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PRÊMIO CAPES DE TESE
Pandemia da Covid-19 é referência dos três grandes vencedores
O Grande Prêmio CAPES de Tese de 2025 foi entregue nesta quinta-feira, 11 de dezembro, às doutoras Bruna Trindade e Júlia de Castro e ao doutor Lucas de Lima. Além de vencedores do “Oscar” da Ciência brasileira, eles têm como referência a pandemia da Covid-19, período em que viveram experiências inéditas e desenvolveram pesquisas sobre a doença.
Lucas, na Química, e Júlia, nas Ciência Biológicas, buscaram soluções para enfrentar o vírus. Já Bruna, que viveu o final do seu período de gravidez na pandemia, conseguiu seguir com o doutorado. “Foi um momento muito emblemático e difícil”, conta ela.
O ganhador do Grande Prêmio Sérgio Mascarenhas de Oliveira, referente ao Colégio de Ciências Exatas, Tecnológicas e Multidisciplinar, é Lucas Felipe de Lima, que fez o doutorado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Ele é autor da tese Development of Affordable Electrochemical (Bio)Sensors for Point-of-Care.
“A minha pesquisa tem um apelo muito grande para a saúde pública. No período da pandemia, começamos a desenvolver os primeiros testes rápidos. Desenvolver testes rápidos era parte fundamental do trabalho. Estávamos na linha de frente no enfrentamento da Covid”, descreve. Para ele, ganhar o grande Prêmio CAPES de Tese é animador. “Esse reconhecimento fortalece ainda mais a ciência”, ressalta ele, que pretende continuar a pesquisa e já faz contatos para estudos no exterior. “Esse intercâmbio é muito importante para a internacionalização da nossa pesquisa, para buscar abordagens diferentes e trazê-las para o Brasil”.
A vencedora de melhor tese do Colégio de Humanidades, Bruna Trindade fez o doutorado em Linguística e Literatura na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Ela ganhou o Grande Prêmio Maria da Conceição Tavares com a tese Um códice em língua geral: edição, estudo paleográfico e sócio-história da Amazônia (1750-1758).

- Imagem: Bruna Trindade (de azul) com a orientadora, professores e reitora da UEFS (Julia Prado - CGCOM/CAPES)
“Receber esse reconhecimento tem uma importância gigantesca ainda mais por ser de uma universidade do interior da Bahia. Isso prova que a ciência também se faz fora dos grandes centros urbanos”, destaca. A pesquisa dela aborda línguas indígenas brasileiras. Bruna atualmente dá continuidade à pesquisa no pós-doutorado e já atua na educação superior. Ela pretende usar a bolsa do prêmio para desenvolver estudos na Itália, onde há um importante acervo relacionado ao seu trabalho.
Já a vencedora do Grande Prêmio Aída Hassón-Voloch, de Ciências da Vida, Julia de Castro fez o doutorado em Ciências Biológicas III na Universidade de São Paulo (USP). Ela é a autora da tese Desenvolvimento de proteína quimérica e avaliação de seu potencial vacinal contra COVID-19. Por questões pessoais, Julia não pôde comparecer à cerimônia de premiação.
Os vencedores do Grande Prêmio CAPES de Tese recebem bolsa para estágio pós-doutoral em instituição internacional, por até 12 meses, certificado e troféu. Cada orientador recebe uma premiação de R$ 9 mil, para participar de congresso internacional e certificado de premiação, que também será entregue aos coorientadores e ao programa de pós-graduação no qual a tese foi defendida.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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