Funai promove em Brasília formação sobre gestão de riscos no setor público

Como forma de promover o seu fortalecimento institucional, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) promove, nos dias 9 e 10 de maio, na sede da autarquia, em Brasília, o curso “Gestão de Riscos no Setor Público”. Com o curso de formação, a Funai busca que as instâncias de governança e chefes das unidades do órgão indigenista se apropriem de conhecimento técnico sobre o tema e de metodologias de gestão de risco para garantir que o serviço prestado atenda às necessidades dos povos indígenas. 

“Viabilizar um curso dessa natureza visa melhorar as nossas entregas, resultados institucionais e a qualidade dos serviços aos povos indígenas. Precisamos de gestores cada vez mais qualificados e prontos para os diversos desafios encontrados no cumprimento das nossas atribuições, sobretudo, buscando um equilíbrio entre os objetivos e metas institucionais, com a devida segurança e governabilidade, aproveitando todas as oportunidades para ampliar e fortalecer a atuação do órgão”, destaca a diretora de Gestão e Administração da Funai, Mislene Metchacuna. 

Gestão de riscos

O curso está sendo ministrado pelo auditor federal do Tribunal de Contas da União (TCU) Jetro Coutinho. Segundo ele, é preciso que os servidores públicos se mantenham atentos aos riscos que possam impedir que os objetivos estratégicos da instituição governamental sejam atingidos. Conforme exemplifica, esses riscos podem vir das mais variadas fontes, como orçamento, pessoal, público-alvo, falhas na governança e na gestão, entre outros.

“O que muitas vezes ocorre é que as coisas acontecem primeiro e depois o setor público vai tentar conter os danos. Com a gestão de riscos, o que buscamos é uma mudança de cultura e de postura, em que o serviço público seja proativo. Essa mudança de postura é essencial para que a gente consiga entregar resultados mais efetivos para o cidadão, antes dos problemas acontecerem, assumindo uma postura mais proativa e menos reativa”, explica Jetro Coutinho.

Força de trabalho diversa

Keyciane Pedrosa, da Coordenadoria de Gabinete (Cogab) da Diretoria de Administração e Gestão (Dages), avalia que, além da prevenção e gestão de riscos e ambientar os servidores sobre o tema, o curso também é uma oportunidade de os participantes se perceberem como uma força de trabalho com suas próprias especificidades dentro do serviço público federal. E defende que essas peculiaridades sejam levadas em consideração pelos órgãos de controle interno e externo. 

“A Funai é um órgão específico, diverso e que precisa ser fortalecido, mas com respeito à diversidade da sua força de trabalho e à sua história. Diferente de outros órgãos públicos, onde o bom desempenho é atrelado a uma titulação acadêmica ou a uma escolaridade formal, na realidade da Funai, esse não é necessariamente o principal tipo de conhecimento. Existem conhecimentos de campo, experiências, vivências junto às comunidades indígenas que são tão ou mais importantes para a pessoa poder prestar um serviço de qualidade”, menciona Keyciane Pedrosa.

De acordo com a coordenadora de Avaliação de Risco da Auditoria Interna da Funai, Maysa Sena de Carvalho, essas particularidades da força de trabalho do órgão indigenista já vêm sendo observadas nas auditorias. Ela explica que a gestão de riscos é um tema que está sendo internalizado nas instâncias de governança da Funai, em atendimento ao disposto na Portaria n° 118/2021, e também por ser uma necessidade apontada tanto pela Auditoria Interna quanto pelos próprios gestores do órgão indigenista.

Desenvolvimento de competências

A coordenadora-geral de Promoção da Cidadania, Núbia Tupinambá, se identificou tanto com o conteúdo ministrado que já vislumbra que o tema seja disseminado aos colaboradores da autarquia. “Esse momento de formação abre os horizontes para uma assertiva no nosso trabalho focada no bom êxito do serviço e no atendimento ao nosso público principal, lá na ponta, que são os nossos parentes”, avalia. “Fiquei imaginando que essa formação poderia ter um ciclo com os coordenadores gerais, de ter um momento onde o foco também seja a equipe que a gente trabalha. Momentos formativos como esses fazem a diferença”, sugeriu.

As competências a serem desenvolvidas durante o curso dizem respeito à compreensão dos principais conceitos e metodologias relacionadas à gestão de riscos, avaliação crítica de política de gestão de riscos e identificação das etapas para análise e tratamento de riscos. 

A expectativa é que, ao final da capacitação, os participantes tenham uma noção geral da gestão de riscos e sua importância para as organizações públicas; aumentem a agilidade e a transparência de informações nos processos de trabalho através da antecipação de riscos e elaboração de medidas preventivas e tenham segurança para atuar nas instâncias de governança da Funai com atribuições voltadas à gestão de riscos.

Assessoria de Comunicação/Funai