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COP30
Casa da Ciência promoveu mais de 50 atividades e se destacou entre os espaços mais visitados da COP30
Foram 12 palestras, três painéis, 27 mesas redondas, lançamento de um livro e de uma revista, apresentação de projetos, anúncios de parcerias e investimentos e um público estimado de 40 mil pessoas. Foto: Luara Baggi (ASCOM/MCTI)
Durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), a Casa da Ciência foi a sede simbólica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e cumpriu o importante papel de ser um espaço de divulgação científica, com foco em soluções climáticas e sustentabilidade. Ela também foi o ponto de encontro para pesquisadores, gestores públicos, estudantes e a sociedade e abrigou exposições, rodas de conversa, oficinas, lançamentos e atividades interativas abertas ao público geral.
Foram 12 dias de programação, com 12 palestras magnas, três painéis, 27 mesas redondas com a contribuição de inúmeros especialistas, lançamento de um livro e de uma revista, apresentação de projetos, anúncios de diversas parcerias e investimentos em pesquisa, presença de governantes e um público estimado de 40 mil pessoas, entre visitantes da Casa da Ciência e do Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi.
Os especialistas debateram sobre temas como resiliência climática, financiamento, desastres climáticos no Brasil e no mundo, impactos das mudanças climáticas nos biomas brasileiros, inteligência artificial e sistema de alertas, transição energética para o Brasil sustentável, produção agrícola, economia azul, contribuições e vulnerabilidades do bioma Amazônico, além de energia sustentável e bioeconomia.
Visitaram a casa delegações internacionais, pesquisadores, estudantes, lideranças indígenas e ribeirinhas, além do público geral da COP30. No total, foram mais de 50 atividades, que integraram o conjunto de iniciativas científicas promovidas no Museu Goeldi.
Entre os destaques estiveram oficinas educativas, exposições sobre biodiversidade amazônica, demonstrações de tecnologias para o monitoramento climático, encontros com cientistas e sessões de popularização da ciência. As atividades aproximaram o conhecimento científico da população.
A secretária de Políticas e Programas Estratégicos (Seppe), do MCTI, Andrea Latgé, destacou que a Casa da Ciência representou um marco para o ministério durante a COP30, ao transformar o Museu Goeldi em um espaço vivo de exposição, diálogo e celebração dos 40 anos do MCTI. “A experiência que nós tivemos aqui na Casa da Ciência foi riquíssima”, comemorou.
Ela ressaltou que o objetivo inicial era construir um ambiente que reunisse discussões da ciência brasileira, trazendo especialistas em mudanças climáticas do País, entre os quais pesquisadores ligados aos institutos de pesquisa vinculados ao MCTI que observam e monitoram questões diversas atreladas aos efeitos climáticos, como desastres climáticos, emissão de gases de efeito estufa, riscos à biodiversidade, desmatamento, efeitos à saúde dos humanos e à agricultura, reserva hídrica, cultura e energia dos oceanos, bioeconomia, transição energética.
Para Andrea Latgé, a iniciativa evidenciou “como a ciência pode se transformar em arte e como a arte pode devolver à ciência um olhar humano”, reforçando o compromisso do MCTI em levar conhecimento científico à sociedade e ampliar a participação de pesquisadores nas discussões da COP30.
A Casa da Ciência também concretizou o papel estratégico das unidades vinculadas ao MCTI na produção de conhecimento sobre a Amazônia. Pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), do Museu Paraense Emílio Goeldi, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), e de diversas universidades brasileiras apresentaram estudos, resultados preliminares e tecnologias voltadas ao enfrentamento das mudanças climáticas e à proteção dos ecossistemas amazônicos.
Além das atividades técnicas, a Casa da Ciência se destacou pelo ambiente acolhedor criado para receber o público da COP30. Logo na entrada, visitantes encontravam áreas de convivência, jogos educativos e atividades infantis.
Museu Goeldi | COP30 com Ciência
Durante a COP30, o Parque Zoobotânico do Museu Goeldi reuniu pessoas de boa parte do mundo embaixo das copas de suas árvores centenárias. Referência há quase 160 anos em pesquisa científica e em preservação do patrimônio histórico e cultural, o espaço coberto por trilhas e povoado por espécies variadas de plantas e de animais atraiu pessoas de diferentes nacionalidades e de diversos estados do Brasil. Com uma programação intensa de passeios, exposições e debates relacionados às mudanças climáticas, o museu atravessou a COP30 sendo um dos lugares mais visitados da cidade.