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Severidade da seca fica estável no Centro-Oeste e se intensifica no Norte, Nordeste, Sudeste e Sul segundo a última atualização do Monitor de Secas
Conforme a última atualização do Monitor de Secas, entre julho e agosto, em termos de severidade da seca, houve um abrandamento do fenômeno em sete estados: Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins. No sentido oposto, a seca se intensificou em julho em outros dez estados: Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Piauí e São Paulo. Já em outras sete unidades da Federação o fenômeno ficou estável em termos de severidade nesse período: Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Rio de Janeiro e Rondônia. O Amapá e Roraima seguiram livres de seca. Já no Mato Grosso o fenômeno voltou a ser verificado em agosto.

- Mapas do Monitor de julho e agosto de 2025

- Seca por grau de severidade por unidade da Federação em julho e agosto de 2025
Considerando as cinco regiões geopolíticas acompanhadas pelo Monitor de Secas, o Norte teve a condição mais branda do fenômeno em agosto, enquanto o Nordeste teve a situação mais severa, com 15% da sua área com registro de seca extrema, que é a pior situação da região desde fevereiro de 2019. Entre julho e agosto, o fenômeno se intensificou nesse período no Nordeste, Norte, Sudeste e Sul. Por outro lado, a severidade do fenômeno ficou estável no Centro-Oeste. Considerando a extensão da área com seca, houve redução da área com registro do fenômeno somente no Sul e um aumento no Centro-Oeste, Nordeste, Norte e Sudeste nesse período.

- Seca por grau de severidade por região geopolítica e no Brasil em julho e agosto de 2025
Na comparação entre julho e agosto, dez estados registraram o aumento da área com seca: Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo e Tocantins. No sentido oposto, o Monitor identificou a diminuição da área com o fenômeno em outros sete estados: Alagoas, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. Em outras sete unidades da Federação, a área com seca se manteve estável: Acre, Distrito Federal, Pará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. No período entre julho e agosto, o Amapá e Roraima seguiram sem registro de seca no seu território e em Mato Grosso o fenômeno voltou a ser verificado no último mês.

- Percentual de seca por unidade da Federação entre julho e agosto de 2025
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Sete unidades da Federação registraram seca em 100% do território em agosto deste ano: Acre, Distrito Federal, Minas Gerais, Piauí, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. Nos demais estados com registro do fenômeno, os percentuais variaram de 4% a 96%.

- Percentual da área com seca por unidade da Federação em agosto de 2025
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Amazonas lidera a área total com seca de agosto, seguido por Minas Gerais, Bahia, Maranhão e Goiás. No total, entre julho e agosto, a área com o fenômeno aumentou de 4,2 milhões para cerca de 4,8 milhões de km², o equivalente a 58% do território brasileiro.

- Área com seca por UF em agosto de 2025 por km²
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Situação por UF
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UF |
ÁREA |
SEVERIDADE DA SECA |
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Acre |
Entre julho e agosto, a seca se manteve na totalidade do território do Acre |
Entre julho e agosto, o fenômeno se intensificou no Acre, que passou a registrar 3% de seca grave. É a pior condição no estado desde janeiro deste ano, quando foram verificados 28% de seca grave no Acre. Com isso, o AC teve a maior severidade da seca na região Norte em agosto |
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Alagoas |
Entre julho e agosto, a área com seca diminuiu significativamente de 60% para 24% em Alagoas. É o menor percentual de seca desde junho de 2024, quando o estado ficou livre de seca |
No período entre julho e agosto, o fenômeno se abrandou em Alagoas, já que a área com seca moderada caiu de 24% para 1% do estado. É a melhor condição desde agosto de 2024, quando somente a seca fraca foi verificada no estado |
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Amapá |
Entre maio e agosto, o Amapá seguiu livre de seca em seu território. Com isso, o AP e Roraima foram as únicas unidades da Federação livres de seca em agosto |
A seca não foi registrada no Amapá entre maio e agosto. O AP e Roraima foram as únicas unidades da Federação livres de seca em agosto |
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Amazonas |
Entre julho e agosto, a área com seca no território do Amazonas aumentou de 56% para 77% do estado. É a maior área com o registro do fenômeno desde fevereiro deste ano, quando houve seca em 94% do território amazonense |
Entre julho e agosto, a seca no Amazonas se intensificou com o aumento da área com seca moderada de 5% para 9% do estado |
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Bahia |
Entre julho e agosto, a área com seca aumentou na Bahia, passando de 86% para 96% do estado. É o maior percentual de seca na BA desde abril deste ano, quando também foram foi registrado o fenômeno em 96% do território baiano |
O fenômeno se intensificou na Bahia entre julho e agosto, já que a área com seca extrema aumentou de 13% para 24% do estado. É a pior condição do fenômeno no território baiano desde março de 2019, quando houve seca excepcional, a mais severa na escala do Monitor, em 2% da Bahia |
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Ceará |
A área com seca no Ceará aumentou de 89% para 91% do estado entre julho e agosto. Esse é o maior percentual do fenômeno no CE desde janeiro de 2024, quando foi registrada seca em 100% do território cearense |
A seca se intensificou no Ceará com o aumento da área com seca moderada de 35% para 55% entre julho e agosto. É a condição mais severa no território cearense desde janeiro de 2024, quando foram registrados 2% de seca grave no estado |
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Distrito Federal |
Entre maio de 2024 e agosto de 2025, a seca seguiu presente em 100% do Distrito Federal. É a primeira vez que a unidade da Federação registra seca na totalidade de seu território por 16 meses consecutivos desde julho de 2020, quando o DF entrou no Mapa do Monitor de Secas |
O fenômeno se manteve estável no Distrito Federal entre março e agosto com o registro de seca moderada em 100% do seu território |
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Espírito Santo |
A área com seca no território capixaba aumentou entre maio e julho, passando de 48% para 69% do estado. É a maior porção com o registro do fenômeno no ES desde abril deste ano, quando houve seca em 90% do estado |
Entre julho e agosto, a severidade da seca se manteve estável no ES, com a seca moderada se mantendo no patamar de 20% do estado. É a condição mais severa desde novembro de 2024, quando o Espírito Santo registrou 32% de seca moderada |
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Goiás |
A área com seca aumentou de 76% para 86% do território goiano entre julho e agosto |
A da seca se intensificou em Goiás entre julho e agosto, já que a seca grave voltou a ser verificada em 2% do estado. É a pior condição desde os 27% de seca grave registrados em novembro de 2024. Assim, o território goiano teve a condição mais severa do fenômeno no Centro-Oeste em agosto |
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Maranhão |
Entre julho e agosto, a área com seca diminuiu levemente no Maranhão, passando de 96% para 92% do território do estado |
A intensidade do fenômeno se manteve estável no Maranhão entre julho e agosto, com a seca grave se mantendo no patamar de 58% do estado. É a condição mais severa da seca no MA desde janeiro de 2018, quando houve seca extrema em 11% do estado |
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Mato Grosso |
Em agosto a seca voltou a ser registrada em 13% do Mato Grosso, depois de o estado ter ficado livre do fenômeno em junho e julho deste ano. No Centro-Oeste, MT teve e menor área com seca em agosto |
A seca fraca, a mais branda na escala do Monitor, voltou a ser registada em 13% de Mato Grosso em agosto. Apesar disso, o estado teve a condição mais branda do fenômeno no Centro-Oeste em agosto |
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Mato Grosso do Sul |
Em Mato Grosso do Sul, a área com seca diminuiu de 59% para 27% do estado entre julho e agosto. É a menor área com o fenômeno em MS desde setembro de 2023, quando o estado registrou 17% de seca |
Entre julho e agosto, a intensidade do fenômeno se manteve estável em MS, que seguiu somente com registro de seca fraca, que é a mais branda na escala do Monitor |
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Minas Gerais |
A área com seca em Minas Gerais aumentou entre julho e agosto, passando de 91% para 100% do estado. É a maior área com o registro do fenômeno desde março deste ano, quando também foi registrada seca na totalidade de Minas |
Em Minas Gerais o fenômeno se intensificou entre julho e agosto, já que a seca grave passou de 2% para 6% do estado. É a pior condição do fenômeno em MG desde outubro de 2024, quando foram registrados 24% de seca grave no território mineiro |
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Pará |
Entre julho e agosto, a área com seca se manteve no patamar de 4% do estado. É a maior área com seca no Pará desde fevereiro deste ano, quando foi identificado o fenômeno em 7% do PA |
A intensidade da seca se manteve estável no Pará entre junho e agosto, já que houve somente o registro de seca fraca, que é a mais branda na escala do Monitor de Secas |
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Paraíba |
Entre maio e agosto, a área com seca na Paraíba se manteve no patamar de 87% do estado |
Entre julho e agosto, o fenômeno se abrandou levemente na Paraíba, já que a seca moderada caiu de 25% para 21% do território do estado |
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Paraná |
Entre julho e agosto, a área com seca diminuiu de 64% para 56% do Paraná |
Entre julho e agosto, o fenômeno se intensificou no Paraná, com o registro de 4% de seca grave no estado. É a pior condição do fenômeno desde novembro de 2024, quando foram registrados 21% de seca grave no PR. Também foi a maior severidade da seca entre os estados sulistas em agosto |
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Pernambuco |
Entre julho e agosto, a área com seca diminuiu em Pernambuco, passando de 93% para 89% do fenômeno em seu território |
O fenômeno se intensificou em Pernambuco entre julho e agosto, já que a seca extrema passou de 2% para 4% do estado. É a condição mais severa do fenômeno no território pernambucano desde dezembro de 2019, quando foram registrados 6% de seca extrema |
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Piauí |
Entre abril e agosto deste ano, a seca no Piauí se manteve presente na totalidade do território do estado, que foi o único do Nordeste com 100% de registro do fenômeno em agosto |
O fenômeno se intensificou no Piauí entre julho e agosto, pois a seca extrema passou de 22% para 39% do estado. É a pior condição do fenômeno no território piauiense desde novembro de 2018. Nesse sentido, o Piauí teve a condição mais severa de seca entre todas as 27 unidades da Federação em agosto |
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Rio de Janeiro |
No Estado do Rio de Janeiro, a área com seca aumentou de 27% para 44% do território entre julho e agosto. É o maior percentual de área com seca no RJ, desde março deste ano, quando o fenômeno foi verificado em 100% do território fluminense. Apesar disso, é a menor área com seca entre os estados do Sudeste em agosto |
O fenômeno se manteve estável no Rio de Janeiro entre julho e agosto, com a seca moderada em 2% do território fluminense. Além disso, o estado teve a melhor condição do fenômeno no Sudeste em agosto |
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Rio Grande do Norte |
Entre julho e agosto, a área com seca no Rio Grande do Norte diminuiu de 97% para 91% do estado |
A seca se abrandou no Rio Grande do Norte entre julho e agosto, visto que a área com seca moderada caiu de 53% para 37% do território potiguar |
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Rio Grande do Sul |
Entre julho e agosto, a área com seca no Rio Grande do Sul se manteve no patamar de 8% do território gaúcho. Além disso, o RS teve o menor percentual de área com seca no Sul em agosto |
O fenômeno se abrandou no Rio Grande do Sul entre julho e agosto com a redução da área com seca moderada de 3% para 1% do estado. Esse é o cenário mais brando de seca entre os estados do Sul em agosto |
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Rondônia |
Entre julho e agosto, a área com seca aumentou significativamente de 39% para 64% em Rondônia. É a maior área com seca no estado desde fevereiro deste ano, quando o fenômeno foi verificado em 100% do território rondoniense |
A intensidade da seca se manteve estável em Rondônia entre maio e agosto, já que houve somente o registro de seca fraca, que é a mais branda do Monitor de Secas, nesse período |
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Roraima |
Entre julho e agosto, Roraima ficou livre de seca juntamente com o Amapá. Ambas foram as únicas unidades da Federação que ficaram sem registro de seca em agosto |
A seca não foi registrada em Roraima entre julho e agosto. Junto com o Amapá, o estado ficou livre de seca em agosto |
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Santa Catarina |
Em Santa Catarina a área com seca se manteve no patamar de 100% do estado entre julho e agosto. Com isso, Santa Catarina foi o estado da região Sul com maior percentual de área com seca em agosto |
Entre julho e agosto, o fenômeno se abrandou em Santa Catarina, devido à redução significativa da área com seca moderada de 66% para 29% do estado. É a melhor condição do fenômeno em SC desde fevereiro deste ano, quando o estado registrou apenas seca fraca, que é a mais branda do Monitor de Secas |
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São Paulo |
A área com seca em São Paulo aumentou de 89% para 100% do estado entre julho e agosto. É a maior área com o fenômeno no estado desde março deste ano, quando também houve seca em 100% do território paulista |
O fenômeno se intensificou em São Paulo, pois a seca grave aumentou de 12% para 17% entre julho e agosto. É a pior condição do fenômeno no estado desde outubro de 2024, quando foram registrados 47% de seca grave no território paulista. Com isso, São Paulo teve a maior severidade da seca entre os estados do Sudeste em agosto |
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Sergipe |
Entre julho e agosto, a área com seca diminuiu de 34% para 13% de Sergipe. Com isso, o estado teve o menor percentual de área com seca dentre os estados do Nordeste em agosto. A área com seca no território sergipano em agosto também foi a menor no estado desde junho de 2024, quando Sergipe ficou livre do fenômeno |
Entre julho e agosto, a seca se abrandou em Sergipe, já que a seca moderada deixou de ser verificada e houve somente o registro de seca fraca, que é a mais branda na escala do Monitor de Secas. Com isso, o território sergipano teve a melhor condição de seca dentre os estados nordestinos em agosto |
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Tocantins |
Entre julho e agosto, a área com seca aumentou de 68% para 100% de Tocantins. É a maior área com o fenômeno no estado desde janeiro deste ano, quando também houve registro de seca na totalidade do território tocantinense |
A seca se abrandou levemente em Tocantins entre julho e agosto, devido à redução da área com seca moderada de 31% para 29% de seu território |
O Monitor de Secas
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar o planejamento e a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração. Por meio da ferramenta, é possível comparar a evolução das secas nos 26 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido. O Monitor de Secas teve início em julho de 2014, começando pela Região Nordeste, sendo que o processo de expansão dessa iniciativa, a partir de 2018, foi concluído com a entrada do Amapá no Mapa do Monitor de dezembro de 2023, completando a cobertura em todo o território nacional.
A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.
Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
(61) 2109-5129/5495/5103
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