O Brasil enfrenta os efeitos da crise climática com um olhar atento às desigualdades de gênero. As mulheres, sobretudo as negras, indígenas, quilombolas, rurais e periféricas, estão entre as mais impactadas pelos desastres ambientais. Ao mesmo tempo, são elas que, em seus territórios e comunidades, constroem respostas concretas para a sustentabilidade da vida e da democracia.
O Plano de Ações Integradas Mulheres e Clima reafirma o compromisso do Governo do Brasil em promover justiça climática com justiça de gênero. Coordenado pelo Ministério das Mulheres, em articulação com diversos parceiros dos poderes Executivo e Legislativo, organismos internacionais e sociedade civil, o Plano reúne 10 ações estratégicas voltadas à incidência qualificada na agenda da COP30, com enfoque transversal na promoção da igualdade de gênero, na justiça climática e na valorização dos saberes e experiências das mulheres, em toda sua diversidade.
Trata-se de um plano para a COP30 e para além dela: novembro é um marco político, mas as ações são estruturantes e contínuas, consolidando uma política de longo prazo para a justiça climática com equidade de gênero.
- São maioria nos abrigos de emergência, onde sofrem violência e carecem de itens básicos de higiene e cuidados.
- Perdem emprego e renda, além de enfrentarem sobrecarga de cuidados com crianças, idosos e doentes.
- No campo e na floresta, defensoras de direitos humanos sofrem perseguição e violência.
- Estão duas vezes mais propensas a transtornos psicológicos, agravados por insegurança alimentar e traumas de desastres.
- Agricultoras criam bancos de sementes adaptadas ao clima e fortalecem a soberania alimentar.
- Mulheres indígenas e quilombolas protegem territórios e florestas contra desmatamento e mineração predatória.
- Movimentos de mulheres rurais organizam feiras agroecológicas, cooperativas e redes de produção sustentável.
- Cuidadoras e profissionais de saúde e educação sustentam comunidades na recuperação após enchentes, secas e desastres.
- Cozinhas solidárias e redes de apoio lideradas por mulheres garantem alimentação e acolhimento em momentos de crise.
- Defensoras ambientais denunciam violações, mobilizam comunidades e constroem alternativas para a proteção da vida.
Mulheres na COP30
O Brasil será sede da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em 2025. Este será um momento histórico para reafirmar que as mulheres, em sua diversidade, estão na linha de frente da resistência às mudanças climáticas.
O Ministério das Mulheres atua para que gênero seja reconhecido como pilar estratégico na construção de soluções climáticas justas, inclusivas e sustentáveis.
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