Notícias
ANA, OTCA e ABC realizam evento para encerrar Projeto Amazonas
Foi realizado nesta quarta-feira, 10 de dezembro, o encerramento do Projeto Amazonas, iniciativa de cooperação regional voltada ao fortalecimento da gestão integrada e sustentável dos recursos hídricos da Bacia Amazônica. O evento foi realizado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), pela Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) e pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC).
O encontro iniciou às 9h30 no auditório Flávio Terra Barth, na sede da Agência, e reuniu representantes da Rede Amazônica de Autoridades da Água (RADA) e de outras instituições parceiras.
A diretora presidente, Veronica Sánchez, falou na mesa de abertura relembrando os anos do projeto Amazonas e a experiência da participação da Agência. “Para a ANA, certamente tem sido uma experiência muito gratificante, não só poder compartilhar a nossa expertise aqui como Agência Nacional de Águas com os países amazônicos, mas também aprender com os nossos países vizinhos sobre a gestão de recursos hídricos e como é que isso afeta a todo o território da bacia Amazônica”, disse a diretora presidente.
Veronica ainda falou sobre os planos de ação do projeto e destacou sobre a universalização do saneamento na Amazônia. “No plano de ação, um dos elementos que eu gostaria de destacar aqui, porque está relacionado também com a atuação da ANA, é uma das políticas prioritárias do Brasil, que é a universalização do acesso aos serviços de saneamento básico. No Brasil, esse impulso dado nos últimos anos com o objetivo de que chegue a todos os brasileiros, os serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário. E, no plano de ação do GEF da Amazônia, também está prevista a bolsa de investimentos para garantir o acesso ao saneamento básico para os países amazônicos, para a população que mora na Amazônia, porque é algo que a gente não pode se conformar de ver, que é mais de 33 milhões de pessoas que moram lá, vendo na sua frente aqueles rios caudalosos, maravilhosos, e não ter agua potável para o seu consumo, não ter onde tratar o esgoto. Então, a gente não pode mais tolerar esse tipo de situação”, completou Sánchez.
A diretora da ANA, Larissa Rêgo, também esteve na mesa de abertura e agradeceu às autoridades presentes e ressaltou o entusiasmo com a missão de cuidar das águas do Brasil. “Cumprimos a segunda fase. Hoje é finalizada a segunda fase, mas que nós já temos em vista a terceira fase. Então, temos definido estratégias para que a gente consiga cumprir e avançar nessa terceira fase” disse Larissa.
Já o diretor da Instituição, Leonardo Góes, reafirmou o compromisso que a ANA tem com a bacia Amazônica e relatou como o Uiara, barco da ANA, ajudará no monitoramento. “É um encerramento honroso, com resultados palpáveis, um fortalecimento do conhecimento e da produção de dados sobre aquela região. No mês passado, entregamos um novo equipamento lá para a bacia Amazônica, que é o barco da ANA, que vai dotar também a Agência de condições de fazer um trabalho ainda mais preciso e rápido no monitoramento hídrico e meteorológico ali nas regiões. Isso contribuirá também com dados e produção de dados sobre a nossa bacia, que vai ajudar também a fortalecer a governança desse ativo e dessa bacia, que é a maior bacia do planeta”, comentou o diretor.
Estava presente na mesa de abertura junto com os diretores, o diretor do departamento de revitalização de bacias hidrográficas e planejamento em segurança hídrica, Nelton Miguel Friedrich, representando o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR); o secretário-geral da OTCA, Martín Von Hildebrand; e o embaixador e diretor da ABC, Ruy Pereira.
Ao longo da manhã, aconteceu uma mesa redonda para debater sobre a atuação da parceria entre a ANA, a ABC e a OTCA no âmbito do projeto na bacia Amazônica. Já no período da tarde, a mesa redonda tinha como objetivo falar sobre os resultados do Projeto Amazonas e as perspectivas para a gestão da bacia Amazônica.
A diretora da Agência, Larissa Rêgo, estava presente na mesa redonda e falou sobre os objetivos da terceira fase do projeto. “Alguns pontos que gostaria de trazer, sobretudo a fase 3 do projeto, é de ter uma gestão cada vez mais participativa, não só a nível técnico, mas a nível também da diretoria colegiada, que a gente traga algumas ações estruturantes para realmente impactar a sociedade. Gostaria também de frisar um ponto, não só na importância de dar continuidade ao trabalho pelos países no âmbito do Projeto Amazonas, mas também uma busca efetiva e ativa nos fundos internacionais, também em parceria com a OTCA e com todos os países do projeto”, destacou a diretora.
O Projeto Amazonas teve sua primeira fase entre 2012 e 2017, em que o objetivo era fortalecer as capacidades dos técnicos e especialistas das agências de água dos países amazônicos, estabelecer uma rede-piloto de monitoramento hidrológico e realizar o intercâmbio de sistemas de informação entre os países-membros da OTCA. Já a segunda fase do Projeto, foi realizada entre 2017 e 2025 e ampliou as atividades desenvolvidas na primeira fase, contribuindo, por meio da cooperação Sul-Sul, para a promoção da gestão compartilhada e sustentável dos recursos hídricos na bacia Amazônica.
Ao longo da segunda fase, o projeto teve três eixos principais que foram: o intercâmbio de informações e experiências para a gestão dos recursos hídricos na Bacia Amazônica; o apoio à estruturação de uma rede regional de monitoramento que viabilize o intercâmbio de informações hidrológicas, hidrometeorológicas e de qualidade de água; e a capacitação de técnicos e especialistas dos órgãos gestores de recursos hídricos da região, especialmente nos temas relacionados ao monitoramento quantitativo e qualitativo das águas, eventos extremos (inundações e secas) e gestão transfronteiriça dos recursos hídricos.
Os principais resultados obtidos ao longo da segunda fase do projeto foram o intercâmbio de informações e experiências, como a sala de situação de recursos hídricos, os módulos “redes amazônicas” e “recursos hídricos” do observatório regional amazônico, a sistematização dos ODS 6 e 13 na bacia Amazônica e a divulgação de iniciativas exitosas em gestão de recursos hídricos na bacia em questão. Teve também o apoio à estruturação de uma rede regional de monitoramento, como o Projeto da Rede Hidrológica Amazônica (RHA), Projeto da Rede de Qualidade da Água (RQA), Protocolos de monitoramento hidrológico e de qualidade da água, Aquisição e instalação de Plataformas de Coleta de Dados (PCDs), o relatório sobre a situação da qualidade da água na Bacia Amazônica e a capacitação de técnicos e especialistas.
Para conhecer melhor o Projeto Amazonas e os seus resultados, clique aqui.
Marco para a cooperação hídrica regional
O Projeto Amazonas é uma parceria da ANA com a ABCe a OTCA, que reúne os oito países da Bacia Amazônica – Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela – com o objetivo de promover a conservação dos recursos hídricos em um dos ecossistemas mais sensíveis e estratégicos do planeta.
Ao longo de sua implementação, a iniciativa consolidou-se como um espaço de intercâmbio de conhecimentos, de desenvolvimento de capacidades técnicas e de integração de informações hidrológicas e climáticas, contribuindo para fortalecer a governança hídrica e a capacidade de resposta dos países diante dos efeitos das mudanças climáticas.
Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
(61) 2109-5129/5495/5103
www.gov.br/ana | Facebook | Instagram | Twitter | YouTube | LinkedIn | TikTok