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FERROVIAS
ANTT defende soluções práticas e pactuadas para otimizar mobilidade urbana em municípios cortados por ferrovias
Foto: Divulgação / Comunicação ANTT
Na manhã desta terça-feira (29/7), a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) participou do Painel de Referência da Comissão de Solução Consensual das Ferrovias Carajás e Vitória Minas, promovido no Tribunal de Contas da União (TCU). O evento reuniu especialistas, autoridades e representantes da sociedade civil para encontrar caminhos viáveis, modernos e eficazes para resolver conflitos urbanos causados pela passagem das ferrovias em áreas densamente povoadas.
O desafio é grande e envolve números robustos — são cerca de R$ 318 milhões em investimentos previstos nos contratos de concessão da Vale, que já investiu cerca de outros R$ 200 milhões em obras de conflitos já sanados. Agora, o montante disponível precisa ser revisto à luz da realidade atual de dezenas de municípios impactados. Definidas com base em estudos atualmente obsoletos, parte dessas obras se tornou inviável ou desatualizada. Por isso, a proposta em debate é simples e estratégica: ouvir, ajustar, planejar e executar, sempre com foco no interesse público.
“O que está em pauta é a otimização da mobilidade urbana. Se um projeto pensado há quase uma década já não resolve o problema de hoje, ele precisa ser revisto”, afirmou Felipe Queiroz, diretor-geral substituto da ANTT. Para ele, o foco deve ser o resultado prático: separar o tráfego urbano do ferroviário com segurança e eficiência, seja por meio de viadutos, passagens inferiores, passarelas ou passagens em nível automatizadas.
Entre os principais gargalos enfrentados estão interferências na faixa de domínio, mudanças nas condições urbanas ao longo do tempo, entraves para licenciamento, além das limitações de competência entre a esfera federal, estadual e municipal. Nesse cenário, a atuação da ANTT é técnica, mas também conciliadora.
“O papel da ANTT é mediar e fiscalizar. Nosso maior desafio é transformar passivos históricos em soluções estruturadas que atendam às reais necessidades da população”, explicou Alessandro Baumgartner, superintendente de Transporte Ferroviário da Agência. Ele reforçou que, para avançar com responsabilidade, é necessário alinhar os projetos às diretrizes técnicas, legais e ambientais da Resolução nº 5.956/2021 e da Portaria SUFER nº 13/2024, que estabelecem critérios para execução, alteração e priorização de obras conforme o impacto.
A proposta debatida busca criar uma governança colaborativa para assegurar que os recursos sejam aplicados onde realmente fazem diferença. “Estamos falando de mitigar riscos, evitar acidentes e melhorar o dia a dia de quem mora nas cidades. Cada viaduto ou passagem construída com planejamento é mais fluidez, mais segurança, mais qualidade de vida”, concluiu o diretor.
Coordenação-Geral de Comunicação - ANTT
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