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CAPACITAÇÃO
MJSP e Fiocruz Brasília oferecem 2 mil vagas para formação de profissionais do projeto Gente no Centro da Política sobre Drogas
O I Ciclo Formativo contou com 4 mil participantes, de todos os estados brasileiros, e agora segue para a etapa assíncrona e final do curso. Foto: divulgação
Brasília, 13/10/2025 – Estão abertas as inscrições para o II Ciclo Formativo Gente no Centro – Abordagens Intersetoriais e Integradas para uma Política de Drogas no Brasil, voltado a profissionais interessados em construir uma política de drogas mais humana e inclusiva. Ao todo, 2 mil vagas serão ofertadas pela iniciativa promovida pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos (Senad), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz Brasília (Fiocruz). As inscrições encerram no dia 24 de outubro ou até que todas as vagas sejam preenchidas.
A formação é on-line e gratuita, e as vagas serão distribuídas regionalmente, em duas turmas de 1 mil alunos: vespertina e matutina. A primeira está prevista para 3 a 7 de novembro e a segunda, para 10 a 14 de novembro. O curso tem carga horária total de 40 horas, com 25 horas de aulas ao vivo e 15 horas de atividades assíncronas, e contará com certificação emitida pela Fiocruz Brasília. Qualquer pessoa pode participar.
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O conteúdo é dividido em sete módulos temáticos conduzidos por formadores e formadoras de referência. Dentre os temas abordados estão a Política sobre Drogas no Brasil e no Mundo na Perspectiva dos Direitos Humanos; Redes de Atenção, Proteção e Acolhimento; Gênero, Raça/Cor e Classe na Política sobre Drogas no Brasil; Política sobre Drogas, Justiça Socioambiental, Populações e Comunidades Tradicionais.
Além do conteúdo teórico, a formação estimula o olhar crítico e propositivo, encorajando gestores, educadores e trabalhadores da saúde, assistência e segurança pública a repensarem práticas de cuidado e acolhimento, com base em princípios dos direitos humanos e respeito à autonomia das pessoas.
A diretora de Prevenção e Reinserção Social da Senad, Nara de Araújo, fala sobre a experiência da capacitação, que teve uma de suas etapas concluídas na sexta-feira (10) . “Mais que um curso, a formação tem sido um espaço de diálogo e troca entre diferentes realidades, territórios e saberes, fortalecendo práticas baseadas na garantia de direitos e na reinserção social e econômica, com as pessoas no centro do debate”, comenta.
Primeiro ciclo
O I Ciclo Formativo contou com 4 mil participantes, de todos os estados brasileiros, e agora segue para a etapa assíncrona e final do curso. Com linguagem didática, acessível e sensível, o Ciclo foi desenhado para alcançar desde iniciantes no tema até profissionais experientes. Essa diversidade tem sido um dos pontos de maior destaque da formação, que conecta saberes, práticas e territórios de forma integrada, horizontal e transformadora.
O público é composto em sua maioria por profissionais das políticas de Saúde (29%), Assistência Social (22%) e Serviços Penais (7%).
Alcance
Para ampliar o alcance da formação e democratizar o acesso, a primeira turma contou com o apoio de 36 polos formativos, em 13 unidades da Federação. A iniciativa teve a parceria do Escritório Social de Manaus e Parintins, do Patronato Penitenciário de Pernambuco, do Departamento de Ressocialização e Cidadania do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá, além dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) em Aracaju (SE) e Grajaú (SP) e das Comunidades Terapêutica do Maranhão (CTM), em São José de Ribamar (MA), entre outras instituições e organizações que se propuseram a atuar como polos formativos.
O educador social Mateus Alves, de Cabo de Santo Agostinho (PE), é um dos 4 mil alunos do I Ciclo. Para ele, o conhecimento adquirido vai contribuir para seu trabalho do Programa de Atenção Integral aos Usuários de Drogas e seus Familiares, também chamado do Programa Atitude. “O curso tem se apresentado a mim, enquanto educador, como uma excelente oportunidade de aprimorar conhecimentos imprescindíveis para o cuidado com o público com o qual tenho trabalhado”, afirma.
Já a psicóloga Mylena Bezerra, do Centro de Acesso a Direitos e Inclusão Social (CAIS) de Caruaru (PE), elogia a didática do curso: “Conteúdo de fácil compreensão e muito importante para o fortalecimento do meu trabalho enquanto técnica social”.
Projeto Gente no Centro da Política sobre Drogas
O Projeto Gente no Centro da Política sobre Drogas tem como objetivo promover ações territoriais de prevenção ao uso de drogas, articular serviços intra e intersetoriais e formar profissionais para o fortalecimento da política pública sobre drogas no Brasil.
A iniciativa também visa o aprimoramento dos processos de decisão e encaminhamentos da Justiça Criminal; a melhoria dos fluxos de referência e contrarreferência nos serviços penais; e a qualificação dos atendimentos nas redes de saúde e proteção social. Para apoiar essa atuação, o projeto conta com 27 assessores técnicos distribuídos em todo o território nacional.