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INVESTIMENTO
Profix Conhecimento Brasil oferecerá mil bolsas de R$ 13 mil a doutores de todo o País
Doutores em todas as áreas do conhecimento, com formação feita dentro ou fora do Brasil, terão, em breve, uma nova oportunidade para continuar suas pesquisas em universidades e empresas brasileiras. Eles terão acesso a bolsas de R$ 13 mil do Programa de Apoio à Fixação de Doutores no Brasil (Profix-CB), iniciativa fruto de parceria entre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs).
Os recursos — da ordem de R$ 624 milhões, suficientes para financiar aproximadamente mil bolsas com duração de 48 meses — serão aportados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). As bolsas serão do programa Conhecimento Brasil, uma das frentes estratégicas do FNDCT, e terão valor igual ao das oferecidas pela chamada de repatriação de pesquisadores lançada em 2024.
Entre os principais objetivos do Profix-CB estão:
- Ampliar as ações para a fixação e o apoio, no País, a pesquisadores com doutorado, com foco no combate às assimetrias regionais do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, com prioridade à região da Amazônia Legal
- Criar condições favoráveis para que doutores possam prosseguir suas atividades de pesquisa no País
- Contribuir para a retenção de doutores em instituições científicas, tecnológicas e de inovação (ICTs) e empresas
"Trata-se da maior ação realizada nos últimos anos voltada à fixação de pesquisadores no País, certamente resultante da luta da comunidade científica por mais oportunidades de inserção de nossos doutores em universidades e empresas brasileiras", avalia o presidente do CNPq, Olival Freire Jr.
Os processos seletivos para concessão das bolsas Conhecimento Brasil serão feitos pelas FAPs, que deverão manifestar interesse em participar do Profix-CB até fevereiro de 2026, por meio de chamamento público a ser lançado ainda neste ano. A perspectiva é de que as FAPs possam começar a fazer as chamadas nas unidades federativas a partir de março de 2026.
“Essa parceria demonstra que a capilaridade das FAPs possibilita que a ciência esteja em todos os lugares, para todas as pessoas, de forma mais célere, atingindo objetivos e resultados de que o Brasil precisa. Ela reflete o trabalho das FAPs com o Governo Federal”, destaca o presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), Márcio de Araújo Pereira.
Caberá às FAPs a concessão de auxílios à pesquisa (custeio e/ou capital) em valores a serem pactuados com as agências federais por bolsa concedida, como contrapartida. Está prevista, ainda, a concessão de bolsas de mestrado e doutorado da Capes aos selecionados que se credenciem em programas de pós-graduação nas instituições executoras dos projetos de pesquisa.
“Essa iniciativa vai ao encontro da política do atual governo de enfrentar as assimetrias entre e dentro das regiões e valorizar a ciência produzida no País, principalmente na Amazônia. Além de fixar cientistas no Brasil, fortalece a pesquisa nacional na busca de melhorias da qualidade de vida da população com o olhar para a sustentabilidade, diversidade e inclusão”, afirma a presidente da Capes, Denise Pires de Carvalho.
A ação foi formalizada em uma carta de intenções assinada pelo CNPq, pela Capes e pelo Confap em 4 de dezembro, durante o 70º Fórum Nacional Consecti e Confap, em Goiânia (GO). O chamamento público será divulgado em breve, na página do CNPq.