Data Centers no Governo Federal
Os Data Centers são a espinha dorsal da infraestrutura de TI no governo federal, garantindo a disponibilidade, integridade e segurança das informações institucionais. Os órgãos da administração pública podem utilizar tanto data centers tradicionais quanto soluções em nuvem, de acordo com suas necessidades operacionais e estratégicas..
Classificação dos Data Centers
Data Center Tradicional: Os data centers tradicionais são instalações físicas gerenciadas diretamente pelos órgãos governamentais. Eles exigem investimentos contínuos em infraestrutura, segurança, resfriamento, energia e manutenção. Apesar do alto nível de controle sobre os dados e sistemas, esse modelo pode apresentar desafios relacionados à escalabilidade e otimização de custos.
Data Center Híbrido: Outra opção é a adoção de um modelo híbrido, que combina data centers tradicionais e serviços em nuvem. Isso permite que determinadas cargas de trabalho permaneçam em ambientes internos, enquanto outras sejam migradas para a nuvem, garantindo maior eficiência e resiliência.
Requisitos e Boas Práticas
- Segurança e Conformidade: A infraestrutura deve atender às normas de segurança da informação, incluindo controle de acesso, criptografia e auditorias regulares.
- Interoperabilidade: Os serviços contratados devem permitir integração com outras plataformas governamentais e sistemas já existentes.
- Gestão de Capacidade e Desempenho: Monitoramento contínuo do uso de recursos para garantir a disponibilidade dos serviços e evitar desperdícios.
Soberania Digital: Proteção de dados sensíveis e conformidade com as regulamentações brasileiras, garantindo que informações críticas permaneçam sob governança nacional.
Migração e Modernização da Infraestrutura
A Instrução Normativa SGD/ME nº 94/2022 estabelece que a contratação de serviços de computação em nuvem deve ser a principal estratégia para órgãos e entidades que necessitem criar, ampliar ou renovar sua infraestrutura de TI. Apenas quando houver comprovação de inviabilidade em estudo técnico preliminar será possível considerar outras alternativas.
Além disso, a norma exige que os serviços em nuvem contratados atendam a normas de segurança da informação publicadas pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI/PR) e que os fornecedores privados possuam certificações reconhecidas para mitigar riscos.
Os contratos devem garantir portabilidade de dados e softwares, assegurando a possibilidade de transferência de localização das informações dentro de um prazo adequado, evitando aprisionamento tecnológico.
A norma também veda a criação ou ampliação de salas-cofre e salas seguras, ambientes tradicionalmente usados para armazenar infraestrutura crítica de TI. Apenas com autorização prévia do Órgão Central do SISP essas instalações poderão ser expandidas.
Nos casos de manutenção de salas-cofre já existentes, flexibiliza-se a exigência de certificação exclusivamente pela ABNT NBR 15.247, permitindo outras certificações reconhecidas pelo INMETRO ou órgãos internacionais.
Essas diretrizes reforçam a necessidade de modernização da infraestrutura governamental, priorizando soluções mais seguras, escaláveis e eficientes, alinhadas com as melhores práticas internacionais.
Próximos Passos e Estratégia Governamental
A Estratégia de Governo Digital incentiva a adoção de soluções inovadoras para aprimorar a gestão dos recursos tecnológicos. O modelo ideal de data center para cada órgão dependerá de fatores como complexidade da operação, requisitos de segurança e disponibilidade de orçamento. A transição para modelos mais flexíveis e escaláveis está alinhada com as melhores práticas internacionais e visa fortalecer a resiliência digital da administração pública.
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