas
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar o planejamento e a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração. Por meio da ferramenta, é possível comparar a evolução das secas nos 26 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido, sendo que o processo de expansão dessa iniciativa foi concluído com a entrada do Amapá no Mapa do Monitor de dezembro de 2023.
A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.
Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
(61) 2109-5129/5495/5103
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