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PÓS-DOUTORADO
CAPES destaca desafios e prioridades em congresso da USP
A CAPES/MEC participou, na quarta-feira, 17 de setembro, do II Congresso de Pós-Doutorandos da Universidade de São Paulo (USP), o encontro que reuniu a comunidade acadêmica e representantes da sociedade civil para debater os desafios e as perspectivas dos egressos de programas de pós-doutorado.
A Fundação foi representada pelo diretor de Avaliação, Antonio Gomes Souza Filho, que integrou painel ao lado do presidente do CNPq, Ricardo Galvão, da representante da Fapesp, Marta Arretche, e do professor Ricardo Gattass, da Finep.
Antonio Gomes ressaltou que reduzir as assimetrias regionais é uma das principais prioridades da CAPES na atual gestão. “Um dos grandes desafios do Sistema Nacional de Pós-Graduação é garantir equidade, assegurando qualidade na oferta de pós-graduação em todas as regiões do Brasil”, afirmou.
O diretor destacou ainda as políticas públicas para a educação superior iniciadas a partir de 2004. “Houve uma retomada dos investimentos em educação, com impactos positivos também na pós-graduação”, destacou. Como exemplo, citou a política de expansão das universidades públicas e a criação dos Institutos Federais, bem como a destinação de pelo menos 30% dos recursos das chamadas de ciência e tecnologia com fonte do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. “A medida contribuiu para reduzir as desigualdades históricas em relação às regiões mais desenvolvidas do País”, reforçou.
Para Antonio Gomes, os desafios atuais da pós-graduação incluem ainda a ampliação do protagonismo internacional da ciência brasileira, o incentivo à inserção de pesquisadores no setor produtivo não acadêmico e a aproximação do Sistema Nacional de Pós-Graduação da sociedade.
Bolsas e valorização dos pesquisadores
O presidente do CNPq, Ricardo Galvão, destacou a relevância do apoio da CAPES a programas como o MAI/DAI, voltados para a formação de mestres e doutores em articulação com o setor produtivo. Ele também ressaltou a importância de atender às demandas por reajuste de bolsas, observando que os órgãos nacionais de fomento, como CAPES e CNPq, atuam em uma escala muito superior à das fundações estaduais.
Antonio Gomes acrescentou que ampliar o investimento no Sistema Nacional de Pós-Graduação é essencial para aumentar o número de bolsistas, promover novos reajustes no valor das bolsas e viabilizar o pagamento da contribuição previdenciária aos pós-graduandos.
Estas questões, no entanto, ressaltou o representante da CAPES, dependem de aprovação no Congresso Nacional tanto de leis relacionadas à ampliação do orçamento como às que regulam o sistema de previdência. O diretor destacou a importância que tem tido a atuação da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) na defesa dessa pauta.
O congresso teve como objetivo valorizar e dar visibilidade aos trabalhos desenvolvidos por pesquisadores da instituição, ampliando a inserção junto a universidades, centros de pesquisa e empresas, e fortalecendo o papel da ciência brasileira no desenvolvimento do país.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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