Palestra "Mitos e verdades sobre suicídio" abre seminário Setembro Amarelo na Sudeco

A palestra “Mitos e verdades sobre o suicídio” abriu o seminário realizado pela Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) em referência ao Setembro Amarelo, mês de conscientização e prevenção ao suicídio. A apresentação aconteceu na tarde desta quinta-feira (14), no auditório da autarquia, e mostrou verdades e mentiras no senso comum sobre pessoas que tiram a própria vida. Também abordou a importância de estar atento a sinais de instabilidade emocional ou de doenças mentais em pessoas próximas.

O coordenador da área de Recursos Humanos da Superintendência, Carlos Sousa, abriu a palestra lembrando a necessidade de estar vigilante às demonstrações de que algo não vai bem também no ambiente de trabalho. “Passamos oito horas do nosso dia aqui, então somos família. As portas da minha sala estão abertas para todos que precisarem”, afirmou.

O superintendente Antônio Carlos Nantes de Oliveira alertou sobre o fato de que a evolução tecnológica conecta ao mesmo tempo em que contribui para o isolamento. “Com o avanço das mídias eletrônicas, as pessoas estão cada vez mais próximas, porém, mais sozinhas do que nunca. Cabe a nós estarmos atentos a quem precisa".

O palestrante do Centro de Valorização da Vida (CVV) Daniel Araújo mostrou dados alarmantes sobre suicídio. Segundo levantamentos recentes, a cada 40 segundos uma pessoa tira a própria vida no mundo e, no Brasil, a cada 45 minutos alguém comete suicídio.

"O suicida não prejudica só a si mesmo. Quando alguém se mata, pelo menos outras seis pessoas são diretamente afetadas por esta atitude, são os chamados sobreviventes, eles também precisam de acompanhamento", explicou.

Segundo Araújo, o mundo atual contribui com quadros depressivos, pois há extrema competição, comparação e cobrança para ser bonito e bem-sucedido. As pessoas, no entanto, costumam dar sinais físicos e comportamentais de que as coisas não vão bem. "Elas podem dizer frases de alerta como “preferia estar morto” ou “sou um derrotado, um fardo”, além de apresentarem alterações de humor repentinas, apatia e isolamento", finalizou.

COMO AJUDAR?

- Acolher sem julgar;

- Não aconselhar;

- Não direcionar as decisões do outro;

- Respeitar as decisões alheias.

SOBRE O SETEMBRO AMARELO

A campanha Setembro Amarelo surgiu a partir de uma parceria entre o CVV, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e o Governo Federal. O intuito é conscientizar os cidadãos sobre a importância de se solidarizar com pessoas que passam por momentos de vulnerabilidade emocional, especialmente ouvindo-as.

SOBRE O CVV

O CVV surgiu em 1979, com o intuito de dar apoio emocional. É mantido exclusivamente por doações de voluntários e possui 93 postos de trabalho, em 87 cidades brasileiras. O atendimento acontece via telefone, pelo 141, ou pelo site www.cvv.org.br , via chat ou skype.

Para ajudar o Centro, basta entrar em contato pelo número (61) 3326-4111 para contribuir mensalmente ou adquirir produtos personalizados.