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Pesquisa testa estratégias para o ensino de ressuscitação cardiopulmonar
Cerca de 80% dos casos de parada cardiorrespiratória acontecem fora do ambiente hospitalar. A taxa de sobrevida é maior quando a vítima recebe atendimento nos primeiros cinco minutos. Com o objetivo de capacitar leigos e profissionais para essa intervenção, a doutoranda em Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) desenvolveu uma técnica para ressuscitação cardiopulmonar e conscientização sobre a importância de agir rapidamente nesse tipo de emergência. Bolsista da CAPES/MEC, Renata foi a única das Américas a participar do curso realizado pelo Conselho Europeu de Ressuscitação Cardiopulmonar, que reuniu pesquisadores de todo o mundo na Áustria para discutir avanços científicos na área. “Isso representa não apenas um marco pessoal, mas também uma oportunidade de fortalecer a internacionalização da ciência brasileira”, destaca ela, que fez o mestrado em Ciências Aplicadas à Saúde na Universidade Federal de Sergipe (UFS), onde desenvolveu um projeto de treinamento em ressuscitação cardiopulmonar para profissionais de enfermagem de hospitais de Aracaju. Na Unifesp, segue com estudos na área da ciência da ressuscitação cardiopulmonar.
Explique de forma mais detalhada o conteúdo do trabalho.
Minha pesquisa de doutorado analisa a prática deliberada em ciclos rápidos (PDCR) no desempenho de habilidades e no conhecimento teórico de leigos e profissionais no atendimento à parada cardiorrespiratória (PCR). O estudo possui dois planos de trabalho: o primeiro compreende a elaboração e validação de instrumentos avaliativos e de um vídeo educativo sobre PCR em adultos, crianças e lactentes; e o segundo consiste em um ensaio clínico que compara dois métodos de treinamento em ressuscitação cardiopulmonar, o tradicional (com demonstração por instrutor) e o PDCR. Será avaliado o conhecimento, a execução prática, a retenção do aprendizado após 30 dias, a satisfação com o treinamento e a autoconfiança na aprendizagem.
O que destacaria de mais relevante na sua pesquisa?
O ponto mais relevante é que minha pesquisa desenvolve e testa estratégias para o ensino de ressuscitação cardiopulmonar, uma habilidade crítica para salvar vidas em momento de emergência. A pesquisa se aplica a leigos, permitindo que pessoas sem formação na área da saúde possam adquirir conhecimento e prática em ressuscitação cardiopulmonar.
De que forma a sua pesquisa pode contribuir para a sociedade?
A parada cardiorrespiratória é uma ocorrência frequente, e cerca de 80% dos casos acontecem fora do ambiente hospitalar. A taxa de sobrevida é maior quando a vítima recebe atendimento nos primeiros cinco minutos. Capacitar leigos e profissionais é fundamental para aumentar a chance de intervenção imediata e salvar vidas. Treinar a comunidade para responder a esse tipo de emergência fortalece a preparação da população e amplia o acesso a conhecimento e habilidades essenciais para situações de urgência. Minha pesquisa contribui diretamente para essa capacitação, promovendo o ensino de técnicas de ressuscitação e incentivando a conscientização sobre a importância de agir rapidamente em emergências cardiovasculares.
De que forma a bolsa da CAPES/MEC contribui para sua formação?
A bolsa da CAPES/MEC é um importante apoio para o desenvolvimento da minha pesquisa, permitindo dar continuidade às atividades do doutorado e às diferentes etapas do estudo.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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