Operação Ágata 7 apreende madeira ilegal no entorno da TI Vale do Javari (AM)

Na última quinta-feira, 16, foi deflagrada uma ação entre Funai, Polícia Federal e Exército Brasileiro, articulada pela Coordenação Regional da Funai em Atalaia do Norte e pela Frente de Proteção Etnoambiental do Vale do Javari, ambas situadas no Amazonas. A ação resultou na primeira apreensão da Operação Ágata 7 no sul e sudoeste do estado, onde foram apreendidas aproximadamente 250 toras de madeira ilegal no rio Quixito, em área situada no entorno da Terra Indígena Vale do Javari.

A apreensão aconteceu um dia antes do lançamento oficial da Operação Ágata 7 devido à constatação de que a madeira estaria sendo escoada pela fronteira entre o Brasil e o Peru, fato que levou os agentes a antecipar a ação. A carga apreendida está sob responsabilidade do Exército, seu fiel depositário, e será transportada para Manaus.

Ações no MT

Em Mato Grosso, uma ação articulada entre a Coordenação Regional de Cuiabá e o Departamento de Polícia Federal teve início dias antes de deflagrada a Operação Ágata 7 no estado. Como resultado, foi fechado, na segunda-feira, 20, um garimpo localizado entre as Terras Indígenas Sararé e Paukalirajausu, próximo a aldeias da etnia Nambikwara na região sudoeste do Mato Grosso.

Cinco pessoas foram autuadas e encaminhadas à delegacia, no município de Cáceres. Os equipamentos foram destruídos perante Termo de Destruição lavrado pelo Ibama no local.

Ágata

A Operação Ágata é coordenada pelo Ministério da Defesa, por intermédio do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA). Esta sétima edição acontece em toda a extensão de fronteira do Brasil com os dez países sul-americanos. Participam das ações 25 mil militares e servidores de 12 ministérios e 20 agências governamentais, entre eles 26 funcionários da Funai. De acordo com o Exército, esta edição é a maior mobilização realizada pelo governo brasileiro no combate aos ilícitos em áreas de fronteira do país.

Todas as ações realizadas pela Operação Ágata em terras indígenas são acompanhadas pela Funai, por meio de suas Coordenações Regionais, Frentes de Proteção Etnoambiental e da Coordenação Geral de Monitoramento Territorial (CGMT).

Para a Funai, a parceria com as Forças Armadas é fundamental no sentido de obter resultados positivos no combate aos ilícitos praticados em áreas de fronteira, onde estão situadas diversas terras indígenas, contribuindo assim com a redução de ilícitos ambientais e da incidência do narcotráfico.