Notícias
Administradores de Bancos de Perfis Genéticos se reúnem para a Conferência Anual do RIBPG
O encontro foi finalizado com a certificação dos estados que mais inserem perfis genéticos no banco
Publicado em
27/11/2022 14h47
Atualizado em
27/11/2022 17h08
Brasília, 27/11/22 – Cada vez mais o investimento em tecnologia tem auxiliado na resolução de crimes e na busca por pessoas desaparecidas. Prova disso é a Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG), que reúne fragmentos de DNA encontrados em cenários de crimes e corpos de vítimas, de indivíduos condenados e investigados e de familiares de pessoas desaparecidas. No mês de novembro, os administrados dos Bancos de Perfis Genéticos de todo o país se reuniram na Conferência Anual do RIBPG, em Brasília. O encontro é essencial para a troca de experiências entre os estados e sugestões de melhorias.
“Neste ano, o evento aconteceu em três dias por conta da celebração dos 10 anos da publicação e entrada em vigor da lei 12.652/2012 que permitiu que fossem feitas as coletas de materiais genéticos de condenados e de indivíduos investigados, tornando o Banco um meio de investigação criminal reconhecido”, explicou o coordenador do Comitê Gestor do RIBPG, Ronaldo Carneiro. “Além disso, comemoramos antecipadamente a formalização do decreto 7.950 que criou essa denominação: Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos e Banco Nacional de Perfis Genéticos. Marcos importantes na história do programa”, finalizou.
Durante a conferência ocorreu a premiação dos estados que mais inserem perfis. Foram seis categorias divididas em dois grupos: inserções em números absolutos e em números relativos, que levam em consideração o número de habitantes e os de peritos dos estados.
Números absolutos:
Vestígios encontrados em cenas ou vítimas de crimes:
1º: São Paulo; 2º: Goiás
Criminal:
1º: Minas Gerais; 2º Pernambuco; 3º Rio Grande do Sul
Desaparecidos:
1º: São Paulo; 2º Pernambuco; 3º Rio de Janeiro
Relativos:
Vestígios encontrados em cenas ou vítimas de crimes:
1º Rondônia; 2º Maranhão; 3º São Paulo
Criminal:
1º Ceará; 2º Minas Gerais; 3º Pará
Desaparecidos:
1º Alagoas; 2º Pernambuco; 3º São Paulo
Para Marina Mazanek, perita de Alagoas e administradora do Banco no estado, foi uma honra receber o certificado. “Muito emocionante, é muito bom saber que o trabalho que fazemos lá no estado, de formiguinha, é reconhecido e que já está gerando frutos e que vai gerar ainda mais no longo prazo”, comemorou.
Esta é a segunda vez que Mazanek participa da Conferência e para ela é sempre enriquecedor. “É sempre bom encontrar os colegas, compartilhar informações e as dificuldades que enfrentamos no dia a dia. A gente volta para casa com uma carga de ânimo, com a certeza de que a gente está contribuindo seja com a justiça seja para uma família encontrar um ente desaparecido”
Outros encontros
Em novembro, também aconteceu a última Reunião do Comitê Gestor do ano, colegiado formado por diversas instituições, como representantes do Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), perícias estaduais, entre outros, além do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Este colegiado debate temas afetos ao funcionamento da RIBPG, cria normativos e também auxilia na definição dos próximos passos da Rede, como aquisições e capacitações de peritos.
“Nesta reunião avaliamos os números que conseguimos esse ano, até o momento foram inseridos mais de 170 mil perfis genéticos no Banco e temos a perspectiva de crescer mais até a virada do ano. É um grande avanço!” comemorou Ronaldo Carneiro.
Também aconteceram as reuniões das Comissões Permanentes, de Interpretação Estatística e de Qualidade. Esta última avalia as auditorias realizadas em todos os laboratórios de perícia do país, com o objetivo de verificar a necessidade melhoria em cada um deles. Esta auditoria, que é função do MJSP, é feita por professores universitários e especialistas em genética e em sistema de gestão de qualidade que visitam os laboratórios e mapeiam as oportunidades de melhoria.