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Inácio Arruda recebe o prefeito de Santana do Cariri, para tratar sobre abrigo dos fósseis da região
Foto: Gabriel Oliveira
A necessidade de expansão do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, na região do Geoparque do Araripe, foi o tema principal da reunião entre o secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Econômico (SEDES) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Inácio Arruda, e o prefeito da cidade de Santana do Cariri (CE), Samuel Werton, nessa terça-feira (08). A região do Geoparque do Araripe é conhecida como centro paleontológico e está localizada entre os estados do Ceará, Pernambuco e Piauí.
Para Inácio Arruda, a ampliação ou construção de um novo museu é urgente, uma vez que há necessidade de abrigar os diversos fósseis que todos os dias são encontrados no geoparque, além dos achados que estão sendo repatriados para o Brasil. “Depois do Ubirajara jubatus, em breve, mais de 900 novos fósseis serão repatriados da França para o Brasil. Então precisamos de espaço para abrigá-los com os devidos cuidados e também para acomodar os pesquisadores bolsistas que estão trabalhando no local”, disse o secretário.
Já o prefeito Samuel Werton frisou a disponibilidade da prefeitura na cessão de um imóvel para abrigar o material arqueológico. “A prefeitura dispõe de uma casa para armazenar os fósseis. Mas é importante a ampliação do espaço atual”, disse ele. O gestor ainda lembrou que após o retorno do Ubirajra jubatus para o Cariri, a cidade de Santana e região passou a ter mais visitantes em busca de turismo científico, o que tem, consequentemente, gerado mais movimentação econômica e a criação de novos empregos.
Ubirajara Jubatus
No último mês de junho, após mais de dois anos de tratativas entre o Governo brasileiro e o Alemão, o fóssil Ubirajara jubatus retornou para o Brasil.
O achado arqueológico foi retirado de forma irregular do Brasil para a Alemanha, nos anos 90, após ser descoberto por pesquisadores estrangeiros no manancial paleontológico da Bacia do Araripe, no interior do Ceará. Por anos fez parte do acervo do Museu Estadual de História Natural Karlsruhe, na Alemanha.
O Ubirajara jubatus viveu há 110 milhões de anos. Tem tamanho de uma galinha e é revestido por penas. O fóssil está em duas placas (positiva e negativa) medindo uma placa 47 cm x 46 cm x 4 cm, pesando cerca de 11,5 kg. E a segunda placa mede 47 cm x 46 cm x 3 cm, com peso aproximado de 8,0 kg. Agora, o Ubirajara, faz parte do acervo do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens.