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SEGURANÇA PÚBLICA
Seminário sobre prevenção da violência escolar reúne especialistas dos governos brasileiro e norte-americano no MJSP
Seminário de avaliação de ameaças comportamentais e prevenção da violência escolar entre os governos do Brasil e dos EUA reuniu 120 profissionais de segurança pública e representantes das secretarias de educação dos estados e do DF. Foto: Everton Ubal/MJSP
Brasília, 02/06/2025 - Avaliação de ameaças comportamentais e prevenção da violência escolar é o tema do seminário promovido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), em parceira com o National Threat Assessment Center (NTAC), do serviço secreto do governo dos Estados Unidos da América (EUA), nesta segunda-feira (2) e terça-feira (3), no Palácio da Justiça, em Brasília (DF).
A ideia é promover a troca de boas práticas entre gestores escolares e autoridades de segurança pública sobre a metodologia de avaliação de ameaças comportamentais aplicada à prevenção de ataques violentos em ambientes escolares. Também serão compartilhadas as melhores soluções adotadas no contexto internacional.
O diretor de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi), Rodney da Silva, destacou que o seminário visa “compartilhar experiências, aprender com as autoridades e, principalmente, criar a nossa própria metodologia, os nossos próprios protocolos, para que possamos proteger com qualidade e eficiência a vivência das nossas crianças e adolescentes nas redes sociais”.
Proteger as escolas e as crianças
O agente especial do serviço secreto dos EUA, Andrew O’Donnell, disse acreditar que todos os presentes no seminário têm como prioridade proteger as escolas e as crianças. “A nossa equipe de especialistas viaja pelo mundo promovendo treinamentos para ajudar a conscientizar sobre esse assunto. Esperamos que este encontro possa ser útil para todos vocês em suas profissões”, explicou.
Promovido pelo Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), da Diopi, da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), o seminário conta com a participação de 120 profissionais de segurança pública, entre policiais civis e militares, representantes da Secretaria de Direitos Digitais (Sedigi), do MJSP, do NTAC, da coordenação-geral de Acompanhamento e Combate à Violência nas Escolas (Programa Escola Segura), do Ministério da Educação (MEC), além das secretarias de educação dos estados e do Distrito Federal.
Difundir as boas práticas
O coordenador do Ciberlab substituto, Paulo Benelli, falou que “a troca de experiências permitirá que possamos aprender mais sobre como o serviço secreto atua no seu monitoramento e tentar replicar algumas ideias dentro da nossa realidade. Também será um momento para difundirmos as boas práticas que já adotamos por meio do Ciberlab”.
Segundo a coordenadora-geral de Acompanhamento e Combate à Violência nas Escolas, do MEC, Thaís Dias Luz Borges Santos, acredita que a parceria entre as instituições de segurança pública, educação e saúde é o único caminho possível para lidar com as ameaças de violências extremas nas escolas. “Os Estados Unidos tratam esse problema de uma forma um pouco mais ostensiva e já está no imaginário dos pais norte-americano que isso pode acontecer de alguma forma”, avaliou.