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PÓS-GRADUAÇÃO
SBPC: Debate sobre avaliação encerra participação da CAPES

- Imagem: Antonio Gomes de Souza Filho debateu mudanças na avaliação na 77ª Reunião Anual da SBPC (Julia Prado - CGCOM/CAPES)
A mesa-redonda sobre mudanças na avaliação da produção científica e seus impactos registrou a última participação da CAPES na 77ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). O debate ocorreu no Salão Nobre da Reitoria da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) no início da tarde de sexta-feira, 18 de julho.
O diretor de Avaliação, Antonio Gomes Souza Filho, representou a CAPES. O gestor ressaltou, no início de sua apresentação, que as alterações a serem feitas na avaliação da pós-graduação em 2029 são aperfeiçoamentos para uma política pública de sucesso e que conta com quase meio século de existência.
“Se tem algo no Brasil com qualidade em todos os territórios são a ciência e a pós-graduação”, disse o diretor. “Só foi possível chegar a quase 5 mil programas de pós-graduação, 66 mil mestres e 26 mil doutores formados por ano graças à continuidade das políticas públicas de educação no nível de pós-Graduação e de ciência e tecnologia”, afirmou.
Feita a observação, Antonio Gomes Souza Filho listou algumas das mudanças a serem tomadas para que a avaliação seja, de fato, multidimensional e com dimensão qualitativa fortalecida. Uma é o maior foco ao planejamento e à autoavaliação, para que os programas de pós-graduação sejam cada vez mais avaliados a partir da sua missão e identidade. A outra é a redefinição da classificação dos artigos, em substituição ao Qualis Periódicos.
“Na classificação de artigos, além dos indicadores bibliométricos dos periódicos que dizem respeito ao impacto presumido dos artigos, também poderá ser utilizado os indicadores bibliométricos dos artigos que explora a dimensão aferida do impacto dos artigos”, disse o diretor de Avalição. Sobre a manifestação de que a exclusão do Qualis Periódicos deixa os pesquisadores sem referência para publicar seus artigos, refletiu que “a escolha do periódico deve ser definida a partir da relevância, do alcance das descobertas e avanços a serem comunicados. Outro elemento importante é onde está acontecendo o debate da temática do artigo”.
Também participaram da mesa-redonda o diretor científico do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Olival Freire Junior, a professora titular da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Carol Virgínia Góis Leandro e a doutoranda em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e representante da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) Natália Trindade, além do moderador, o professor titular da UFRPE Rinaldo Aparecido Mota.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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