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CONCESSÕES RODOVIÁRIAS
Grupo Pátria vence último leilão das Rodovias Integradas do Paraná com desconto de 23,83% e encerra ciclo histórico liderado pela ANTT
Foto: Divulgação / Comunicação ANTT
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e o Ministério dos Transportes concluíram, nesta quinta-feira (30/10), o último leilão do Programa de Rodovias Integradas do Paraná, consolidando uma nova era de infraestrutura e segurança viária no estado. O Grupo Pátria, por meio da Reune Rodovias Holding II S.A., venceu o certame ao oferecer 23,83% de desconto na tarifa básica do pedágio e um aporte de recursos vinculados na ordem de R$ 399,4 milhões, assegurando investimentos de R$ 11,6 bilhões nos próximos 30 anos.
O Lote 5 das Rodovias Integradas do Paraná, leiloado na Bolsa de Valores (B3), em São Paulo, marca o encerramento de um ciclo de seis concessões conduzidas pela ANTT no estado — um pacote que soma cerca de R$ 100 bilhões em investimentos e representa um marco de modernização, segurança e desenvolvimento econômico para milhões de usuários, integrando rodovias federais e estaduais.
Composto por 432,77 quilômetros de rodovias — entre as BRs-163, 369 e 467, e as PRs-158, 317, 467, 977 e 978 —, o lote 5 conecta regiões estratégicas como Maringá, Cascavel e Guaíra, além de interligar o Paraná a estados vizinhos e ao Paraguai, consolidando um importante corredor logístico e de exportação que vão impulsionar o desenvolvimento socioeconômico do país.
Durante o leilão, o Grupo Pátria, que já administra o Lote 1 sob o nome de Via Araucária, superou o Consórcio Way Brasil + Kinea, único concorrente do certame. O resultado reforça a confiança do setor privado na modelagem promovida pela ANTT e pelo Ministério dos Transportes, que incorpora mecanismos modernos de regulação e fiscalização, assegurando equilíbrio entre tarifa, investimento e qualidade dos serviços.
Esses seis lotes representam mais de R$ 100 bilhões em investimentos, especialmente nos primeiros anos de concessão. A população paranaense pedia tarifa mais baixa e teremos redução média de 30% nas tarifas", diretor-geral da ANTT, Guilherme Theo Sampaio
Nos próximos anos, o contrato prevê 238,57 quilômetros de duplicações, 19,99 quilômetros de vias marginais e a implantação de duas novas praças de pedágio — em Cascavel e Terra Roxa — além de melhorias em outras três já existentes (Corbélia, Mamborê e Floresta). Estão previstas ainda passarelas, retornos, correções de traçado, barreiras acústicas, áreas de escape e pontos de parada e descanso para caminhoneiros, ampliando a segurança e a fluidez do tráfego.
O projeto deve gerar 96.799 empregos diretos, indiretos e por efeito-renda, impulsionando a economia local e regional, especialmente nas áreas do agronegócio e da indústria de transformação, setores que dependem diretamente da eficiência no transporte para o escoamento da produção.
O diretor-geral da ANTT, Guilherme Theo Sampaio, celebrou o leilão e destacou a importância do encerramento do ciclo de concessões e o papel da Agência como garantidora da execução dos investimentos e da qualidade dos serviços. “O consórcio vencedor Pátria iniciou o primeiro lote do Paraná e agora está encerrando o ciclo nesse último lote. Isso quer dizer o seguinte: o que é bom é continuar e ir para mais. Na próxima semana estaremos aqui novamente para dar sequência a outro importante projeto para o Brasil. Quando o ministro Renan Filho trouxe pra gente, em 2023, essa mescla de rodovias federais e estaduais, trouxe também a expectativa que a população do Paraná tinha", explicou.
"Esses seis lotes representam mais de R$ 100 bilhões em investimentos, especialmente nos primeiros anos de concessão. O paranaense pedia duplicações — e o estado terá mais de 1.800 quilômetros duplicados, além de 500 quilômetros de faixas adicionais. Pedia segurança, e teremos áreas de escape. Pedia tarifa mais baixa e teremos redução média de 30% nas tarifas. Pedia geração de emprego e renda e serão mais de um milhão de empregos. Tudo isso vai acontecer porque a ANTT será uma Agência vigilante, presente e parceira para garantir que os investimentos ocorram”, completou o diretor-geral.
O Lote 5 é considerado estratégico por integrar importantes polos produtivos e rotas de exportação do estado, conectando cooperativas agrícolas, indústrias e centros logísticos a portos e fronteiras internacionais. A modernização dessas vias reduzirá custos de transporte, aumentará a competitividade regional e trará ganhos diretos para o consumidor, com produtos mais acessíveis e maior segurança nas estradas.
Com o martelo batido na B3, o Paraná encerra um ciclo histórico de concessões com impacto nacional. A assinatura do contrato está prevista para fevereiro de 2026 e a cobrança de pedágio deve começar cerca de dois meses depois, seguindo o padrão dos lotes anteriores.
"A ANTT seguirá acompanhando cada etapa do processo, garantindo que o novo modelo — baseado em transparência, previsibilidade e compromisso com o usuário — transforme definitivamente a experiência de quem trafega pelas rodovias paranaenses", concluiu Guilherme Theo Sampaio.
Assista, na íntegra, à transmissão do leilão
Coordenação-Geral de Comunicação - ANTT
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