Caravana Iaraçu: CAPES destaca projeto para Amazônia Legal

Imagem: Presidente da CAPES apresentou projetos da CAPES aos parceiros embarcados na Caravana Iaraçu (Julia Prado - CGCOM/CAPES)

Enquanto a Caravana Iaraçu se movimentava de Óbidos para Santarém, ambos no Pará, a presidente da CAPES/MEC, Denise Pires de Carvalho, explicou o projeto da Rede de Pesquisa e Desenvolvimento na Amazônia Legal aos parceiros da CAPES/MEC a bordo da embarcação. A apresentação ocorreu na sexta-feira, 31 de outubro.

A proposta envolve a Coordenação, Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs) da Amazônia Legal e pró-reitores de Pesquisa e Pós-Graduação da Região Norte. A ação tem por objetivo consolidar programas de pós-graduação (PPGs), interiorizar a pós-graduação, aumentar a produção científica e tecnológica e fortalecer redes de colaboração entre a academia e o setor produtivo não acadêmico.

Ainda em fase de consolidação, o projeto tem sugestões de eixos estratégicos ou áreas prioritárias. Temas como biotecnologia; biodiversidade, conservação e recuperação ambiental; saúde pública, doenças tropicais e tecnologias para o trabalho em saúde; diversidade sociocultural, sustentabilidade e atividades econômicas têm sido discutidos.

“As atividades de pesquisa neste século 21 são principalmente interdisciplinares e o crescimento do Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG) precisa ser estratégico, com funcionamento predominante em rede”, disse a presidente da CAPES/MEC. “Por isso, estamos lançando programas para as diferentes regiões do Brasil. Começamos pelo Centro-Oeste, agora vamos para a Amazônia Legal”, afirmou.

Ainda citando a importância da atuação em rede, Denise Pires de Carvalho mencionou o Programa Redes para Internacionalização Institucional – CAPES Global.edu. Pela iniciativa, serão formadas redes temáticas de cooperação acadêmico-científica entre instituições, para fortalecer a internacionalização da pós-graduação brasileira. “O trabalho em rede é o caminho em âmbitos regional, nacional e internacional”, disse a gestora.

A apresentação englobou, ainda, a Agenda Nacional para a Formação de Pessoal de Nível Superior, com lançamento previsto para novembro. Com o projeto, a CAPES/MEC pretende orientar a formação de mestres e doutores com prioridade para temas estratégicos definidos pelos estados e pelo Distrito Federal. Também tem como objetivo mapear a atual capacidade instalada e a atuação profissional dos egressos da pós-graduação stricto sensu.

Além da CAPES/MEC, participam do Projeto Iaraçu a Secretaria de Educação Superior do MEC, o Institut de Recherche pour le Développement (IRD), a Embaixada da França no Brasil, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Centro Franco-Brasileiro da Biodiversidade Amazônica (CFBBA), o Fonds Équipe France (Projeto FEFACCION), a Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e Universidade Federal do Pará (UFPA). O nome Iaraçu tem origem Tupi e significa “grande senhora das águas.”

A caravana saiu de Manaus (AM) na última terça-feira, 28 de outubro, e vai finalizar o itinerário em Belém (PA) na quinta, 6 de novembro, para a cúpula dos presidentes da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-30). O itinerário estabelece paradas em diversas cidades e comunidades ribeirinhas e mobilização de pesquisadores, instituições de ensino, organizações sociais para troca de conhecimentos. O trajeto inclui Itacoatiara, Parintins, Óbidos, Santarém, Monte Alegre, Almeirim, Gurupá e Breves.

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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