Notícias
CONSUMIDOR
Renegocia! promove a educação financeira para evitar futuros endividamentos
Foto: Banco de imagem
Brasília, 14/01/2025 - A educação financeira tem se tornado uma aliada fundamental para que os brasileiros consigam equilibrar suas contas e evitem situações de inadimplência. Saber qual é o limite aceitável de comprometimento da renda mensal é importante para manter a saúde financeira e garantir um futuro mais estável para as famílias.
Nesse sentindo, o programa Renegocia!, que, até 17 de janeiro, oferece aos consumidores facilidades para o pagamento de dívidas, estimula os contribuintes a repensarem seus gastos para, assim, evitarem novos problemas financeiros. A iniciativa é da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
O titular da Senacon, Wadih Damous, destaca que o programa não só resolve dívidas, mas também capacita o cidadão a fazer escolhas melhores. Para ele, a educação financeira é um instrumento de cidadania. "O consumidor educado financeiramente, que entende seus direitos e seus limites, é menos vulnerável ao superendividamento”, define.
O comprometimento de até 30% da renda é considerado um limite aceitável para manter as finanças sob controle, especialmente quando se trata de financiamentos e empréstimos. Esse percentual permite que o consumidor tenha uma margem confortável (70%) para despesas essenciais, como alimentação, moradia e saúde, além de reservar uma quantia para emergências ou investimentos.
Situações específicas, como compra de um imóvel ou investimentos em educação, podem justificar o aumento desse percentual para 40%, desde que o cidadão tenha uma organização rigorosa do orçamento e consiga prever os impactos em longo prazo. O desafio está em avaliar a capacidade real de pagamento e evitar ultrapassar esse limite, o que poderia levar ao endividamento excessivo.
O papel educativo do Renegocia!
Mais do que uma ferramenta de renegociação de dívidas, o Renegocia! se apresenta como uma plataforma para promover a educação financeira. Além de oferecer condições especiais para a quitação de débitos, o programa incentiva o consumidor a repensar hábitos, entender os riscos do crédito fácil e organizar melhor suas despesas.
A coordenadora da Escola Nacional de Defesa do Consumidor (ENDC), Ana Cláudia Menezes, ressalta a importância de iniciativas como essa, que oferece informação e condições para que o consumidor volte ao mercado de forma mais consciente. "Não basta renegociar, é preciso ensinar como evitar novas situações de inadimplência", explica.
A instituição oferece três cursos gratuitos e on-line sobre o assunto: dois de educação financeira e um de crédito e prevenção e tratamento do superendividamento. As inscrições estão abertas e podem ser feitas até 27 de janeiro, pelo site da ENDC. As aulas iniciam-se em 4 de fevereiro.
Dicas para manter a saúde financeira
1 - Conheça sua renda e despesas: anote todos os ganhos e gastos para ter uma visão clara do seu orçamento.
2 - Estabeleça limites para dívidas: priorize compromissos essenciais e não ultrapasse 30% da sua renda.
3 - Monte uma reserva de emergência: poupe um valor mensal para lidar com imprevistos.
4 - Evite crédito fácil: analise taxas e prazos antes de assumir financiamentos ou empréstimos.