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IMPACTOS DA PANDEMIA
Terapia a laser combate dor de cabeça provocada pela Covid-19
Pesquisadores da Universidade Nove de Julho (Uninove), de São Paulo, desenvolveram uma tecnologia de aplicação de laser de baixa potência para combater dores crônicas de cabeça em pacientes acometidos pelo vírus da covid-19. O dispositivo utilizado, semelhante a uma pulseira posicionada no punho, facilita a aplicação, é indolor, permite a redução do uso de medicamentos e tem potencial para aplicação em larga escala devido ao baixo custo, contribuindo para o sucesso da terapia. Coordenado pela professora Lara Jansiski Motta, o projeto “Efeito da laserterapia transcutânea sistêmica versus local na cefaleia tipo tensional e nas dores orofaciais em indivíduos vírus da Covid-19: ensaio clínico programático randomizado” foi um dos 40 selecionados pelo Programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação – Impactos da Pandemia, lançado pela CAPES em 2021. A iniciativa investirá até 2026 cerca de R$ 25 milhões na concessão de 353 bolsas mestrado, doutorado e pós-doutorado além de recursos de custeio para estudos relacionados aos aspectos sociais, econômicos, culturais e históricos decorrentes da pandemia.
Qual foi o objetivo do projeto?
O estudo explora o impacto da fotobiomodulação, uma tecnologia de aplicação de laser de baixa potência, em pacientes com dor orofacial e cefaleia tipo tensional pós-Covid-19. A relevância da pesquisa está no fato de que essa abordagem é uma alternativa não invasiva, não farmacológica e com baixo risco de efeitos colaterais, sendo especialmente útil para pacientes que já fazem uso contínuo de medicamentos analgésicos. A fotobiomodulação tem um potencial significativo para aliviar a dor, reduzir a inflamação e melhorar a qualidade de vida desses pacientes.
O que você destacaria de mais relevante na pesquisa?
O ponto mais relevante da pesquisa é a demonstração da eficácia da fotobiomodulação no alívio da dor crônica em pacientes pós-covid-19, especialmente para dor orofacial e cefaleia tipo tensional. Além dos resultados positivos no controle da dor, destaca-se a alta adesão dos pacientes ao tratamento, devido ao fato de ser uma técnica indolor, que não causa incômodo durante a aplicação. O dispositivo utilizado, semelhante a uma pulseira posicionada no punho, facilita a aplicação tanto para o profissional quanto para o paciente, tornando o procedimento mais confortável e prático, o que contribui significativamente para o sucesso do protocolo terapêutico.

- Imagem: Tecnologia de aplicação de laser de baixa potência para combater dores crônicas de cabeça (Arquivo pessoal)
Quantos pesquisadores se envolveram no trabalho?
Participaram 18 pessoas, entre professores, pesquisadores de mestrado, doutorado, pós-doutorado e alunos de graduação, formando uma equipe multidisciplinar comprometida com a investigação científica. Desses 18 participantes, dois alunos de mestrado, dois de doutorado e um de pós-doutorado receberam bolsa deste edital de financiamento.
Quais os resultados alcançados?
Já foram publicados três artigos científicos com dados preliminares do projeto. Os resultados mostram uma redução significativa na dor relatada pelos participantes, além de melhorias em aspectos relacionados à qualidade de vida, como maior capacidade para realizar atividades profissionais, caminhadas e melhora no padrão de sono. Atualmente, estamos finalizando a análise de biomarcadores relacionados à dor, mas os resultados já demonstram um efeito positivo consistente no alívio da dor.

- Imagem: O dispositivo utilizado, semelhante a uma pulseira posicionada no punho, facilita a aplicação, é indolor (Arquivo pessoal)
De que forma esse trabalho pode contribuir com a sociedade?
Essa pesquisa oferece uma nova perspectiva de tratamento para pacientes com dor crônica pós-Covid-19, permitindo a redução do uso de medicamentos e seus possíveis efeitos adversos. Além disso, promove uma melhora geral no bem-estar, na funcionalidade e na qualidade de vida, com grande potencial para aplicação em larga escala devido ao baixo custo e à segurança da técnica.
Qual a importância do investimento neste tipo de pesquisa?
Investir nesse tipo de pesquisa é fundamental para desenvolver alternativas de tratamento e protocolos seguros e eficazes, principalmente para condições associadas à Covid longa, que ainda desafiam a medicina convencional. O avanço científico nesse campo pode reduzir custos no sistema de saúde, melhorar o atendimento e oferecer soluções inovadoras para problemas persistentes de saúde pública.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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