Ministério da Saúde realiza oficinas sobre Gestão do Trabalho e Educação na Saúde nas cinco regiões do Brasil

Entender as dificuldades dos trabalhadores, equacionar desafios de logística e pessoal, organizar as atividades em equipe promovendo a valorização dos profissionais e o melhor ambiente institucional possível. Essas são algumas das metas dos gestores de diferentes níveis do Sistema Único de Saúde (SUS). Para auxiliar os estados e municípios neste processo, a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde promoveu oficinas nas cinco regiões do país – encerradas na última quinta-feira (29) com o evento da região Sul, em Curitiba (PR).

Na ocasião, o representante do Conselho Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul, Rodrigo Finkelsztejn, observou a importância da troca de experiências e do debate de soluções para a construção dos Planos Estaduais de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde (PEGTES). “As oficinas vieram em um momento bastante adequado, pois trataram de questões cruciais para o desenvolvimento da saúde pública nos estados e municípios, como a valorização dos profissionais do SUS, da gestão em saúde e da educação permanente. Ao retornamos para os nossos respectivos estados, teremos condições de auxiliar as equipes”, sustentou.

As demais regiões foram contempladas em oficinas realizadas em Brasília (DF), Belém (PA), Salvador (BA) e Rio de Janeiro (RJ). A iniciativa resultará na consolidação do planejamento participativo para as áreas de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde em todos os estados brasileiros. O representante do Conselho Estadual de Saúde do Acre, Elenilson Souza, afirmou que as oficinas proporcionaram um importante espaço de discussão e de identificação de propostas. “O mais importante é fortalecermos a saúde pública no país por meio da educação permanente. Aqui, estamos almejando o controle social e buscando a identificação dos problemas e das soluções de cada estado e de todas as regiões”, reforçou.

Para a representante da Escola de Saúde Pública Jorge David Nasser do Mato Grosso do Sul, Marcia Higashijima, as oficinas são um marco na retomada das ações voltadas para a área de gestão. “Foi uma iniciativa que estávamos esperando há tempos. Quando observamos que existe essa ação para nos ajudar a construir os PEGTES, nos sentimos felizes e realizados”, celebrou.

Reconstruindo a gestão e a educação em saúde

A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Isabela Pinto, afirmou que as oficinas regionais traduzem o momento de retomada das práticas democráticas. “Sabemos o quanto é árduo e desafiador o trabalho. Um dos nossos objetivos é fazer com que a Gestão do Trabalho e a Educação na Saúde funcionem, constantemente, de forma articulada. É uma tarefa complexa porque a ação coletiva não é sempre harmoniosa, precisamos administrar os conflitos, as divergências, a diversidade, fazendo com que essas duas áreas possam caminhar conjuntamente”, pontuou.

De acordo com a diretora do Departamento de Gestão da Educação na Saúde, Regina Gil, as oficinas demonstraram a necessidade de aproximar as duas áreas, possibilitando o fortalecimento de ambas, e de dialogar sobre iniciativas para promover a qualificação das trabalhadoras e dos trabalhadores da saúde. “Nas oficinas ficou ainda mais evidente a importância de valorizar os profissionais frente à tecnologia e de engajar as instituições de ensino no objetivo comum de fornecer formações qualificadas”, apontou.

Segundo o diretor do Departamento de Gestão e Regulação do Trabalho em Saúde, Bruno Guimarães, os planos estaduais – debatidos durante as oficinas – devem ser a expressão da necessidade do território. “Municípios e estados devem ser os protagonistas desse processo. Mais do que um compromisso técnico, a elaboração desses planos estaduais representa um compromisso social”, afirmou. Bruno disse também que, ainda em 2023, o Ministério da Saúde vai lançar o Plano Nacional de Saúde e Segurança do Trabalhador.

Outras novidades anunciadas, no âmbito da Gestão do Trabalho e Educação na Saúde, são o desenvolvimento do Curso Nacional de Planejamento, a disponibilização do Guia de Planejamento e a criação da Rede Colaborativa de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde. Essa última será peça fundamental para o planejamento e execução das políticas. Quatro eixos impulsionarão a constituição da REGTES:

• Planejamento da Área GTES;
• Qualificação da Gestão, Atenção e Controle Social em Planejamento com Foco na GTES;
• Apoio Técnico e Incentivo Financeiro para GTES; e
• Estratégias de Comunicação para GTES.

Victor Almeida
Ministério da Saúde