Na ONU, CAPES explica relação entre ciência do Brasil e ODS

Imagem: Antonio Gomes de Souza Filho, diretor de Avaliação da CAPES (Divulgação)

A CAPES traçou um panorama da pesquisa e da pós-graduação do Brasil e explicou como a ciência feita no país tem auxiliado o mundo a caminhar rumo aos objetivos traçados na Agenda 2030. A apresentação foi feita na quinta-feira, 8 de maio, no 10º Fórum Multissetorial sobre Ciência, Tecnologia e Inovação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), nos Estados Unidos.

O diretor de Avaliação, Antonio Gomes de Souza Filho, representou a Coordenação no encontro em Nova York na sessão sobre escalonamento de financiamento de Ciência, Tecnologia e Inovação, capacitação e fortalecimento de infraestruturas de investigação para o desenvolvimento sustentável. O gestor destacou dois dados para situar a importância, tanto das instituições públicas de ensino superior, que contabilizam cerca de 85% das matrículas nos cursos de mestrado e doutorado, quanto da pós-graduação, responsável por mais de 90% das pesquisas desenvolvidas pela ciência nacional, para o Brasil. Cabe ressaltar que a CAPES é responsável por quase 80% das bolsas de pós-graduação no país.

Especificamente sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), Antonio Gomes deu um exemplo relativo à Amazônia, um dos maiores focos de atenção do mundo no tema. “Permitam-me citar um exemplo de como a ciência ambiental feita na pós-graduação de instituições amazônicas é utilizada para a preservação da biodiversidade local: uma ação conseguiu integrar à natureza cerca de 12 milhões de filhotes de tartarugas”, disse o diretor, que observou, ainda, que 2,5 mil professores e 750 agentes ambientais foram capacitados em relação ao tema.

O projeto trazido à tona pelo diretor de Avaliação da CAPES é chamado de Pé-de-Pincha e influenciou decisivamente o plano nacional para conservação de quelônios amazônicos atualmente executado no âmbito do Ministério do Meio Ambiente. O Projeto Quelônios do Guaporé, idealizado pela Associação Comunitária Ecológica do Vale do Guaporé (Ecovale), tem por objetivo preservar as maiores tartarugas de água doce conhecidas na América do Sul. O governo federal apoia a iniciativa pelo Programa Quelônios da Amazônia, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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