Abril Indígena: Casa comum, esperança e compromisso ético
O ano de 2025 marca a 81ª celebração do Abril Indígena, período que enfatiza a luta e resistência dos povos originários do Brasil. Esta é uma oportunidade para refletirmos sobre o verdadeiro sentido de convivência, pautado nos princípios éticos, respeito às diversidades e promoção da justiça social. Em um Brasil plural e rico em culturas, a presença destes povos nos convida a revisitar a importância de viver em harmonia com a natureza, com o outro e com os seus próprios valores.
O servidor público, orientado pelos princípios do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal (Decreto 1.171/94), deve pautar sua conduta pela dignidade, pela responsabilidade e pela consciência de que serve a uma sociedade múltipla, na qual nenhuma identidade pode ser negligenciada. Ser ético é reconhecer que há sabedoria e dignidade nas diversidades – e que a presença indígena não é um traço do passado, mas um direito do presente e uma esperança para o futuro.
Ainda hoje, os povos indígenas enfrentam discriminações, estereótipos e negações de seus direitos fundamentais. Comentários como “esse não é mais índio, porque está usando celular” ou “índio é quem vive pelado no mato” demonstram não apenas desconhecimento cultural, mas ferem os princípios da fraternidade e do respeito humano que devem nortear o serviço público.
Mas há também sinais de esperança: pessoas que se levantam em defesa dos direitos indígenas, que compreendem que ética é agir com justiça e empatia. Que ser “parente”, na sabedoria indígena, é saber acolher o outro como igual na dignidade, mesmo sendo diferente na cultura.
Reflita: qual tem sido o seu papel na construção de um serviço público verdadeiramente respeitoso às diversidades? Você reconhece e valoriza a presença dos povos indígenas como parte viva da nossa casa comum?
É tempo de rever atitudes, de ouvir mais, de respeitar mais, de agir com mais consciência. Ética pública não se resume ao cumprimento de deveres legais – ela exige de nós um compromisso real com a construção de uma sociedade em que os povos tenham voz, vez e respeito.
Enquanto agentes públicos, nos cabe prezar pela conduta ética de respeito às políticas públicas e garantia de direitos para a coletividade. Assim, o convite da Comissão de Ética da CVM (CE-CVM) é que cada um aja, para que, juntos, sejamos instrumentos de transformação nos espaços que ocupamos. E, inspirados na força e na esperança que move os povos indígenas, #vamosjuntos fazer dos nossos esforços um caminho vivo de justiça e fraternidade.

- Logo 30 anos CE-CVM
Não esqueça: sua parte é fundamental!
Acesse a página da Comissão de Ética da CVM para conferir as orientações, decisões, normativos internos, planos de trabalho, relatórios anuais e muito mais.
Em caso de dúvidas, entre em contato com a CE-CVM: comissaodeetica@cvm.gov.br.
Texto adaptado do Boletim Informativo da CEP nº 81 – Abril de 2025