Perguntas Frequentes sobre Times Volantes
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Definição de Time Volante
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O que são Times Volantes?
O Time Volante é um modelo de trabalho flexível que amplia as possibilidades de colaboração no serviço público. Nele, servidoras e servidores dedicam parte da sua carga horária a projetos desenvolvidos em outras organizações ou unidades, sem deixar o órgão de origem. Essa mobilidade favorece a gestão de competências ao permitir que as pessoas apliquem seus conhecimentos em novos contextos, aprendam na prática e compartilhem experiências entre diferentes locais de trabalho.
Formalizado com um acordo simples, o modelo conecta as necessidades dos órgãos às competências disponíveis no setor público, gerando mais engajamento e melhores resultados para a sociedade.
Essa mobilidade foi criada pelo LA-BORA!gov como resultado do seu compromisso com a transformação do serviço público e ampliado para toda a Administração Federal por meio do Novo Programa de Gestão e Desempenho (PGD).
Acesse informações sobre o PGD e leia a Instrução Normativa SEGES-SGPRT/MGI nº 24/2023.
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O que não são os Times Volantes?
Os Times Volantes não significam mover pessoas de um órgão para outro. Eles são diferentes dos processos de movimentação, cessão, requisição ou composição da força de trabalho, que seguem regras específicas do regime jurídico do serviço público federal.
Participar de um Time Volante é uma escolha, não uma obrigação. A adesão depende do interesse da servidora ou do servidor, em comum acordo com as chefias das unidades envolvidas.
Também não se trata de hora extra nem de trabalho voluntário. Esses tipos de atuação têm legislações próprias. A atuação em um Time Volante acontece durante a jornada regular de trabalho, respeitando a carga horária da pessoa, só que em outra unidade ou órgão.
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Qual a diferença de Time Volante para Grupos de Trabalho Interministeriais?
A principal diferença está no propósito e na forma de composição.
Grupos de trabalho interministeriais são institucionais — os órgãos indicam representantes formais, independentemente do perfil profissional. Eles seguem regras específicas, como as do Decreto nº 9.759/2019, que trata de grupos, comissões e colegiados no serviço público federal.Já os Times Volantes são formados a partir de competências e interesses individuais. As pessoas participam não como representantes do órgão de origem, mas como profissionais que oferecem seu conhecimento e experiência técnica para contribuir com outros times e projetos.
Essa participação é voluntária e depende tanto do interesse da pessoa quanto da Administração Pública. Ninguém pode ser designado obrigatoriamente para integrar um Time Volante.
Em resumo:
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Grupo de trabalho interministerial → representação institucional, com foco em órgãos.
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Time Volante → colaboração por competências, com foco nas pessoas.
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O que são Times Volantes?
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Implementação de Times Volantes
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Quantas pessoas são necessárias para montar um Time Volante?
Não há um número fixo. Um Time Volante pode ter uma ou mais pessoas, conforme o contexto e a necessidade da unidade. Recomendamos começar com uma ou duas pessoas, como forma de aprendizado institucional. Depois de testar e validar a experiência, a equipe pode ampliar a iniciativa. O Time Volante pode ser formado por pessoas do mesmo órgão ou de órgãos diferentes.
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Quais são os instrumentos para formalizar um Time Volante?
A formalização pode ser feita por e-mail institucional ou por ofício no Sistema Eletrônico de Informações (SEI). Como a atuação no Time Volante envolve um acordo entre as chefias da unidade de origem e da unidade que recebe a pessoa, é importante que todas as partes estejam alinhadas sobre os objetivos e benefícios dessa colaboração.
O sucesso desse modelo de trabalho depende do entendimento do "ganha-ganha" para todas as partes envolvidas. Por isso, recomenda-se criar um instrumento de seleção simples, que descreva as competências técnicas e comportamentais desejadas, além dos interesses e perspectivas para o projeto. Informar competências como adaptabilidade, comunicação e empatia ajuda a atrair as pessoas certas e facilita a integração entre os Times Fixos e Volantes.
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O que uma equipe precisa desenvolver em termos de maturidade organizacional para montar um Time Volante?
A maturidade organizacional se refere à capacidade da equipe de planejar, se organizar e colaborar de forma estruturada. Também envolve o compromisso com uma cultura voltada ao aprendizado e à cooperação.
O nosso Guia Prático Time Volante e Free-Las: Experimentação em Gestão Inovadora apresenta vários aspectos importantes. Abaixo alguns:-
Comece pelo porquê: tenha clareza sobre o motivo de criar um Time Volante e quais os benefícios para a equipe, para a pessoa volante e para a unidade de origem. Além disso, é fundamental que a equipe concorde com a chegada de novas pessoas e esteja disposta a acolhê-las e integrá-las.
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Planeje e prepare a equipe: defina objetivos e metas claras, identifique onde o Time Volante vai colaborar e como será acolhido. Realize um onboarding (acolhimento) com orientações e promova momentos de conexão.
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Alinhe expectativas: mantenha um diálogo aberto sobre responsabilidades e desejos. Reuniões individuais, como as Mentorias Um para Um, ajudam a ajustar acordos, trocar feedbacks e conectar pessoas. Realizar reuniões coletivas com as pessoas do Time Volante também pode ajudar a compartilhar experiências e ideias.
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Use ferramentas de gestão: adote instrumentos de acompanhamento de projetos para monitorar entregas, metas, prazos e responsáveis. Isso ajuda as pessoas volantes a compreender o propósito de suas tarefas e o papel que desempenham. Plataformas em nuvem e de colaboração online, como Google Workspace ou Microsoft 365, também são essenciais para garantir que toda a equipe tenha acesso aos documentos e possa trabalhar de forma integrada.
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Pactue entregas: comece com projetos menores e acompanhe resultados de forma contínua. Estabeleça entregas parciais e forneça feedback regularmente. O relacionamento entre as chefias e o compartilhamento de aprendizados durante o trabalho do Time Volante fortalecem a experiência, ajudando a reduzir sobrecarga e prevenir conflitos.
Dica: jogue o Baralho do Time Volante com sua equipe! Ele ajuda a identificar desafios e soluções e a medir a maturidade da equipe para receber um Time Volante.
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Como garantir a liberação para atuar como Time Volante?
Em primeiro lugar, apresente os benefícios do modelo para a chefia imediata da servidora ou servidor selecionado. Destaque que o Time Volante permite que a pessoa use seus talentos em novas áreas, sintam-se valorizadas e aprendam continuamente.
Ofereça a oportunidade de desenvolver competências diferentes das que costumam usar, de aprender novas técnicas e ferramentas, ampliando o repertório individual e coletivo.
Comece pequeno: proponha um teste com prazo curto (por exemplo, seis meses), com carga horária reduzida e manejável, e defina entregas claras. Isso ajuda a reduzir resistências e facilita a adesão.
O Guia Prático Time Volante e Free-Las: Experimentação em Gestão Inovadora oferece recursos que ajudam a apresentar a proposta à chefia. Além disso, nossos prêmios e o estudo de caso desenvolvido com pesquisador do Massachusetts Institute of Technology (MIT), podem ser usados como referência para fortalecer a justificativa da iniciativa.Dica: assista ao vídeo “Time Volante – 10 lições para inspirar!”!
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Quais os custos de implementação? Há impacto na remuneração ou Gratificação de Desempenho Individual das pessoas do Time Volante?
Não há custo para a Administração Pública. O modelo não gera pagamento adicional, e a pessoa participante mantém seu salário e jornada de trabalho normalmente, uma vez que mantém a carga horária de trabalho.
Em caso de dúvidas sobre aspectos administrativos, procure o setor jurídico ou de gestão de pessoas do órgão de origem, que conhece as regras e normas aplicáveis. -
É possível incluir pessoas que não estão no PGD em Times Volantes?
Caso o seu órgão não tenha aderido ao PGD, ainda sim é possível incluir pessoas em Times Volantes usando arranjos administrativos flexíveis e compatíveis com a legislação. Para definir quais arranjos são possíveis, consulte o setor jurídico do seu órgão, que conhece as regras e normativos aplicáveis.
Vale lembrar que, embora o LA-BORA!gov tenha criado a iniciativa, não é responsável por definir regras administrativas ou jurídicas sobre o modelo.
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Quantas pessoas são necessárias para montar um Time Volante?
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Gestão de Times Volantes
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Como comprovar as horas trabalhadas e a frequência das pessoas do Time Volante?
Na experiência do LA-BORA!gov, emitimos certificados para as pessoas do Time Volante, que podem ser mensais ou por projeto. Neles constam:
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quantidade de horas trabalhadas;
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atividades realizadas;
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competências desenvolvidas.
Se a pessoa volante estiver no Programa de Gestão e Desempenho - PGD, a avaliação também pode ser feita pelo cumprimento do plano de trabalho, que deve abranger a totalidade da sua jornada. A contribuição para outras unidades precisa constar nesse plano, acordado com a chefia da unidade de origem, conforme normativo. Para mais informações, consulte o FAQ específico do PGD.
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Como é feita a comunicação entre a unidade de origem e a unidade de recepção da pessoa volante?
A comunicação deve ser transparente, contínua e adaptada à equipe. Pode ocorrer por e-mail, reuniões ou outros canais acordados entre as partes.
Compartilhar feedbacks e novos aprendizados ajuda a evitar conflitos e sobrecarga de trabalho. -
Quais as melhores ferramentas e práticas de comunicação com o Time Volante?
Use ferramentas de comunicação e colaboração online, com acordos claros sobre temas de trabalho e uso das plataformas. No LA-BORA!gov, por exemplo, usamos os programas da Microsoft e solicitamos o e-mail do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos - MGI. Caso não seja possível na sua unidade, é importante usar ferramentas que não dependam de integração institucional. Outras práticas recomendadas:
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realizar acolhimento do Time Volante;
- Reuniões periódicas objetivas, com pauta e tempo definidos são importantes para atualizar sobre as atividades do time fixo e gerar oportunidade de interação entre as pessoas;
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definir acordos de comunicação como expectativa de tempo de resposta e horário para trabalho síncrono;
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disponibilizar documentos em plataforma de nuvem acessível;
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usar ferramentas de gestão de tarefas (Trello, ClickUp, Asana, Microsoft);
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realizar mentorias individuais e/ou reuniões coletivas;
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alinhar expectativas e dar feedback constantemente;
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criar espaços para construção de confiança;
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evitar sobrecarga de informações.
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Quais formas de reconhecimento podem ser criadas para valorizar quem integra um Time Volante?
Existem várias formas de reconhecimento público, que podem variar conforme a unidade ou órgão:
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Certificado de participação;
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Selo para assinatura de e-mail, crachá ou perfil interno. Por exemplo, “Time Volante do LA-BORA!gov” na assinatura do e-mail;
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Divulgação em publicações internas da unidade ou órgão sobre as contribuições do Time Volante;
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Inclusão das pessoas volantes nos meios oficiais, como portal, boletins ou newsletter;
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Reconhecimento público da importância e contribuição de cada participante;
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Convidar volantes para protagonizar eventos internos ou institucionais;
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Produzir ofício ou comunicação oficial de agradecimento, destacando atividades e competências desenvolvidas;
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Garantir prioridade em participação em iniciativas e eventos internos.
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Como comprovar as horas trabalhadas e a frequência das pessoas do Time Volante?
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Monitoramento e Avaliação
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Como monitorar ações desenvolvidas e os resultados gerados pelo Time Volante?
Se a pessoa estiver no Programa de Gestão e Desempenho - PGD em seu órgão de origem, a pactuação, monitoramento e avaliação da execução do plano de trabalho são responsabilidades da chefia da unidade de execução (unidade de origem). A avaliação deve considerar tanto os trabalhos realizados na unidade de origem quanto aqueles desenvolvidos na unidade onde a pessoa atua como Time Volante.
No LA-BORA!gov, os Times Volantes atuam junto com o Time Fixo em projetos e atividades. Monitoramos ações, resultados e contribuições individuais para fins de gestão e feedback, sempre com foco em entregas acordadas, sem interferir na execução diária das tarefas.
Além disso, realizamos mentorias periódicas com o Time Volante, oferecendo espaço de escuta, conexão e troca de aprendizados.
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Como registrar e comprovar o trabalho do Time Volante para o órgão de origem?
Não há regra fixa. Nossa experiência mostra que a exigência varia: algumas chefias pedem formalidade e detalhamento, enquanto a maioria aceita o certificado emitido pelo LA-BORA!gov, com resumo de contribuições, projetos, atividades e carga horária. Você pode montar um instrumento personalizado, de acordo com a necessidade.
Para Times Volantes sob o Programa de Gestão e Desempenho - PGD, as atividades devem ser registradas no plano de trabalho, garantindo a transparência e acompanhamento pelo órgão de origem. Consulte o site do PGD para mais detalhes.
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Como monitorar ações desenvolvidas e os resultados gerados pelo Time Volante?
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Sustentabilidade
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Em caso de desligamento de uma pessoa volante, como garantir a continuidade dos projetos em que ela estava atuando?
A continuidade dos projetos pode ser garantida pela participação do Time Fixo, que permanece liderando e conduzindo as atividades, mesmo em caso de mudanças de pessoal. Tanto o Time Fixo quanto o Time Volante podem ter rotatividade, mas eventuais lacunas são preenchidas por reacomodação e reorganização da equipe, mantendo os projetos em andamento.
Desligamentos podem ocorrer por solicitação da unidade de origem, da unidade receptora ou da própria pessoa volante. É essencial conduzir esse processo de forma planejada, responsável e transparente, comunicando todas as partes envolvidas.
Para reduzir riscos de desligamentos inesperados, é recomendável realizar momentos periódicos de reavaliação e realinhamento (a cada 3 ou 6 meses), ajustando acordos e expectativas conforme mudanças nos contextos de trabalho ou interesses da pessoa volante.
Manter um clima de segurança psicológica é fundamental, garantindo que conversas difíceis sejam conduzidas com empatia, cuidado e respeito aos acordos e sentimentos das pessoas envolvidas.
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Em caso de desligamento de uma pessoa volante, como garantir a continuidade dos projetos em que ela estava atuando?
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