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COP30
Caravana científica e intercultural inicia percurso no rio Amazonas

- Imagem: Lúcia Pelanda e Rodolfo de Carvalho Cabral, do MEC, e Denise Pires de Carvalho, da CAPES. (Júlia Prado - CGCOM-CAPES)
A caravana científica e cultural já iniciou seu percurso pelo rio Amazonas. Saiu de Manaus na terça-feira (28), passou por Itacoatiara e está a caminho de Parintins, segundo ponto de parada. A iniciativa, intitulada Projeto Iaraçu, envolve nove instituições brasileiras e francesas, entre elas a CAPES/MEC.
O Projeto Iaraçu vai documentar as estratégias de adaptação às mudanças climáticas, com uma abordagem que combina pesquisa científica, diálogo intercultural, comunicação pública e diplomacia ambiental. Durante a navegação, o barco fará escala em várias cidades e comunidades ribeirinhas dos estados do Amazonas e Pará.
O principal objetivo da expedição é compartilhar saberes e promover o diálogo entre cientistas e a população local. Depois de Itacoatiara, a embarcação passará por Parintins, Óbidos, Alter do Chão, Almeirim, Porto de Moz, Gurupá e Breves, com previsão de chegada em Belém no dia 6 de novembro.
Os participantes do projeto, que envolve pesquisadores e gestores de instituições brasileiras e francesas, estarão presentes na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) que acontecerá na capital de 10 a 21 de novembro. Ao longo de sua travessia de Manaus a Belém, que englobará outros rios além do Amazonas, a caravana Iaraçu coletará relatos e destacará as iniciativas locais das pessoas que vivem, no dia a dia, os efeitos das mudanças climáticas.
Integrante da caravana, o presidente da CAPES, Denise Pires de Carvalho, avalia como fundamental que as ações do governo federal estejam cada vez mais próximas da sociedade, como, por exemplo, dos estudantes dos programas de formação de professores da educação básica financiados pelo Ministério da Educação. “Chegar nessas comunidades ribeirinhas, onde existem as políticas públicas é muito relevante, pois os estudantes e seus orientadores se sentem mais valorizados”, destaca.
Além da CAPES/MEC, participam do projeto a Secretaria de Educação Superior do MEC, o Institut de Recherche pour le Développement (IRD), a Embaixada da França no Brasil, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCT), o Centro Franco-Brasileiro da Biodiversidade Amazônica (CFBBA), o Fonds Équipe France (Projeto FEFACCION), a Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e Universidade Federal do Pará (UFPA). O nome Iaraçu tem origem Tupi e significa “grande senhora das águas.”
“O que acho mais lindo no projeto, que nos dá muita esperança, é a troca, porque é uma caravana intercultural e científica, e estamos aqui para aprender e pesquisar e, ao mesmo tempo, recolher muito dos saberes”, ressalta Lúcia Pelanda, coordenadora-geral de Relações Estudantis da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação. A presidente do IRD, Valerie Verdier, lembrou da assinatura de convênio com a CAPES para fortalecer a cooperação com o Brasil. “Temos um papel importante para facilitar essa construção de redes de formação e de pesquisa entre instituições apoiadas pelo instituto francês e a agência brasileira.”
Há mais de 40 anos, a França apoia projetos de pesquisa e formação na Amazônia brasileira e na Guiana Francesa, em colaboração com universidades, instituições públicas e agências científicas locais. “A França é um dos países que mais recebe estudantes brasileiros com o financiamento da CAPES/MEC e precisamos ampliar essa cooperação que tem sido muito profícua e importante para o avanço da ciência brasileira”, reforça Denise Pires de Carvalho.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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