Canabinoides sintéticos: MJSP apresenta dados sobre a droga e os desafios para o Brasil

Brasília, 05/07/2023 – Os canabinoides sintéticos, popularmente conhecidos como drogas “K” (K2, K4, K9) são o tema do 5º Informe do Subsistema de Alerta Rápido sobre Drogas (SAR), que será lançado nesta quinta-feira (6) pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos (Senad), em parceria com o Comitê Técnico do Subsistema de Alerta Rápido sobre Drogas (SAR). 

O evento será transmitido ao vivo, nesta quinta-feira, a partir das 14h, pelo canal do MJSP no YouTube. O informe traz recomendações e orientações para profissionais que atuam no Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Sisnad), aprofundando em aspectos regulatórios das Novas Substâncias Psicoativas (NSP) e em dados referentes às intoxicações por canabinoides sintéticos na cidade de São Paulo.

Os canabinoides sintéticos são uma classe de substâncias psicoativas que imitam os efeitos do Δ9-tetraidrocanabinol (THC), o mais conhecido princípio ativo da maconha, mas com maior potencial de causar intoxicações e encadear mais riscos quando comparados à droga de origem vegetal.

De acordo com a secretária Nacional de Política sobre Drogas, Marta Machado, o material é um importante subsídio para alertar os serviços de segurança e saúde sobre os impactos das “drogas K” no país. “O informe busca nortear o entendimento da evolução do consumo de canabinoides sintéticos no Brasil, de tal forma que o acompanhamento epidemiológico das consequências à saúde dos eventuais usuários possa reduzir os danos e os riscos associados ao uso da substância”.

O evento

A abertura do encontro será feita pela secretária Marta Machado. Participam como expositores Gabriel Andreuccetti, estatístico do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) em Viena; Moema Macedo, coordenadora de Controle e Comércio Internacional de Produtos Controlados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); e Paulo Cerqueira, coordenador do Núcleo de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e do Programa Municipal de Prevenção e Controle de Intoxicações da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo (SMS-SP).

Para a produção do 5º Informe do SAR, foram coletadas informações das 27 Unidades Federativas do país, como dados de apreensões de canabinoides sintéticos, provenientes das Secretarias de Segurança Pública, além de informações sobre a capacidade dessas instituições identificarem as substâncias seguindo os protocolos químicos e toxicológicos recomendados.

“A preocupação recente diante dos canabinoides sintéticos reforça a importância do papel do SAR e de seu fortalecimento enquanto instrumento de coleta, tratamento e disseminação de informações, com alertas qualificados, esclarecendo a sociedade sobre os perigos das novas substâncias psicoativas. Além disso, o SAR apoia o trabalho de agentes da segurança e saúde públicas, podendo se antecipar a qualquer fenômeno que venha a requerer atenção especial”, destaca Marta Machado.

Sobre o SAR

O Subsistema de Alerta Rápido sobre Drogas (SAR) é um instrumento de vigilância que agrega dados epidemiológicos das áreas de saúde e segurança pública, produzindo informações sobre drogas e permitindo a identificação mais rápida de Novas Substâncias Psicoativas (NSP) no Brasil.

É coordenado pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos (Senad/MJSP) e composto por representantes da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp/MJSP), Polícia Federal (PF), Ministério da Saúde, por meio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e Ministério da Fazenda, por meio da Receita Federal do Brasil (RFB). Os informes do SAR são elaborados pelo Centro de Excelência para a Redução da Oferta para Drogas Ilícitas (CdE), projeto fruto de parceria entre Senad, UNODC e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

Acesse os informes já publicados aqui.