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LER/Dort - principais causas de afastamentos no trabalho
As Lesões por Esforço Repetitivo estão entre as principais complicações atendidas pela medicina do trabalho. No Brasil, já consta como a segunda causa de afastamento de profissionais de suas atividades. Entre os mais afetados com as lesões estão: telefonistas, passadeiras, trabalhadores de limpeza, montadores de fábricas, operadores de caixa, recepcionistas, pedreiros, auxiliares de administração, jornalistas, entre outros.
Em 2012, de acordo com registro do INSS, cerca de 40% das doenças do trabalho estão relacionadas a lesões causadas por atividades repetitivas de trabalho. Sendo 21,8% no ombro, 13,85% sinovite e tenossinovite e 6,93% dorsalgia.
"A alta prevalência de LER/Dort tem sido explicada por transformações do trabalho e das empresas cuja organização tem se caracterizado pelo estabelecimento de metas e produtividade, considerando unicamente suas necessidades de mercado, sem levar em conta os trabalhadores, seus limites físicos e psicossociais", afirma a Dra. Flávia Souza e Silva de Almeida, médica do trabalho e professora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
Caracterizadas por lesões em músculos, tendões e nervos, as LER são desencadeadas por movimentos repetitivos e sobrecarga do sistema musculoesquelético e provocam diversos sintomas como formigamento, dores ao efetuar movimentos, alta sensibilidade e fadiga muscular. Má postura, estresse e más condições de trabalho também estão relacionadas ao aparecimento das inflamações.
"Para o diagnóstico do distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho é necessária constatação precisa da lesão e o conhecimento das atividades desenvolvidas por aquele paciente durante a jornada de trabalho", afirma a professora. "O tratamento é feito com acompanhamento do médico do trabalho para que retire o paciente dos fatores de exposição causadores da lesão. Também é desejável a medicação com anti-inflamatórios e participação de fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, psicólogos, entre outros, para que se tenha efetividade no tratamento", finaliza a Dra. Flávia.
Fonte:http://www.segs.com.br/