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Desempenho e desenvolvimento do servidor é tema de painel no Encontro Nacional de Gestão de Pessoas
De 16 a 18 de junho, gestores, especialistas e servidores públicos se reuniram em Brasília (DF) para debater os caminhos da transformação do Estado a partir da gestão de pessoas, durante o Encontro Nacional de Gestão de Pessoas (ENGP) do Sipec 2025, promovido pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). Uma das mesas temáticas do evento abordou o tema “Desenvolvimento e Desempenho: fortalecendo capacidades por meio de trajetórias estratégicas”.
A mesa, que aconteceu no dia 17 de junho, reuniu especialistas para debaterem caminhos para a evolução da gestão de desempenho no serviço público e sua importância para o alcance de melhores resultados para o Estado brasileiro e para a sociedade.
Segundo uma das participantes da mesa, a diretora de Inovação Governamental da Secretaria de Gestão e Inovação (Seges) do MGI, Claudia Martinelli, que supervisiona o Programa de Gestão e Desempenho (PGD) do governo federal, “hoje, vejo que estamos dando um passo importante, a partir do PGD, rumo a um modelo onde a gestão da performance é integrada ao funcionamento de órgãos e entidades federais”.
Para Martinelli, é importante que os programas de desempenho estejam conectados com a realidade de gestão de cada organização: “Atualmente, visamos dar mais ênfase às entregas da organização que dos indivíduos. A gente sabe que uma andorinha só não faz verão, então, focar na atuação de uma pessoa sem considerar o contexto organizacional em que ela opera é uma avaliação empobrecida”. De acordo com a diretora, “com esse amadurecimento, avançamos não só na gestão do desempenho da organização, mas em outros processos, como o de planejamento institucional e de gestão estratégica de pessoas”.
Outro ponto de amadurecimento, segundo Martinelli, é enxergar o processo de gestão do desempenho como sistemático e contínuo, muito além da avaliação, e longe de ter um viés de punição ou de estar atrelado à percepção pecuniária de gratificação ou de promoção. “A gestão de desempenho vai muito além disso. Ela deve ser um instrumento de aprendizado organizacional e de desenvolvimento de talentos, e sua relevância será tanto maior quanto mais conectada com as entregas que uma organização pode dar à sociedade”, disse.
Para o professor do Departamento de Administração da Universidade de Brasília, Francisco Antônio Coelho Júnior, também participante da mesa, o desempenho individual é só uma parte dessa engrenagem. Conforme Coelho Júnior, para pensar em gestão de desempenho, “devemos considerar outras peças do quebra-cabeça, como a gestão por competências, a capacitação das lideranças e a importância na criação de uma política de avaliação que reflita a realidade de cada órgão. Logo, é impossível pensar em um modelo único de gestão”.
O evento foi transmitido ao vivo e o conteúdo permanece disponível no canal do MGI no YouTube: https://www.youtube.com/@gestaogovbr.