Câncer de pele representa 30% de todos os tumores malignos registrados no país

Você sabia que o câncer de pele é o tipo de câncer mais comum no Brasil? Ele representa 30% de todos os tumores malignos registrados no país. A boa notícia é que se a doença for descoberta no início, a taxa de cura é superior a 90%.

O sol é um grande aliado da saúde, mas a chegada do verão, acompanhado de temperaturas cada vez mais elevadas, aumenta ainda mais a necessidade de proteger a pele. Nesta época, muitas pessoas se expõem por horas ao sol e se esquecem de algumas dicas básicas de proteção.

Confira abaixo respostas às principais dúvidas sobre a doença.

Câncer de pele ocorre apenas em pessoas de pele clara?

NÃO. Todos os tipos de pele devem ter cuidados com a exposição excessiva ao sol, mesmo a doença sendo mais recorrente em pessoas de pele clara. No Brasil, o melanoma, tipo mais agressivo de câncer de pele, pode ser diagnosticado em qualquer tipo de pele. Pessoas de pele escura apresentam menos risco, mas, mesmo assim, podem ter casos graves da doença.

Apenas quem se expõe muito ao sol tem risco de ter câncer de pele?

NÃO. Apesar de a exposição excessiva ao sol ser o principal fator de risco, ela não é única. O uso de câmaras de bronzeamento, a falta de uso de protetor solar e a idade avançada são alguns fatores que também apresentam risco às pessoas.

É verdade que se expor ao sol no horário entre 10h e 16h é mais perigoso?

SIM. É preciso ter atenção aos horários corretos para se expor ao sol, que é antes das 10h e depois das 16h. Além do uso de roupas e acessórios adequados, como óculos de sol com proteção UV, bonés, chapéus de abas largas, sombrinha, guarda sol e camisas de proteção. Em dias nublados também é importante usar as proteções necessárias.

O filtro solar deve ser aplicado corretamente, uma vez que o real fator de proteção desses produtos varia com a espessura da camada de creme aplicada, a frequência da aplicação, a perspiração e a exposição à água.

Pintas e manchas na pele podem ser sinal de câncer de pele?

SIM. Nem toda pinta ou mancha é sinal da doença, mas é importante observar regularmente a pele e ter atenção a manchas na pele, pintas ou sinais que coçam, ardem, descamam ou sangram. Feridas que não cicatrizam em até quatro semanas também pedem cuidado. Além disso, sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor são sinais de alerta.

O câncer de pele ocorre principalmente nas áreas do corpo que são mais expostas ao sol, como rosto, pescoço e orelhas. Se não tratado adequadamente, pode destruir essas estruturas. Assim que perceber qualquer sintoma ou sinal, procure o mais rapidamente o profissional de saúde especialista para confirmar diagnóstico. O tratamento precoce faz toda a diferença no sucesso do tratamento.

Câncer de pele é sempre visível e fácil de identificar?

NÃO. Em estágios iniciais, o câncer de pele pode ser silencioso, ou seja, não apresentar coceira, dor ou mudanças perceptíveis. O melanoma, por exemplo, pode se desenvolver em áreas do corpo que não são frequentemente expostas ao sol, como as palmas das mãos, plantas dos pés ou nas mucosas. A detecção precoce é essencial.

É possível a própria pessoa diagnosticar o problema?

SIM. Uma boa dica é lembrar das cinco primeiras letras do alfabeto – ABCDE – para fazer a análise dos principais sintomas do tumor.
• Assimetria: geralmente, um tumor na pele é assimétrico. Para saber se uma pinta ou mancha tem essa característica, faça uma divisão no meio dela e veja se cada metade é diferente.

• Bordas irregulares: Pintas apresentam contornos bem definidos, ao contrário de um nódulo cancerígeno.
• Cor variável: lesões cancerígenas podem apresentar irregularidade no tom, misturando marrom, avermelhado, preto, entre outras cores.
• Diâmetro: com relação ao tumor na pele, o diâmetro maior do que 6 milímetros pode ser um indicativo.
• Evolução: fique de olho caso manchas e pintas mantenham suas características com o passar do tempo. Em casos malignos, a lesão pode crescer e mudar de forma ou cor, por exemplo.

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece diagnóstico precoce (consulta com dermatologista e exames) e tratamentos gratuitos (cirurgia para remoção, radioterapia e quimioterapia para casos mais graves, e atendimento em hospitais especializados).

Desinformação

Lembre-se sempre que câncer é uma doença séria e precisa de tratamento adequado com um profissional de saúde. Tratamentos alternativos e chás não são capazes de curar a doença e não há nenhuma evidência científica que comprove isso. Vamos juntos no combate à desinformação e na defesa da saúde da população.

Fontes

As referências usadas nesta matéria são:

Dezembro laranja: veja cuidados necessários para prevenir o câncer de pele

Dezembro Laranja: prevenção e detecção precoce do câncer de pele

Câncer de Pele – Ministério da Saúde

Lesões de câncer de pele: saiba como identificar