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Relação entre migrações e redes sociais é foco de pesquisa
O psicólogo Brunno Ewerton é mestre e doutorando em Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Especialista em Avaliação Psicológica e Psicodiagnóstico, o bolsista da CAPES avalia a interferência das redes sociais na decisão dos migrantes transnacionais do chamado Sul Global, formado por países em desenvolvimento. Coordenador-adjunto do Laboratório de Culturas Digitais na Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar), onde lidera projetos de pesquisa e extensão universitária, Brunno tem a produção intelectual focada no uso de plataformas digitais por comunidades em áreas como fluxos migratórios, educação, trabalho, relações interpessoais, cidadania digital e sociedade. Ele é organizador da cartilha Migrações e Redes Sociais.
Sobre o que é a sua pesquisa?
No doutorado, foco em compreender os usos comunitários nas plataformas digitais por migrantes transnacionais do Sul Global. Visando analisar como as plataformas digitais influem desde a decisão de migrar, no trajeto de deslocamento humano entre os países, no processo de vigilância e visibilidade das big techs e governos nacionais, na construção e trocas interculturais.
O que vale destacar de mais relevante no seu objeto de estudos?
O aspecto mais relevante da minha pesquisa é a análise crítica de como as plataformas digitais, ao mesmo tempo em que oferecem ferramentas de inclusão e comunicação, também operam como dispositivos de controle, exclusão e impactos psicológicos negativos para diferentes comunidades. Acerca disto, buscando oferecer por meio da pesquisa científica subsídios para legislações, políticas públicas, iniciativas sociais e de governança, para melhor uso das tecnologias digitais.
De que forma o seu trabalho pode contribuir para a sociedade?
Minha pesquisa busca contribuir na compreensão crítica, sobre o papel das tecnologias digitais, na vida de pessoas e de comunidades historicamente vulnerabilizadas. Ao analisar como as plataformas operam tanto como espaços de oportunidade quanto como mecanismos de exclusão e vigilância em temas sensíveis às questões digitais e para a promoção de práticas de cidadania digital mais justas. Neste sentido, ao transformar parte dos resultados em materiais educativos e ações formativas, como as cartilhas, oficinas e palestras, busco garantir que o conhecimento produzido na universidade retorne para as comunidades. Gerando impactos concretos no enfrentamento das desigualdades no campo do uso das tecnologias digitais. Assim, promovendo um uso seguro, crítico, saudável e ético das plataformas digitais.
Como a bolsa da CAPES contribui para sua formação?
A bolsa da CAPES é fundamental para a minha formação acadêmica e profissional, pois garante as condições materiais necessárias para que eu possa me dedicar integralmente à pesquisa e às atividades formativas do doutorado. Ela viabiliza não apenas a divulgação e produção de artigos e produção científica, é fundamental na realização do trabalho de campo e a participação em eventos acadêmicos, mas também permite que eu aprofunde minha qualificação como pesquisador comprometido com a produção de conhecimento crítico e socialmente relevante. Assim, a bolsa da CAPES é um reconhecimento da importância da pesquisa científica e socialmente implicada no Brasil, especialmente em temas que dialogam diretamente com direitos humanos, tecnologias digitais e justiça social.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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