Notícias
INMA
Ciência e conservação ambiental ganham novo espaço no Ecoparque Augusto Ruschi
A doação do terreno que permitirá a implementação de um novo campus de pesquisa do Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), é um avanço estratégico para o Ecoparque da Mata Atlântica Augusto Ruschi, em Santa Teresa (ES). O ato que marcou a entrega da área ocorreu nesta terça-feira (16) e reforça a preservação ambiental e a produção científica.
A ministra do MCTI, Luciana Santos, participou virtualmente da solenidade. Na ocasião, ela destacou a medida vai além de um ato administrativo, garante condições para a expansão das atividades do INMA e reafirma o compromisso do País com a ciência e a proteção dos biomas brasileiros. “Esse espaço permitirá ao instituto crescer, ampliar sua atuação e preservar com maior segurança seus acervos científicos. Representa visão de futuro, compromisso com a soberania científica e respeito à história desta cidade e da Mata Atlântica”, afirmou.
O Ecoparque da Mata Atlântica Augusto Ruschi ocupa uma área de cerca de 100 mil metros quadrados. A maior parte do espaço, aproximadamente 85%, deverá permanecer preservada, mantendo a vegetação nativa. Está prevista a construção de laboratórios, salas de aula, espaços administrativos e de apoio à pesquisa, além da transferência de parte significativa do acervo do Museu de Biologia Professor Mello Leitão.
O diretor do Instituto Nacional da Mata Atlântica, Sérgio Lucena, ressaltou que a doação do terreno representa um marco histórico para a instituição e para Santa Teresa. Segundo ele, o novo campus permitirá integrar pesquisa científica, preservação ambiental e uso público em um mesmo território. “Estamos construindo um espaço que fortalece a ciência, protege a Mata Atlântica e, ao mesmo tempo, dialoga com a sociedade, oferecendo educação ambiental, pesquisa de ponta e qualidade de vida para a população”, destacou.
Lucena também enfatizou que a ampliação da infraestrutura é fundamental para acompanhar o crescimento do instituto nos últimos anos, tanto em número de servidores quanto em projetos científicos, garantindo melhores condições para o desenvolvimento das atividades de pesquisa, conservação e educação ambiental.
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, afirmou que a entrega da área mantém o compromisso do estado com a preservação da Mata Atlântica e com um modelo de desenvolvimento sustentável baseado no conhecimento científico. “O INMA é um patrimônio do Espírito Santo e do Brasil. Apoiar sua expansão é investir na proteção da nossa biodiversidade, na ciência e em um futuro mais sustentável”, afirmou.
Casagrande destacou ainda que o Espírito Santo tem avançado na recuperação e proteção da cobertura florestal e que a parceria com o INMA fortalece esse esforço. Para o governador, o novo campus amplia a capacidade do estado de produzir conhecimento, desenvolver soluções ambientais e transformar a preservação da natureza em oportunidades para a sociedade.
Doação planejada
O processo de doação teve início em 2023, quando o INMA solicitou ao Governo do Estado do Espírito Santo a cessão da área para a implementação do novo campus de pesquisa. No mesmo ano, foi sancionada a lei estadual que autorizou a entrega do terreno à União. Em 2024, a unidade federativa e o instituto assinaram o termo de permissão de uso, permitindo que o INMA assumisse a gestão do espaço e iniciasse ações de manutenção e adequação da área.
Além de fortalecer a infraestrutura científica, o projeto do Ecoparque prevê áreas abertas à visitação, com trilhas ecológicas, espaços educativos, atividades culturais e ações de educação ambiental. A proposta é transformar o local em um espaço vivo de ciência, onde pesquisadores, moradores e visitantes possam interagir e conhecer de perto a importância da Mata Atlântica.
A cerimônia ocorreu em um ano simbólico, marcado pelos 110 anos de nascimento de Augusto Ruschi, naturalista capixaba e patrono da ecologia no Brasil. A implementação do novo campus do INMA no Ecoparque reforça esse legado e reafirma o papel do MCTI no fortalecimento da ciência, da conservação ambiental e do desenvolvimento sustentável. “Um espaço em que a memória de Augusto Ruschi encontra o futuro da pesquisa, da conservação ambiental e do conhecimento sobre a Mata Atlântica. Onde somamos esforços que ajudam a fortalecer o País pela ciência, pela tecnologia e pela inovação”, enfatizou a ministra Luciana Santos.