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Comitê Interno de Governança apresenta balanço das ações de 2025
Reunião ocorreu na quarta-feira (3), em Brasília (DF). Foto: Luana Baggi (ASCOM/MCTI)
Secretários, dirigentes de unidades vinculadas, presidentes de agências e equipes técnicas do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) apresentaram o balanço das ações executadas em 2025 e discutiram as diretrizes da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI 2024–2034) na 4ª reunião ordinária do Comitê Interno de Governança (CIG-MCTI), em Brasília (DF).
A ministra Luciana Santos destacou que os avanços registrados pelo MCTI em 2025 só foram possíveis graças à recomposição integral do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), que retomou seu papel estratégico como principal fonte de financiamento da ciência brasileira. “Em 2025, chegamos a R$ 14,6 bilhões e já executamos praticamente 100% desse valor. Isso devolveu ao Brasil a capacidade de planejar e investir em ciência com seriedade. O fundo voltou a impulsionar nossas unidades de pesquisa, as obras estruturantes e os projetos estratégicos que estão transformando a inovação no país”, comemorou, durante o encontro que ocorreu na quarta-feira (3).
Durante a reunião, foram apresentadas iniciativas em inovação, infraestrutura científica, transformação digital, expansão do Sistema Nacional de CT&I e programas voltados à formação e fixação de talentos. Neste ano, o ministério registrou avanços significativos em projetos estratégicos da Nova Indústria Brasil, além ampliar a conectividade acadêmica e fortalecer unidades de pesquisa.
Obras estruturantes, como a expansão do Sirius e o avanço do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), também tiveram destaque, assim como a ampliação da rede de monitoramento de desastres naturais e os investimentos em iniciativas de popularização da ciência, mulheres na ciência e inclusão científica.
O secretário-executivo do MCTI, Luiz Fernandes, apresentou algumas diretrizes da ENCTI, resultado de um processo participativo que envolveu a 5ª Conferência Nacional da CT&I e quase 100 mil participantes em encontros municipais, estaduais, regionais e temáticos.
“A Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação é fruto da maior Conferência de Ciência e Tecnologia da nossa história. Propusemos uma estratégia que afirma a Ciência, Tecnologia e Inovação para um Brasil justo, desenvolvido e soberano, refletindo prioridades estruturais e nacionais”, explicou.
O presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Olival Freire Júnior, apresentou medidas para aprimorar políticas de apoio a pesquisadores e fortalecer programas estruturantes. Entre as ações, estão a ampliação do número de bolsas de produtividade, a equalização das taxas de bancada para todos os bolsistas e melhorias nos mecanismos de avaliação.
“O CNPq vem trabalhando para fortalecer o sistema científico brasileiro por meio do aprimoramento das bolsas de produtividade. Conseguimos ampliar o número de bolsistas, corrigindo um hiato histórico entre a demanda qualificada e as concessões. Também avançamos na parceria com as Fundações de Amparo à Pesquisa, o que nos permitiu incorporar mais 600 pesquisadores ao programa”, comentou.
O presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB) apresentou as principais entregas do setor espacial em 2025, ressaltando seu papel na promoção de autonomia tecnológica, no fortalecimento da soberania e na oferta de benefícios diretos à sociedade.
Entre os destaques, ele mencionou os satélites CBERS-5 e CBERS-6, desenvolvidos em parceria com a China e financiados pelo FNDCT, além de iniciativas de disseminação científica e formação de jovens, como o programa Meninas no Espaço e o novo centro de lançamento de balões estratosféricos no Tocantins.
O Comitê Interno de Governança reforçou o alinhamento do processo, o fortalecimento da transparência e ampliação do impacto das políticas públicas de ciência, tecnologia e inovação. A ministra Luciana Santos ressaltou que ministério segue comprometido com o planejamento estratégico e entregas consistentes.
“O trabalho coletivo do MCTI mostra que ciência e tecnologia são pilares do desenvolvimento do País. Seguimos com determinação, planejamento e capacidade de entrega”, finalizou a ministra Luciana Santos.