Aedes aegypti: quando o Ministério da Saúde age no combate ao mosquito que transmite três doenças

Água parada. Parece bobo, mas é dessa forma que o Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, se prolifera. E para unir forças na luta contra um inimigo pequenino, a conscientização da população é parte fundamental nesse processo. Para o Ministério da Saúde, o combate começa dentro de casa e uma vistoria de apenas 10 minutos por semana é suficiente para evitar que criadouros espalhem novos mosquitos pelo bairro.

Por isso, o segredo para o controle mais efetivo da proliferação do mosquito está dentro das residências: no telhado, nas calhas entupidas, na piscina, em garrafas, pneus e qualquer item que possa acumular água e se tornar criadouros do transmissor. Anualmente, o Governo Federal realiza campanhas para conscientizar a população brasileira de que o combate ao mosquito é diário e pode fazer parte da rotina do dia a dia.

Dentre as principais medidas para evitar a proliferação do mosquito estão:

• Não deixar água acumulada;
• Destinar de maneira correta o lixo e outros resíduos;
• Cobrir caixas d'água;
• Utilizar areia nos vasos de plantas;
• Deixar garrafas e outros recipientes de cabeça para baixo;
• Retirar a água dos pneus e reservá-los em ambientes protegidos.

O Ministério da Saúde orienta ainda que, mesmo em lugares que necessitem de armazenamento de água, como as caixas d’água, é importante não deixar os reservatórios destampados.

Quando e como o Ministério da Saúde age?

A pasta acompanha e monitora os estados com elevação no número de casos e realiza reuniões mensais por videoconferência. Para frear a proliferação descontrolada do mosquito e a alta nos casos e óbitos por dengue, zika e chikungunya, uma das principais medidas adotadas pelo Governo Federal é o envio de larvicidas aos estados e municípios. Em maio, uma Sala de Situação foi montada para o monitoramento das arboviroses urbanas.

Agentes de endemias espalhados por todo o Brasil realizam visitas rotineiras às residências. Eles orientam as famílias sobre as principais medidas para eliminar criadouros. Onde não for possível eliminar água é realizado o tratamento com larvicida, para eliminar o vetor. Eles orientam também a população a abrir portas e janelas para facilitar a entrada das gotículas do inseticida que é expelido pelo “carro fumacê”.

Como o ‘fumacê’ funciona e quando utilizá-lo?

Também chamado de nebulização espacial, o fumacê é uma estratégia emergencial de controle vetorial utilizado em regiões onde há proliferação descontrolada do mosquito e alta nos casos e óbitos das doenças. As gotículas de inseticidas expelidas pelo carro fumacê devem penetrar no interior dos quintais e das casas. O principal objetivo dessa estratégia é reduzir o número de fêmeas adultas do mosquito.

O Ministério da Saúde não deixa faltar o insumo e orienta estados e municípios que o fumacê precisa ser utilizado de forma equilibrada e em momento oportuno. A pasta reitera que a principal arma para o combate ao mosquito da dengue é combater os criadouros do mosquito evitando água parada. Por isso, a mensagem é: “Combata o mosquito todo o dia, coloque na sua rotina”.

Danielle Rodrigues e Fernando Brito
Ministério da Saúde