Hospital de Bonsucesso reformula setor de ultrassonografia e amplia atendimentos

O Hospital Federal de Bonsucesso (HFB) reformulou o setor de ultrassonografia da unidade. A medida visa dar celeridade aos exames, aumentar a qualidade do atendimento e melhorar as condições de trabalho para os funcionários. A ação faz parte do Plano de Reestruturação dos Hospitais Federais do Rio de Janeiro.

Desde o incêndio que atingiu a unidade, em 2020, o setor passou a funcionar de forma improvisada. Agora, os exames voltaram ao local de origem no Centro de Diagnóstico com quatro salas funcionando e novos equipamentos. No local, no último dia 17, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, inaugurou um equipamento de raio-X.

“Mais do que investimento no hospital, rebuscando a infraestrutura de trabalho, estamos devolvendo a dignidade e cidadania aos pacientes e trabalhadores. Essa era uma demanda antiga que conseguimos entregar agora”, destaca a superintendente do HFB, Elaine Lopez.

Entre os primeiros resultados da reformulação, está a regularização dos exames, que chegou a registrar um ano e meio de espera. O aposentado Aroldo Rodrigues, 72 anos, foi atendido nesta quarta-feira (29) e elogiou o hospital.

“Fui bem atendido e volto para casa feliz. A gente vê o carinho e o respeito que estão tendo com os pacientes. O hospital está recebendo vários investimentos e isso é muito bom. Quando as pessoas chegam em um hospital público e recebem atendimento de qualidade, com carinho dos funcionários, em um ambiente reformado, é para se comemorar”, comentou.

O aposentado Aroldo Rodrigues (72) comemorou as melhorias no HFB (Foto: Camila Sanabria/MS)

Aumento da capacidade

A técnica de enfermagem Francineide Costa Frutuoso trabalha há 42 anos no HFB. Ela comemora o investimento na unidade. “Estou muito feliz e estamos esperando só coisas boas ao nosso redor. Muita emoção, muita gratidão. O retorno da ultrassonografia está sendo bom porque estamos diminuindo a fila de espera”, ponderou.

O mesmo sentimento é compartilhado pela também técnica de enfermagem Marcia Pedrina. “Nós tivemos uma jornada muito difícil. Enfrentamos a pandemia, um incêndio no nosso prédio e tivemos que ser deslocados daqui. Isso abalou a gente, porque tínhamos uma rotina de trabalho com os pacientes”, lembrou. “Primeiramente, fomos realocados em outro prédio para poder finalizar todos os atendimentos dos pacientes. Depois, fomos para a emergência. Agora, a gente teve a benção de voltar para o nosso setor de origem. Estamos muito felizes”, contou.

Marcia Pedrina e Francineide Costa, técnicas de enfermagem no HFB (Foto: Camila Sanabria/MS)

Reestruturação

Ao todo, quatro unidades federais já iniciaram o Plano de Reestruturação. Os hospitais federais de Bonsucesso , do Andaraí (HFA), Cardoso Fontes (HFCF) e Servidores do Estado (HFSE) já começaram o processo.

O HFCF e o HFA foram municipalizados para a Prefeitura do Rio de Janeiro. A meta é dobrar o número de atendimentos. O Ministério da Saúde repassou R$ 150 milhões à prefeitura. Além desse pagamento, está prevista a incorporação de R$ 610 milhões de teto MAC (atendimento de média e alta complexidade) para a cidade do Rio de Janeiro.

A unidade de Bonsucesso é administrada pelo Grupo Hospitalar Conceição (GHC) desde outubro de 2024. Entre as ações mais recentes, está a contratação de 2 mil funcionários. Dentre os profissionais, estão médicos, nutricionistas, enfermeiros e técnicos de enfermagem.

O HFSE iniciou estudos para a fusão com o Hospital Universitário Gaffrée e Guinle. Com a integração, serão 500 leitos à disposição do sistema de saúde. Além disso, haverá maior capacidade de qualificação para os profissionais com a abertura de novas vagas de residência médica.

No caso da unidade da Lagoa, há uma proposta em andamento com a Fiocruz para integração do Instituto Fernandes Figueira (IFF) com o hospital. Já o Hospital de Ipanema está passando por ações de construção para modernização e melhorias nos próximos meses.

Servidores

A reestruturação em curso garante todos os direitos dos servidores dessas unidades hospitalares. Haverá um processo de movimentação voluntária dos profissionais, que respeitará a opção dos servidores por outros locais de trabalho.

O ministério criou um canal de atendimento para tirar dúvidas dos servidores sobre o plano de movimentação. Os questionamentos são recebidos por e-mail e respondidos pela Coordenação de Gestão de Pessoas do Departamento de Gestão Hospitalar (DGH). Ao todo, as unidades federais possuem 7 mil servidores efetivos e 4 mil temporários. 

Otávio Augusto
Ministério da Saúde