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EQUIDADE
CAPES participa do Seminário Conexões Transatlânticas
Ao participar da primeira edição do seminário Conexões Transatlânticas, a presidente da CAPES, Denise Pires de Carvalho, destacou os investimentos da agência em ações de promoção da inclusão, equidade e diversidade na pós-graduação stricto sensu e nos programas de formação de professores da educação básica. O evento ocorreu nesta segunda-feira, 16 de junho, na Universidade de Brasília (UnB).
Na solenidade de abertura, presidente citou a retomada dos programas da CAPES Caminhos Amefricanos, de intercâmbio de alunos de licenciatura e professores negros e quilombolas na América Latina e África, e Abdias Nascimento de Desenvolvimento Acadêmico, que concede bolsas no Brasil e exterior para pós-graduandos autodeclarados pretos, pardos, indígenas, quilombolas, população do campo e estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades.
“São programas importantíssimos não apenas relacionados às conexões transatlânticas, mas também à integração da América Latina e o Caribe. Tudo isso porque estamos em um governo que tem como objetivo a defesa dos direitos humanos, da diversidade e da educação inclusiva e menos desigual”, ressaltou Denise. Ela também defendeu a política de cotas na educação superior integrada à assistência estudantil, que tem assegurado a inclusão na universidade, a permanência no curso e a conclusão da graduação.
A presidente da CAPES ainda abordou os ataques às instituições de ensino superior e o discurso negacionista contra a ciência. “São projetos antidemocráticos que acontecem no Brasil e em alguns países porque a universidade é o local da diversidade, da democracia, da formação de cidadãos críticos e competentes e da promoção de uma educação emancipadora”, enfatizou.
O seminário surgiu de discussões de estudantes e pesquisadores do Grupo de Estudos Críticos e Avançados em Linguagens, do Núcleo de Estudos Afrodiaspóricos em Relações Internacionais, do Projeto Diplomacia Solidária e do Laboratório Afrocentrado em Relações Internacionais da UnB, coordenados pelo professor Kleber Silva, idealizador do evento. O objetivo é estabelecer um diálogo transatlântico sobre raça e gênero no mundo contemporâneo, reunindo pesquisadores e ativistas que contribuem para a reflexão crítica sobre as dinâmicas de desigualdade, resistência e transformação social.
Kleber Silva afirmou que o Brasil precisa ter mais negros, indígenas e pessoas com deficiência nas instituições de ensino superior pois fazem parte das comunidades que menos têm acesso aos centros de produção intelectual. “Isso é um projeto de diplomacia solidária que temos que trabalhar com universidades e comunidades marginalizadas e periféricas de Brasília e com embaixadas de países da África pensando na disseminação da língua, da cultura e dos saberes africanos”, reforçou.
O seminário contou com aulas magnas da professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA), doutora em Estudos de Gênero, Mulheres e Feminismo, Carla Akotiren, e da professora da Universidade de São Paulo (USP) e historiadora, Lília Schwarcz. Também participaram do evento pela UnB, a secretária de Direitos Humanos, Claudia Renault, o diretor do Instituto de Relações Internacionais, Antonio Ramalho da Rocha, e a coordenadora do curso de Letras, Janaína Aquino Ferraz.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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