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HISTÓRIAS DA AVALIAÇÃO
Coordenador de Engenharias IV participou da 1ª avaliação da pós-graduação
Hypolito Jose Kalinowski é professor titular da Universidade Federal Fluminense (UFF) e coordenador da área de Engenharias IV junto à CAPES/MEC. Atuante na Avaliação Quadrienal 2021-2024, o gestor começou a relação com a avaliação da pós-graduação de forma direta já na primeira edição, em 1976. Ainda mestrando em Física, auxiliou na prestação das informações necessárias à Coordenação.
O senhor tem uma relação com a avaliação desde a época de pós-graduando. Como foi isso?
A primeira edição foi feita em papel, em formulários. Os coordenadores precisavam preencher. E, obviamente, era a primeira vez. Havia muita informação e o coordenador de pós-graduação recrutou vários alunos de mestrado e doutorado para colaborar no preenchimento. Pegávamos as fichas, transcrevíamos as informações nos formulários e fazíamos uma letrinha em cada quadradinho. Eu sabia que a CAPES/MEC iria fazer uma avaliação dos programas de pós-graduação e isso influenciaria a oferta de bolsas. E assim aproveitei a minha primeira experiência com a avaliação.
A sua relação com a CAPES/MEC vai além da avaliação. O senhor foi bolsista. Conte sua história.
Fui um aluno com relação muito grande de bolsas concedidas pelo Poder Público. No meu caso, além da CAPES/MEC. cursei o antigo ginásio, parte do ensino fundamental, com bolsa. Fiz um exame naquela época para conseguir uma bolsa que custeasse parcialmente meu estudo em uma escola privada. Não havia, à época, tantas vagas em escolas públicas. E felizmente consegui uma bolsa do Ministério da Educação para essa etapa e para o que hoje é o ensino médio.
Durante a graduação, fui bolsista de iniciação científica. Na pós-graduação, dei continuidade a essa trajetória, iniciei meu doutorado em Física na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) com bolsa da CAPES/MEC. Consegui fazer ainda dois pós-doutorados com financiamento da agência: um na Itália, entre 1985 e 1987, e outro em Portugal, de 2006 a 2007. Muitos dos estudantes que eu orientei, de mestrado e doutorado, foram bolsistas da CAPES/MEC.
Através da Agência, tive projetos de cooperação internacional por meio de acordos que a CAPES/MEC tinha com agências semelhantes de outros países. E isso teve peso não só na minha carreira, mas também, e provavelmente mais importante, no fortalecimento de alguns grupos. Comemoramos, agora, 25 anos de cooperação com portugueses, iniciada com o grupo de pesquisa “Dispositivos Fotônicos e Aplicações”.
Passados quase 50 anos, o senhor hoje é coordenador de área. O que viu de mudanças nesse tempo?
A avaliação contribui significativamente para o crescimento da pós-graduação e, diretamente, da pesquisa no Brasil. Ela direcionou políticas de concessão e ampliação de bolsas. Logo após a redemocratização, um dos objetivos dos governos na época era formar um certo número de doutores. Houve até cotas adicionais de bolsas naquele período para esse crescimento.
Outros governos, principalmente neste milênio, contribuíram para esse crescimento. E a avaliação sempre deu essas direções: determinou taxas de crescimento, apontou assimetrias que foram mais compensadas. E, de um certo modo, normatizou a prática da pesquisa. Mostrou para os nossos pesquisadores e, principalmente, para a formação dos estudantes, a necessidade maior de olhar para a redução de desigualdades e dos impactos para a sociedade.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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