Ações para enfrentamento da malária são pactuadas em distrito sanitário indígena no Amazonas

Em Atalaia do Norte, o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Vale do Javari recebeu, na última semana, a Reunião de Pactuação de Ações de Enfrentamento à Malária. O encontro, promovido pelo Ministério da Saúde, reuniu representantes da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS), lideranças indígenas, gestores locais e técnicos de saúde dos municípios envolvidos. O objetivo foi alinhar estratégias e reforçar o combate à malária em uma das regiões mais impactadas pela doença no Brasil. 

A reunião destacou os desafios enfrentados na área, como o difícil acesso às comunidades indígenas, e a importância de implementar ações integradas de vigilância, prevenção e tratamento da malária. Entre as estratégias debatidas estão o fortalecimento da distribuição de mosquiteiros impregnados com inseticida, o monitoramento contínuo de casos e a capacitação de agentes de saúde para o diagnóstico e manejo adequado da malária. Em fevereiro serão implementados no município de Atalaia do Norte e DSEI Vale do Javari, o teste G6PD e a tafenoquina, medicamento inovador para tratamento de casos por Plasmodium vivax. 

Além disso, foram apresentados dados recentes sobre a incidência da malária na região, que indicam a necessidade de intensificar esforços para a eliminação da doença em comunidades vulneráveis. Alda Maria da Cruz, diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis (DEDT), enfatizou a relevância do trabalho conjunto entre os diferentes atores para o enfrentamento da doença. 

“O combate à malária em áreas como o Vale do Javari exige não apenas um esforço técnico, mas, também, um compromisso coletivo e sensível às realidades locais. A integração entre os gestores, as comunidades indígenas e os agentes de saúde é fundamental para avançarmos na redução dos casos e garantirmos melhores condições de saúde para essa população”, afirmou. 

João Moraes
Ministério da Saúde