Saúde indígena: mais de 53,7 milhões de atendimentos foram realizados em quatro anos

O Brasil possui 34 Distritos Especiais de Saúde Indígena (Dsei), divididos estrategicamente por critérios territoriais. Nos últimos quatro anos, toda essa população recebeu atendimento em saúde por equipes multidisciplinares. De acordo com o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS), foram realizados mais de 53,7 milhões de atendimentos entre 2019 e 2022 até o atual momento.

Com o objetivo de reforçar a presença do Sistema Único de Saúde (SUS) nesses locais, o Ministério da Saúde implementou o projeto "Mais Saúde Indígena". A iniciativa já somou 29 ações no formato de mutirões, contabilizando mais de 9,8 mil consultas com oftalmologista; mais de 4,8 mil consultas com médico generalista; mais de 1,7 mil consultas ginecológicas e saúde da mulher; quase 1,7 mil consultas pediátricas, acompanhamento do crescimento e desenvolvimento; 50 consultas com psicólogo e 4 consultas com ortopedista.

Os territórios beneficiados foram, até então, Dsei Leste de Roraima, Alto Rio Negro, Mato Grosso do Sul, Guamá-Tocantins, Potiguara, Interior Sul, Xingu, Porto Velho, Bahia, Xavante, Altamira, Vale do Javari, Maranhão e Yanomami.

Para garantir a integralidade da atenção à saúde aos povos indígenas, os profissionais também desenvolveram 67 atividades de educação em saúde, realizaram 266 ultrassonografias, aplicaram 369 doses de imunobiológicos, prestaram 499 atendimentos radiológicos, fizeram 466 cirurgias gerais, 46 ginecológicas e mais de 1,1 mil oftalmológicas, com doação de mais de 6 mil óculos. Na área odontológica, foram prestados 5,3 mil atendimentos, além de 15 mil procedimentos e confeccionadas 180 próteses. Pelo menos 4,2 mil kits de higiene bucal foram doados para a população.

Em parceria com os Expedicionários da Saúde, também existem ações em andamento no Dsei Alto Rio Negro e no Dsei Yanomami, com a participação da Associação Médicos da Floresta.

Equipe Volante

Nos últimos dois anos, em outra frente de atuação, a equipe volante da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), composta por médico, enfermeiros e técnicos de enfermagem, desenvolveu ações para o fortalecimento da Atenção Primária. No total, foram realizados 56,7 mil atendimentos e procedimentos nos Dsei Maranhão, Leste de Roraima, Potiguara, Amapá e Norte do Pará, Litoral Sul, Mato Grosso do Sul, Araguaia, Xavante, Xingu, Kaiapó do Mato Grosso, Yanomami, Interior Sul e Alto Rio Juruá.

As ações ofereceram consultas em clínica geral, pré-natal, preventivo, planejamento familiar, acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, vigilância alimentar e nutricional, acompanhamento de hipertensão e diabetes, verminose, malária, oncocercose, tungíase, atividades de educação em saúde, testagem para Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), Covid-19 e malária, realização de procedimentos e exames diversos, entre outros.

Vigilância Epidemiológica

A Sesai também realiza sistematicamente ações que incluem a vigilância epidemiológica para a prevenção e o controle da reintrodução ou aumento de doenças transmissíveis, como sarampo, malária, tuberculose, infecções sexualmente transmissíveis, hanseníase, geohelmintíase, oncocercose, esquistossomose, leishmaniose, acidentes por animais peçonhentos, entre outros agravos.

O Ministério da Saúde faz ainda o monitoramento constante da situação de saúde nas terras indígenas, oferta de imunobiológicos, atualização de cadastro, elaboração de planos de contingência específicos para agravos erradicados e/ou sob situação de controle no território, dimensionamento da oferta de medicamento e insumos para o atendimento aos indígenas e fortalecimento das capacidades de resposta dos Dsei para a redução do impacto de determinados fatores de risco.

Ministério da Saúde